Capítulo 4

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Me levanto, meio que me escondendo dele que parecia se divertir comigo, vou até o quarto da minha mãe arrumando umas coisas para levar pra ela no asilo, arrumo tudo que posso, desligo o aquecedor do quarto dela que aquecia a casa toda na verdade, me arrumo ou tento dentro do quarto, coloco minha roupa de sair, que era um jeans e uma blusa larga, saio do quarto e ela olha revirando os olhos.

__ O que foi?
__  Que isso?

Ele aponta para minha roupa.

__ Eu não tenho muitas roupas.
__ Se essa é uma delas, você não tem nenhuma.
__ Eu tenho outras coisas para me preocupar.
__ Como sua mãe .
__ Sim...

Fico em silêncio, as coisas relacionadas a minha mãe sempre me deixavam triste, me sentia incapaz e perdida, principalmente por não poder cuidar dela como se deve, mas agora ia conseguir, pelo menos tinha essa esperança, Adônis me olha e depois sai, quando saio não o vejo mais, fico pensando se eu não tinha sonhado com tudo aquilo, mas tinha dúvidas nunca fui tão imaginativa assim.

Fecho a porta, do meu trailer, e vou andando olhando para o chão com cuidado para não cair na calçada esburacada,  logo vejo um carro parando na rua, ando um pouco mais rápido,  fazia uma ideia de quem era, e não gostava nada de quem poderia ser logo tive certeza ao ver o carro parar e o vidro baixar, era Chess o chefe do bairro e também cafetão, era um homem que estava na casa dos 50 anos, mas não parecia ter mais de 35, era alto musculoso, afro americano, com um que assustador, sem contar o fato de controlar gangues e o tráfico de drogas, tento andar e ele novamente entra na minha frente.

__ Se não é minha ninfeta favorita.
__ Não sou ninfeta e muito menos sua.
__ Ah Katherine sempre gentil, sabe que poderia te dar tudo que precisa.
__ Dispenso.
__ Até quando vai bancar a difícil, fiquei sabendo que seu terreno foi desapropriado .

Olho para ele cerrando os olhos.

__ Não faça essa cara, eu sei de tudo que acontece no meu bairro.
__ Eu não vou trabalhar pra você, não sou prostituta.
__ Ah Katherine quem disse que quero que trabalhe pra mim ? Eu quero você na minha cama.

Ele tenta segurar meu rosto, mas é parado por outra pessoa.

__ Uma pena que a cama dela já está ocupada e a sua vai continuar vazia.

Olho para trás vendo, Adônis parecia ter saído do nada e não parecia muito feliz, olhava para Chess e para mim de canto de olho como se entendesse algo que não sabia.

__ E quem seria você?
__ Não que te interessa, mas sou o namorado dela.

Espera o que? Mas então penso que vamos ficar juntos por 10 anos, faz sentido ele dizer isso.

__ Ora ora, então você arrumou alguém, se estivesse sozinha poderia ter me chamado.
__ Eu prefiro morrer sozinha.
__ Sempre cruel, mas quando cansar desse aí sabe onde me achar, e você tem cara que fode bem parece uma delícia.

Dito isso ele vai embora, minha vontade e jogar uma pedra no carro dele, Adônis sorrir, e depois fica sério.

__ Eu vou dar um jeito nesse cara.
__ Não faz isso ele é um bandido perigoso.
__ E você esqueceu o que eu sou.

Sim eu esqueci, as vezes ele parece tão humano, na verdade olhando assim ele não parece nada com um demônio, ele anda do meu lado me olhando, as vezes fico tonta e me apoio nele, que parece não ligar .

__ Onde é o lugar que sua mãe está ?
__ No centro, e só pegar o ônibus.
__ É sério ?
__ Sim.

Ele faz cara feia, mas não me importo, pego o ônibus e vou ir ao asilo ver minha mãe, novamente Adônis some, descanso um pouco, estava tonta o que sempre tem acontecido ultimamente, chego no asilo e vou ver minha mãe, falo com a enfermeira do dia, ela me sorrir e me dá os remédios da minha mãe e seu café da manhã, ela está em um dos quartos dormindo entro no quarto da minha mãe, e me sento na cama dela, ela acorda me encarando.

__ Bom dia mãe.
__ Karina, seu pai voltou ?
__ Não mãe.

Suspiro, ela errou meu nome de novo, tento não mostrar o quanto isso me deixa triste, minha mãe não estava mais psicologicamente sã então só sorrio para ela, e dou seus remédios, junto com o café da manhã que acabei de pegar na recepção, vejo ela comer devagar e depois tomar os remédios, não sei como, mas sinto que Adônis está do lado de fora do quarto.

__ Depois venho te buscar mãe, você vai ficar um pouco no asilo, eu preciso ver umas coisas importantes.
__ Não está nevando ? Katherine gosta de neve.
__ Sim mãe, eu amo a neve, mas ainda é outono.

Vejo Adônis no quarto que olha pra mim e depois para minha mãe, sei o que ele pensou, que ela parecia melhor que eu apesar de ela ser a doente, não podia ficar pensando nisso, tinha que cuidar da minha mãe antes de sair .

Entro no banheiro pequeno, arrumo tudo e vou buscar minha mãe, entro no banheiro com ela, e espero minha mãe se despir, ajudo ela lavando seus cabelos, depois a visto, com uma calça confortável, e um suéter, penteio seus cabelos e logo está pronta.

__ Quem é você?
__ Katherine mãe, sua filha.
__ Oh, você cresceu.
__ Sim um pouco...

Levo ela de volta pro quarto, e a deixo descansando, saio fechando os olhos, eu sempre engulo a vontade de chorar, isso não resolve nada, eu cansei de chorar sobre a doença da minha mãe, e seu estado, Adônis me olha enquanto coloco minha mãe para dormir e quando ela finalmente dorme ele fala finalmente algo.

__ Vamos .
__ Onde exatamente ?
__ Ver casas novas, como te disse vou cuidar de você, isso inclui te tirar aquele lixo de trailer.



Contrato com incubo ( Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora