Acordei antes do sol nascer como sempre arrumei minha mãe e tomei banho, estava cansada e com fome, minha barriga roncava enquanto ajudava minha mãe a comer, queria poder tomar um café da manhã também, tiro essa ideia da cabeça e vou com minha mãe até o ponto, meu bairro era o que tinha de pior, as ruas eram sujas e esburacadas, tinha usuários e prostitutas por quase todos os lugares, era tudo dominado por um bandido que todo mundo tinha medo, comprimento as pessoas passando, todo mundo me conhecia como a garota que é médica, não tinha me formado ainda, no entanto estava quase. Pego o ônibus chegando no asilo, converso com a responsável e consigo deixar minha mãe a noite inteira lá, passo o dia trabalhando e recebo um chocolate de uma das residentes que falo que estou magra demais, infelizmente tenho que concordar, depois vou para o trabalho de babá, esse era muito mais calmo e tenho a felicidade de ser alimentada com algumas frutas do menino que cuido por ele não querer e enfiar tudo na minha boca, como feliz provavelmente seria minha refeição hoje.
No final do dia confesso que pensei em não ir trabalhar na boate, tinha sido um dia cheio, estava cansada, o tempo estava horrível, o que de manhã não estava mas era algo comum aqui, sol de dia e chuva de noite, olho pela janela do ônibus pensando que queria ir para casa dormir me enrolar no meu edredom, e comer meu chocolate que ganhei da senhora que cuidei no asilo.
Como não ia acontecer pego o mesmo dando uma mordida, e praticamente tenho um orgasmo, fazia tanto tempo que não comia chocolate, fazia tanto tempo que não comia na verdade, além das frutas, me encolho dentro do meu casaco segurando meu chocolate terminando de roer ele feito um rato.
Desço no ponto que é próximo a boate, que ficava no centro e ando o resto, era estranho como o centro da cidade cresceu, tinha prédios chiques restaurantes, pub e boates em contra partida os bairros afastados pioraram, e muito, com prostituição e usuários de drogas, paro meus devaneios e vou até o lugar indicado paro na frente da fachada negra e chique com letras vermelha escrito LILITH, vejo um segurança na porta, me aproximo e falo com ele.
— Com licença, eu gostaria de saber por onde os extras podem entrar.
O homem, extremamente alto e forte, ele usava um terno preto e óculos escuros, bem típico de segurança, também era bem bonito, tinha algo nele que me fazia olhar e desviar ao mesmo tempo, ele me olha e sorrir.
— Você não menor de idade ou é ? Nada contra a ninfetas os clientes gostam a patroa também, mas sou obrigado a perguntar.
Quase fico irritada, mas como sou baixa e estou muito magra isso se tornou comum, sempre tive problemas com pessoas achando que sou mais nova que realmente sou, claro que as roupas largar não ajudam em nada, ainda assim era algo que me deixava irritada.
— Não, eu tenho 28 anos.
Mas uma vez o sorriso, e me indica para os fundos, que não tinha nada de glamouroso como a entrada, era um beco escuro que estava molhado pela chuva, cheirava a lixo e vômito, que soube o porque já que ficava a caçamba de lixo e também a saída de emergência.
Entro andando um pouco acho a sala indicada e vejo que não sou a única ali, tem outras mulheres, tão bem arrumadas e bonitas que chegam a me fazer encolher, elas pareciam modelos, como das revistas mas como se as figuras fossem reais algumas usavam lingeries, outras vestidos de cetim e veludo, parecia que foram feitos para elas, como se tivesse feito sob medida algumas me olhando e sorrindo uma se aproxima.
— Novata ?
— Não, eu vim para o extra.
— Ah sim, sua roupa está ali, pode vestir.Ela aponta para uma arara com um único vestido de cetim preto, sapatos e meias ligas tudo em preto, não era exatamente o que gostava e me sentia a vontade mas não podia escolher.
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Contrato com incubo ( Degustação)
Chick-LitKatherine Mans sempre foi muito esforçada, principalmente depois que seu pai sumiu e sua mãe ficou doente. Ela trabalha em dois empregos e se divide entre cuidar de sua mãe, trabalhar e estudar para ser médica, as coisas pioram quando descobre que o...