— Seu idiota!... — Gritei frustrada. — Por que sempre insiste em se meter na minha vida?
Mesmo depois de tudo, ainda é impossível para mim suportar esse fresco me seguindo em cada canto em que vou.
— Eu preciso... — Respondeu ele. — Se eu não acompanhá-la, sabe lá o que, pode acontecer a você, se andar sozinha pela a cidade desse jeito...
Suspirei pesadamente, demonstrando o quanto estava zangada com o mesmo.
— Faremos o seguinte... — Proporcionei. — Por que você não fica longe, o máximo possível de mim? Assim, quem sabe eu posso melhorar o meu humor?
— Já disse... não posso deixá-la sozinha, Hinata... — O interrompo.
— Não me lembro de ter deixado você me chamar pelo meu nome... — Falei parando em frente a um abastecimento de água. Ele apenas me encarou confuso por um tempo, mas logo volta a sua expressão normal. — Você não confia em mim?
— Pra ser sincero... — Diz dando uma pausa. — Nem um pouco...
Sorriu ladino.
— Ótimo! Porque minha resposta é a mesma... — Saí pisando duro dali, até entrar em uma loja qualquer. O embuste logo veio atrás de mim.
— Será que por favor, você poderia agir como uma garota normal, pelo menos uma vez na vida? — Cochichou um pouco baixo ao ficar ao meu lado.
— Não preciso parecer... — Me virei para encará-lo. — Eu sou...
— Mas não parece... — Retrucou, olhando para os lados, como se estivesse fugindo de alguém.
— Eu diria isto a você também, caso pare de olhar para os lados, como uma coruja... — Cruzei os braços. — Você é ridículo...
Ele apenas fez bico, indignado comigo. Logo, não demorou muito e o mesmo calou-se por uns instantes. Enquanto, eu saia da loja satisfeita por minha compra, o asno vinha atrás de mim; ainda emburrado comigo.
Eu tento ser legal, mas no caso dele...
— Quero ir pra casa... — Disse no maior tédio.
— Vá com Deus... — Falei com maior orgulho do mundo. — Não vai fazer falta mesmo...
Recebi um silêncio enorme vindo de sua parte, achei até estranho ele não revidar de volta para mim. Virei para encará-lo de frente; mas tudo o que recebo, é apenas um olhar raivoso de sua parte.
Engoli a seco, mas não deixei me elevar ao ponto de falhar em sua frente. Eu não podia...
— O que foi? — Perguntei desviando a conversa.
— O que foi? — Repetiu minhas palavras ironicamente. — Hinata... Eu não consigo acreditar que depois de tudo o que houve ontem, você ainda é capaz de agir assim comigo...
— Ontem foi passado... — Deviei o olhar dos seus para o chão. — E aquilo, não devia ter acontecido...
— Por que ainda insiste em ser assim, comigo? Não vê que estou tentando dar o meu melhor para vê-la feliz ao menos uma vez, desde sua chegada? — Ele parecia ser sincero ao dizer, mas em seus olhos, transmitiam algo a parecer angústia, tristeza e um pouco de mágoa revelados. Senti algo se comover dentro de mim, mas não sabia o que era. Logo, a medida em passávamos brigando na rua; algumas pessoas nos olhava com atenção em nossa situação.
Me sentia envergonhada, queria dar um fim nisso tudo...— Não! — Falei em um tom de voz mais calmo. — É melhor você ir... Está me envergonhando em público.
Não queria ter sido grossa com ele, mas precisava. Não tinha outra escolha...
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𝑶𝒖𝒓 𝑴𝒆𝒎𝒐𝒓𝒊𝒆𝒔 𖦹Concluído𖦹
Romance𝗨𝗺 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗶𝗻𝘃𝗲𝗿𝗻𝗼 " 𝑭𝒖𝒚𝒖 𝑵𝒐 𝑯𝒂𝒏𝒂𝒔𝒉𝒊- 𝑮𝒊𝒗𝒆𝒏" Assim como a neve que não derreteu por completo Como se estivesse na sombra Eu ainda continuo tendo esse sentimento dentro de mim Ei, com quais palavras eu Deveria enc...