Punch Me Again - 11

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— Irmãozinho do meu coração, eu posso sair? — Pediu Minho com uma carinha de cachorrinho sem dono. Ele se escorava no balcão enquanto terminava de comer sua torta de morango.

— De jeito nenhum. — Diz simples com sua expressão de poucos amigos.

— Qual é, Hyunjin? Por favor! — Insistia fazendo birra.

— Olha só o seu amigo. — Diz Hyunjin apontando para a porta de entrada do café. — Ele não tem casa não? — Perguntou com uma cara nada boa, como sempre.

— Ele não é meu amigo, é meu namorado! — Diz Minho se virando para rir da expressão de nojo que com certeza Jisung faria.

— Seu namorado o caralho! Me respeita garoto! — Diz Jisung puxando um banco do balcão para se sentar. — E aí, Hyunjin? Como vai o meu futuro esposo? — Jisung colocou seus cotovelos no balcão e apoiou seu queixo em mãos.

— Você prefere o meu irmão ao invés de mim? — Perguntou incrédulo. — Me sinto traído.

Hyunjin apenas olhava e escutava tudo com tolerância e paciência zero. Com aquela típica feição de descontentamento que possuía na maior parte do tempo.

— Eu já me aproveitei do que você tinha a me oferecer, Linoling. Agora, eu quero o seu irmão. Supera querido!

— Você é um tremendo babaca, Han Jisung! — Exclama rindo e batendo na nuca do amigo.

Hyunjin ainda observava aquilo totalmente incrédulo com aqueles dois.

— Somos melhores amigos, não somos? — Indagou Jisung oferecendo o dedo midinho para Minho entrelaçar com o dele.

— Melhores amigos. — Afirma Minho entrelaçando o seu dedo midinho com o de Jisung.

— Como vocês não são um casal? — Perguntou Hyunjin começando a preparar um pedido que o cliente havia acabado de fazer.

— Porque o Hannie conheceu você! Se eu soubesse que ele ia se apaixonar por ti, eu nunca diria para ele que tinha um irmão, ou traria ele aqui. — Disse Minho emburrado. Ele até se esqueceu que queria sair.

— Você tem que aceitar o nosso amor, Minho! Eu e o seu irmão nos amamos. — Diz Jisung com um sorriso bobo.

— Não, eu não amo não. — Afirmou Hyunjin entregando o pedido ao cliente e logo fazendo uma reverência. — Obrigado. — Agradeceu por fim. — Eu sou muito mais velho que você, Jisung.

— No amor não tem idade! — Exclamou Jisung convicto.

— Mas dez anos é muita coisa... — Diz Minho coçando a nuca. — Não acha não, Sunggie?

— Não, não acho! Eu tenho vinte, o seu irmão tem trinta. E convenhamos, nem parece que ele tem trinta, né? Não há nada de errado nisso! — Jisung estava muito convicto do que queria.

— O meu irmão gosta do Seungmin, e o próprio também tem vinte anos, então... — Minho ia continuar, mas fora interrompido por Jisung.

— Então quer dizer que, realmente, o Hyunjin gosta do Seungmin? O Seungmin de engenharia? — Jisung não parecia contente com aquilo. E aliás, Minho e Jisung cursavam arquitetura na mesma universidade que Seungmin e seus amigos; mesmo que Hyunjin tivesse insistido para Minho cursar gastronomia. No final, Minho escolheu o que sempre quis cursar, assim como Jisung. — Agora eu te entendo perfeitamente, Hyunjin-hyung! — Imediatamente, Jisung se levantou e saiu batendo os pés de raiva.

— Jisung! Volta aqui! — Chamou Minho, mas obviamente foi ignorado. Jisung apenas saiu batendo a porta.

— Culpa sua, Minho... Culpa sua! — Diz Hyunjin preparando um capuccino.

— Cala a boca, Hyunjin! — Diz Minho emburrado, bufando pelo nariz. — Já frustante o suficiente ser apaixonado pelo seu melhor amigo e ele ser apaixonado pelo seu irmão mais velho. Frustante! — Dizia Minho indignado.

— Que legal, hein? — Hyunjin riu fraco totalmente desinteressado por aquilo. — Agora volte ao trabalho! — Ordena e logo Minho o obedece a contragosto.


Fazia quase meio hora que Changbin havia estacionado o carro na frente da casa de Seungmin. Ele esperava criar coragem para sair do carro e chamar Seungmin para darem uma volta. Era a primeira vez que sentia aquilo, aquele frio na barriga e o medo de fazer tudo errado, fazendo assim, Seungmin o odiar mais. Ele queria se redimir, e esperava que Seungmin pelo menos o ouvisse. Assim Changbin esperava.

Quando Changbin decidiu-se sair do carro, avistou Seungmin passando pela varanda de sua casa e caminhando até o portão. O coração de Changbin gelou. Seungmin percebeu o carro estacionado em frente sua casa quando ergueu a cabeça, e com os olhos cerrados, fuzilou Changbin. Sem perda de tempo, Changbin saiu do carro e foi em direção ao garoto que fechava o portão.

— Aonde vai? — Perguntou Changbin assim que Seungmin se virou para si.

Seungmin não disse nada, apenas começou a andar e Changbin seguiu seu encalço.

— Minnie, fala comigo! — Insistiu.

— Vai me dar outro soco? — Debochou Seungmin se virando para Changbin que caminhava atrás de si. — Meu rosto ainda dói.

— Você nunca se importou com isso, Seungmin. Você também não hesita quando é pra socar a minha cara. Você fala do meu temperamento, mas o seu é igualzinho! — Exclama Changbin.

— Você merece! Eu não! — Disse voltando a caminhar.

— Espera aí, Minnie! — Changbin o puxou pelo braço. — Vamos conversar, só um pouquinho? — Sugeriu esperançoso.

— Vai me dar uma carona? — Indagou Seungmin.

— Pra onde está indo?

— No caminho eu te falo. — Diz Seungmin abrindo um sorriso e puxando Changbin até o carro do mesmo.

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— Me diga o que você quer, Changbin. — Disse Seungmin enquanto mandava mensagem para Hyunjin, e ria abobado com as coisas que o mais velho falava para si.

— Vamos para minha casa. — Diz Changbin com o olhar fixo na estrada.

— Não posso. Já tenho planos. — Diz olhando para Changbin quando o mesmo parou no sinal vermelho. — Vou sair com o Hyunjin-hyung.

— O quê? — Perguntou Changbin arrancando com o carro. — Você não pode sair com ele!

— E por que não? — Indagou.

— Porque eu não vou deixar! — Esbravejou Changbin.

— Olha aqui, Seo Changbin! Se você arruinar meu encontro com o Hyunjin, eu mato você! Entendeu? — Seungmin puxou Changbin pela gola da blusa quando pararam em um cruzamento.

— Tá bom! Desculpa. — Diz Changbin indo em frente com o carro. — Dark Blue Café, certo? — Indagou Changbin virando uma rua e indo em direção ao café de Hyunjin.

— Isso mesmo!

— Seungmin...? — Chamou Changbin e Seungmin murmurou em resposta. — Qual é o restaurante que vocês vão mesmo? — Questionou.

— Churrasquinho de porco no espeto. Você sabe que eu amo, não? — Diz Seungmin com um sorriso. Changbin por um momento parou no tempo para admirar aquele sorriso, aquele lindo sorriso que mesmo negando com toda a alma, amava mais que tudo.

— Claro. Aliás, foi lá que nós nos conhecemos, lembra? Primeiro ano do ensino médio... — Dizia Changbin olhando nos olhos de Seungmin. Por um momento Seungmin também se perdeu no olhar do mais velho.

Mas Seungmin apenas fingiu que nada aconteceu.

— Changbin... Olha pra rua. Não seja irresponsável. — Disse Seungmin de cabeça baixa. Sendo assim, minutos depois chegaram ao destino de Seungmin.

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