❝liam era o daddy, mas ele tinha curiosidade de saber como é ser um baby boy.
"daddy, meu beijo!"
"daddy, dá o mama do neném?"
"te amo, baby"
"quem é o baby boy mais lindo do daddy?"
liam gostava dessas frases e queria proferir e ouvir cada uma dela...
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O CARRO FOI ESTACIONADO NA GARAGEM e quando o moreno finalmente abriu a porta traseira do carro, Liam quase caiu em seus braços, enterrando seu rosto gordinho contra seu peito firme ao que abraçava seu pescoço com força e sussurrava coisas que o maior não conseguia ouvir.
— Lee non gostou de lá, papa, non quer voltar nunca mais. — O menor implorou trêmulo, esfregando seu nariz redondo contra o peito do mais velho ao que ele lhe carregava para dentro, esfregando suas costas com carinho.
— Você não vai mais voltar lá, pequeno príncipe, o papa promete. — O homem árabe prometeu, deixando as coisas do mais novo em um dos sofás para se deitar com ele no outro, acariciando seus sedosos cabelos com cheirinho de morango e suspirando. Eles ficaram deitados um sobre o outro por tanto tempo que o mais novo adormeceu com a cabeça repousada em seu peito, encolhido ante seu corpo como uma criança minúscula, desfrutando das carícias doces que eram direcionadas à si. Seu sono era tão pesado devido as lágrimas, que nem mesmo escutou as palavras embargadas do mais velho.
— Não queria que você tivesse passado por aquilo hoje, nem por aquela vez no shopping quando uma mulher disse que você parecia ridículo com sua chupeta na boca e Steve em seu colo, ou pelos olhares tortos que algumas pessoas nos dão sempre que entramos em algum lugar. — Malik jogou seu braço esquerdo em seus olhos e engoliu o nó em sua garganta. — Sinto-me culpado por fazê-lo passar por esse tipo de situação porque nada disso é sua culpa, você poderia simplesmente me dizer que está na hora de parar de brincar de casinha e eu entenderia, mas o problema é que você nunca diz, você só segura toda essa merda batendo bem na sua insegurança e chora até dormir contra meu peito, porque amor, eu sei que você se sente seguro aqui, mas você não precisa passar por isso apenas para me fazer feliz, eu consigo me virar sem você por perto todos os dias. — Um soluço cortou sua garganta e moreno tampou sua boca. — Eu posso suportar os dias sem o seu cheiro, sem o seu sorriso, sem a sua voz, bebê, eu fiz isso por anos e agora não seria nem um pouco diferente, você só precisa dizer para mim que precisa desistir e eu vou deixar você voltar para o lugar que pertence, porque você não pertence à mim, essa casa não é o seu lar, e eu acredito não ser capaz de te deixar escapar quando o tempo se esgotar, pois inferno, eu sinto todas as minhas emoções em uma bagunça por você e apenas você, bebê. Eu nunca aprendi à lidar com o meu amor e eu acho que nunca vou aprender, então me perdoe por ser um merda que não consegue te afastar antes de se apegar demais e que hesita antes de dizer que te ama em todas as vezes que tenta, perdoe-me por ser assim como eu sou mas eu não consigo ser de nenhum outro jeito melhor que este.
Zayn agarrou sua boca barulhenta com força, respirando fortemente para conter as suas mãos trêmulas e seu rosto inteiramente vermelho, erguendo-se do estofado macio para levar o menor para seu quarto, tirando seus sapatos e o acomodando em seu berço, embalando-o em seu cobertor para que dormisse o melhor possível pela razão de que o homem não desejava ser visto naquele estado sensível de espírito.
O mais velho o observou dormir durante alguns segundos antes de deixar o aposento com a cabeça doendo e os dedos tremendo, dirigindo-se para seu quarto em busca de um longo banho quente que levaria pelo menos uma hora inteira de seu dia.
***
Quando passava um pouco da meia noite e o tatuado havia acabado de ler alguns documentos importantes da empresa, ele foi até a sala e ligou o abajur na mesa pequena ao lado esquerdo do sofá, tirando o bichinho rasgado do saco preto onde o tinha escondido mais cedo ao mesmo tempo que o mais novo dormia e puxando a gaveta da mesa para pegar seu quite de costura simples, encontrando agulha e linha.
— Eu estou aqui, amigo. — Disse calmamente para a pelúcia quase partida em dois. Malik colocou seus óculos pretos e dedicou as próximas duas horas de sua noite à repor o feltro e costurar Steve, fazendo seu máximo para deixá-lo bonito assim como quando o comprou para seu menino.
E então, quando finalmente terminou, o homem se levantou do sofá com as costas ardendo um pouco e algumas olheiras nos olhos e caminhou para o quarto de seu macaquinho, abrindo a porta devagar e deixando a pelúcia bem ao lado dos braços do mesmo, observando-o esticar sua mão e agarrar uma das patas do bichinho, puxando-o para seu aperto e sorrindo por trás de sua chupeta durante seu sono ao ter o que mais queria de volta.
— Você está novinho em folha agora, amigo. — Sussurrou com um riso cansado, saindo do quarto após alguns minutos para que pudesse ele mesmo adormecer no calor de sua própria cama quente, a única coisa que realmente precisava naquele momento.
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