Capítulo 22

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Depois que terminei de discutir com minha mãe, ela foi correndo contar para o meu pai e eu levei uma puta bronca, e disse que iria resolver tudo assim que terminasse o trabalho no exterior, porque como sempre, o trabalho sempre vem em primeiro lugar

Passei uma semana em casa, não queria voltar para lá, mas Lana me convenceu a voltar, pois meus pais iriam estar viajando, como sempre, e la eu teria apoio de quem se importa comigo de verdade. 

- Nós precisamos arrumar as coisas para voltar para o colégio - Lana pegou as mochilas que estavam perto da porta

- Posso te fazer uma pergunta?

- Claro

- Por que você é toda doce comigo e com as outras pessoas parece um pitbull raivoso?

Ela deu uma risada alta e contagiante

- Pitbull raivoso, sério?. Bem, você conseguiu me conquistar assim que te conheci melhor, não demorou muito e o ódio que eu tinha por você sumiu.  Vi que você era uma pessoa doce e inocente, e que estava confusa, e eu só queria ficar perto, pra te ajudar - Ela disse colocando uma roupa na mochila

''Eu só queria ficar perto'', você não era a única Lana. Há dias venho admirando ela, em como não se importa em me ajudar, desde que conheci ela, jamais imaginaria que seriamos amigas, mas sinto que somos mais que isso. Nunca beijei uma menina e nem me apaixonei por uma, mas a Lana.... Ela é tão linda, tão boa de assuntos, me faz rir horrores, me alegra apenas com a presença.

Se Laura me visse assim, com certeza iria rir da minha cara e dizer que estou apaixonada, e talvez eu esteja

- Emma? - Ela me pegou olhando para o nada

- Oi, desculpa

- Você ta bem?

- Não 

Me levantei e fui correndo em direção a ela, a vontade de beija-lá ja me corroía a tempos, não conseguia segurar e então só segui meu coração, segurei o rosto dela com minhas mãos e a beijei. Assim que percebi o que tinha feito me distanciei 

- Desculpa

Ela deu um sorriso leve, e me puxou de volta para o beijo, com uma mão entre os meus cabelos e a outra na minha cintura, entrelacei meus braços em volta do pescoço dela e assim continuou nosso beijo. Nosso primeiro beijo, depois de muito achar que eu estava louca, ou que era passageiro, mas a verdade é que sempre foi real, o que eu sentia por ela sempre foi real e esteve ali, e talvez sejamos destinadas uma a outra, a nossa conexão é mais forte do que qualquer barreira.

Meu coração parecia que iria pular para fora a qualquer momento, mas a sensação de estar beijando-a era melhor que tudo

- Eu achei que isso nunca iria acontecer - Ela se separou do beijo

- Eu também - Dei um sorriso

- Precisamos voltar - Ela me deu um selinho

Arrumamos nossas coisas e José nos levou de volta para o colégio, agradeci ele e entramos, Hannah me viu e veio correndo para me abraçar

- AMIGAAAA QUE SAUDADE - Ela pulou em mim quase me derrubando

- Eu também estava com muita saudade

- O que aconteceu? Por que você foi para casa sem avisar e demorou tanto pra voltar?

A alegria que estava no meu rosto em ver a Hannah sumiu instantaneamente, Lana olhou para mim com aquele olhar de ''você consegue''

- Minha mãe faleceu a uma semana 

- Eu sinto muito - Hannah me deu outro abraço, só que mais reconfortante

- Ta tudo bem

- Tem um monte de gente sentindo a sua falta, vem, tenho certeza que vão te alegrar - Hannah começou a me puxar, e eu olhei para Lana para ver se conseguia fazer algo, mas Lana disse ''ta tudo bem, vá'' apenas com o olhar, e eu a entendi

Amor a primeira BrigaOnde histórias criam vida. Descubra agora