Resgate

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    A lâmina rasgava lentamente um pedaço da pele de King, mas sem aprofundar demais. Por outro lado o aperto em seu pulso quebrava seus ossos de forma torturante.

A junção dos berros do ruivo junto ao cheiro de sangue aterrorizaram o moreno.

  -Se eu arrancar seu braço, você poderá morrer de hemorragia. Não pretendo te matar, quem sabe um dia possamos conversar sobre sua namoradinha de olhos roxos...

  Esticando o braço do policial mais do que seus músculos permitiam, ele soltou o mesmo, deixando-o cair de joelhos no chão.

AUTORA

  Diane se debatia nos braços de Gilthunder enquanto chorava ao ouvir os gritos de Harlequin.

  -Gil, por favor!! Me deixa entrar!

  -Não vou por sua vida em risco também! Diane, eu só posso lamentar pelo King e pedir para que saía daqui. Você não vai querer ouvir isso até o final.

  Howser assistia a cena, seu peito apertava mais a cada lágrima que Diane deixava cair.

  -Solta ela, Gil. Eu vou também.

  -Não posso permitir que mais ninguém entre lá.

  -E se fosse a Margareth? -Ao terminar a frase, Gilthunder afrouxa o aperto, deixando Diane se soltar. -Cara, se fosse sua namorada eu tenho certeza que você entraria e eu iria te ajudar! Mas não, é o noivo dela e também tem o Zeldris!

  Gilthunder desvia o olhar para Gelda, a loira também estava chorando, sendo consolada por Elaine, porém a menor também parecia estar sofrendo pelos gritos do irmão.

  -Certo... mas voltem, por favor.

  -Obrigado(a). -Os dois dizem em um uníssono.

  Adentrando o local não podiam ver nada. Diane acende a lanterna e corre em direção ao noivo.

  Harlequin estava deitado, uma fina linha de sangue saia de seu pescoço indo até o chão, enquanto seu braço esquerdo estava completamente esticado no solo e seu outro braço segurava o ombro lesionado.

  -D-Diane... sa-saiam daqui! Ele vai pegar v-cês também...

  -Não antes de te tirar daqui! Eu levo ele, Howser!

  -Certo! Vou procurar o Zeldris.

  -Es... ca... -Foram as únicas sílabas que Harlequin conseguiu proferir em meio aquela situação.

  -Entendi.

  Howser subiu as escadas rapidamente, percebendo um fino e longo arranhão no corrimão de metal.

  As marcas continuavam até o sexto andar, depois dali não haviam mais pistas, fazendo-o olhar cada apartamento do andar.

  Sem mais opções, o policial seguiu até a porta do elevador, procurando respostas para o sumiço de Zeldris. O loiro decide subir o próximo andar.

  Ele já estava angustiado de ter que ficar naquele lugar, a escuridão não permitia a existência de uma sombra sequer, além das causadas pela luz da lanterna. O único som naquele local era sua respiração, e vagamente podia-se ouvir a sirene das ambulâncias junto as das viaturas policiais.

  Na intenção de buscar reforços, o policial desceu as escadas. Chegando no térreo, decide checar o elevador.

  Abrindo a porta à força, pode notar que o sub-teto estava completamente amassado.

Dupla personalidade -hiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora