Professor Lupin

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Eu estava realmente feliz que tivesse voltado a falar com Jorge, que parou de desviar o olhar quando eu chegava perto, estava feliz também por poder voltar a conviver na mesa da Grifinória, mas eu tinha que dividir minhas refeições com a mesa da Lufa-Lufa também, além da minha própria mesa, porque Cedrico não se sentia confortável em se sentar comigo na Grifinória por conta do último jogo.

-Cedrico eu duvido que eles vão se incomodar – respondo quando ele me conta isso – Eles admitem que foi uma vitória justa, confie em mim.

-Mas eu não me sinto confortável Carol, acho melhor não, pelo menos por agora – ele diz e nós nos separamos quando entramos no salão para jantarmos.

Na semana seguinte o professor Lupin tinha voltado para a sala de aula, para a alegria da turma, que não aguentava mais ter Snape ensinando duas matérias ao mesmo tempo e nos enchendo de trabalhos, além dos comentários ácidos sobre o Prof. Lupin que nunca pareciam cessar. O professor entrou na sala e eu sorri involuntariamente.

-Bom dia turma, peço desculpas pela minha ausência nesses dias – ele começou enquanto nós nos sentávamos nos nossos lugares usuais – Alguém poderia me dizer onde o Prof. Snape parou?

-Ele fez uma revisão sobre lobisomens – Alicia respondeu – de novo.

-Bom, uma revisão nunca é demais, não é? – o professor força um sorriso apesar de eu ter percebido uma fagulha rápida em seus olhos – Hoje vamos falar de um tema, infelizmente, atual: dementadores.

Um cochicho excitado tomou conta da sala fazendo com que Lupin chamasse nossa atenção pedindo silêncio.

-Alguém poderia dizer para a turma o que seriam dementadores? – Agnes ao meu lado levantou a mão – Senhorita Williams?

-Dementadores são não-seres, criaturas das trevas, considerados uma das mais sujas a habitar o mundo. Eles se alimentam da felicidade humana, podendo causar depressão e desespero a qualquer um perto deles.

-Excelente, 10 pontos para a Grifinória! – Lupin responde e eu me encolho cada vez mais na cadeira me lembrando do que acontecia comigo quando chegava perto daquelas criaturas – Eles não apenas se alimentam da felicidade humana, como também podem sugar a alma de uma pessoa, a deixando em estado vegetativo para sempre – esse comentário foi recebido com um olhar espantado da turma.

-E alguém sabe como se detém um dementador? – levanto minha mão trêmula – Senhorita Davies, por favor.

-Com o feitiço patrono.

-Muito bem, 5 pontos para a Corvinal. Os dementadores são repelidos com o feitiço do patrono, que infelizmente, não vou poder ensiná-los ainda, pois é uma magia avançada e só irão aprendê-la no sétimo ano – a turma solta exclamações e sons de reclamação – Turma por favor, silêncio!

O professor teve dificuldade em manter a turma quieta, porque os alunos ainda não tinham aceitado bem a informação de que não poderiam aprender o feitiço, principalmente aqueles que jogavam quadribol, que depois do que acontecera no último jogo estavam com medo de surgirem mais dementadores em campo. Depois de conseguir fazer com que todos ficassem mais calmos, meu professor continuou.

-Certo, alguém sabe me dizer quando os dementadores começaram a serem usados como guardas em Azkaban? – Chloe levanta a mão na primeira carteira.

-Em 1718, quando o ministro da magia Damocles Rowle foi eleito, e viu os dementadores como uma vantagem para poupar despesas e tempo.

-Excelente, 10 pontos para a Corvinal! Houveram muitos protestos contra a prática, ainda mais que dementadores são criaturas difíceis de controlar e cruéis, mas por outro lado, alguns viram como algo bom manter eles dentro de Azkaban para se alimentarem das almas de criminosos – eu faço uma cara de nojo, por mais miserável que uma pessoa fosse ninguém merecia isso.

A garota corvinal - Livro umOnde histórias criam vida. Descubra agora