Casa do Donghyuck, Seul.
Assim que acordou Donghyuck se virou para observar Mark, ele parecia dormir tranquilamente.
Sentou na cama e fitou o chão por um tempo se recordando da noite anterior.
Não fizeram nada demais, apenas ficaram trocando carícias e beijos. Donghyuck sempre achou que esse momento fosse de estrema importância e ele não se sentia confiante o suficiente para dar aquele passo tão grande.
Riu ao se lembrar de como Mark reagiu, ele apenas sorriu e ficou repetindo várias vezes que não faria nada que Donghyuck não quisesse.
Ele chegou a prometer.
— Bom dia. — Mark cumprimentou em meio a um bocejo.
— Bom dia. — Se virou e depositou um simples selar na bochecha marcada do maior que sorriu bobinho.
Já na mesa Mark assistia Donghyuck preparar o café da manhã. Ele não sabia que precisava ver um Donghyuck de pijama e rostinho amassado até ver um Donghyuck de pijama e rostinho amassado.
Ele ficava ainda mais bonito pelas manhãs.
Desviou sua atenção quando ouviu um barulho vir da entrada e em seguida um homem não muito alto entrar na cozinha.
Ele vestia uma roupa social mas sua camisa estava toda amassada e abotoada de forma errada fazendo com que uma parte ficasse maior que a outra.
Seus cabelos negros estavam bagunçados e as olheiras eram bem evidentes. O homem não parecia ter mais de quarenta mas sua aparência não era nada boa.
— Bom dia. — Mark quis rir ao ouvir a voz do homem, ela era baixa e um pouco embolada.
— Bom dia senhor Lee. — Se levantou e se curvou por educação. — Sou Mark Lee, amigo do Donghyuck. — Sorriu vendo o homem estender a mão que rapidamente foi pega.
— Prazer Mark. — Ditou simples desviando a atenção para o filho que nem se deu ao trabalho de o olhar.
— Vai comer agora? — Donghyuck indagou.
— Agora não, eu vou tirar um cochilo. — Sorriu para Mark enquanto coçava o queixo. — Foi um prazer. — Repetiu e então se retirou do cômodo cambaleando.
Mark voltou a se sentar com o cenho franzido, Donghyuck parecia tenso e soltava um suspiro a cada minuto.
— Ele geralmente não é assim, só está sendo educado porque você está aqui. — Ditou colocando o café da manhã na mesa.
— Ele bebe muito? — Questionou o menor que havia se sentado na sua frente.
— Todos os dias. — Deu de ombros.
— E a sua mãe? — Tomou um gole do suco de laranja ainda analisando as feições do moreno tomando cuidado com as perguntas.
— Eu nunca tive uma. — Respondeu de forma simples levando um pouco de arroz até a boca. — Desde que me entendo por gente.
— Sinto muito. — Donghyuck riu baixinho negando com a cabeça.
— Ela não morreu, eu só não tive uma. Eu sou adotado, ele me adotou por algum motivo desconhecido. — Mark pensou um pouco e então suspirou.
— Como você se sente em relação a isso? — Por mais que fosse delicado Mark queria saber sobre os sentimentos de Donghyuck, se ele se sentia triste ou mal.
— Não sei, como você se sentiria vendo o seu pai chegar todos os dias bêbado em casa? — Tomou um gole do suco.
— Eu não sei, eu nunca tive um pai. — Respondeu vendo Donghyuck o olhar com culpa.
— Me desculpe...— Sussurrou vendo Mark negar.
— Está tudo bem. — Suspirou observando seu prato. — Os meus pais me deixaram com a minha avó para ficar na farra. Mas ela era péssima, me tratava super mal. — Cutucou o peixe. — Quando a minha tia soube ela decidiu me mandar para cá para morar com o Ty. — Sorriu. — Ele aceitou e desde então eu vivo com ele.
— Eu achei que ele fosse o seu irmão. — Mark negou.
— Ele é meu primo, mas eu o vejo como um irmão ou até mesmo como um pai. — Donghyuck sorriu com aquilo. — Nossas vidas não são tão diferentes.
— Mas diferente de você...— Donghyuck se levantou. — Eu nunca tive ninguém para brincar comigo, me levar a lugares legais e dizer que...— Suspirou sentindo um nó na garganta. — Que me ama.
— Você tem a mim. — Mark se levantou e caminhou até o menor que derramava algumas lágrimas.
— Ele não é uma pessoa ruim...— Ditou com a voz chorosa enquanto tentava limpar sem sucesso as lágrimas. — Eu só tenho ele. — Donghyuck soluçava, seu coração doía tanto. — Tudo o que eu sei hoje é porque eu li em livros ou ouvi de pessoas aleatórias. — Mark, que chorava também, o puxou para um abraço. — Eu me sentia tão sozinho.
— Você ainda se sente assim? — Mark questionou acariciando os cabelos do menor.
— Não...— Donghyuck fechou os olhos se acalmando aos poucos. — Graças a você.
Se afastou um pouco para encarar Mark, mesmo com o rostinho inchado e o nariz entupido e vermelho Donghyuck sorria.
Graças a Mark.
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𝒎𝒚 𝒇𝒊𝒓𝒔𝒕 𝒂𝒏𝒅 𝒍𝒂𝒔𝒕 💌 𝒎𝒂𝒓𝒌𝒉𝒚𝒖𝒄𝒌
FanficLee Donghyuck é o tipo de pessoa que só se preocupa com suas notas e seus planos para o futuro. Mas as coisas mudam quando ele entrega as apostilas da escola para Mark Lee, que se torna convencido de que viraram amigos. Mark tem uma personalidade mu...