Capítulo 7 - O Intruso.

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Perturbadoramente vazio.

A loira procurou pelo invasor no quarto, olhou cada pequeno canto escuro pequenino que abrigava a morena, não havia ninguém. Apenas a janela velha que estava emperrada até hoje de manhã, aberta com o ar frio circundando o ambiente.

Kara correu e ajoelhou-se até Lena, deitada inconsciente em sua cama.

- Lena! Acorde - a loira segurou delicadamente o rosto da amiga - Lena? O que aconteceu?

A morena abriu os olhos lentamente, confusa.

- Onde ele está, Lena?

- O quê? - a CEO sentia-se completamente perdida, os olhos cristalinos de Kara a fitavam com tanto desespero - Onde está quem?

- Tem um invasor na mansão - explicou ansiosamente - Ele tentou abrir a porta do meu quarto com murros e depois eu pensei que ele estivesse com você...

- Está falando sério? - a morena se levantou subitamente, sentando-se sob a cama - temos que chamar a polícia.

- Como você não sabe?? Ele estava aqui, Lena, eu escutei seus gritos! - Kara andava de um lado para o outro, sismada, não conseguia acreditar que Lena estava tranquila como se nada houvesse sequer acontecido - O que houve aqui?

- EU não me lembro de nada, Kara - Lena explicou com o cenho franzido, negando com a cabeça, a loira suspirou - eu estava tendo um pesadelo quando você me acordou!

Kara ainda não conseguia aceitar.

- Você estava gritando daquele jeito por causa do pesadelo?

- Bom, sim...? - a morena a olhou confusa - Kara... não havia ninguém aqui! - garantiu.

A loira não sabia no que pensar, estaria ficando neurótica? Estava ficando louca a ponto de imaginar coisas? Será que havia se tornado sonâmbula?

- Precisamos ligar para a polícia, venha - Lena buscou sua mão e a puxou pelo corredor - não precisa se preocupar. Ficaremos bem.

- Como pode ter tanta certeza?

- Estou acostumada a ver pessoas passando aqui todos os dias para fazer maldades ou quem sabe roubar algo como se aqui fosse rico.

--E como consegue aguentar isso aqui assim? - perguntou com a testa franzida.

- Sinceramente? Não sei - a morena suspirou - acho que agora é o meu fardo ter que cuidar desta mansão.

Em silêncio elas desceram as escadas ainda de mãos dadas. Kara não pode deixar de observar que o abajur quebrado havia simplesmente sumido. Isso só podia ser loucura, estava começando a acreditar na irmã e fez uma nota mental de falar com ela quando fosse cedo.

Lena acendeu a lareira do Hall principal e foi até a cozinha onde puxou o telefone, discando número por número, um de cada vez com rapidez.

- Alô...? Alô! - Lena repetiu - Alôuu? Alguém me escuta?

A chuva continuava mais forte do que nunca lá fora. Embora o barulho dos trovões tivesse passado, os relâmpagos agora vinham vez ou outra, iluminando quase que totalmente a casa com seus clarões de meio segundo.

Como ele chegou até ela se estava trancada? Kara não parava de se perguntar mentalmente, como ele havia conseguido? Existiam mesmo espíritos aqui? A mente de Kara não parava de trabalhar por um minuto, ela andava de um lado para o outro, frustrada por não saber como agir ou o que pensar daquela situação.

Somente uma coisa a fez despertar de seus devaneios.

No fim do corredor de cima, iluminada pelos clarões dos relâmpagos: a sombra de uma mulher.

A Maldição da Mansão LuthorOnde histórias criam vida. Descubra agora