" A bala sobrevoou e atingiu a parede atrás de nós como um jato. O barulho ressoou sobre os nossos ouvidos segundos seguintes. Uma noite de tensão foi declarada assim que o anúncio de que um inimigo ronda a localidade saiu. Meu pai, preservou-me por um instante e Jungkook sacou a sua arma para defender o território invadido...".
Escrevo trêmula. Pauso várias vezes para respirar durante a releitura. Apago várias palavras no meu diário digital e recomeço como foi toda noite. Aquele dia não sai mais da minha mente nem por um segundo. Estávamos no esconderijo do chefe do meu pai e tudo caiu em cima de nós. Ali, ali eu soube que ele não era um pscineiro e sim um aliado de um bandido sem moral, escrúpulos. Mas, como explicado mais tarde, o meu pai não teve escolha. Por mim. Ah, se eu soubesse jamais teria falado sobre a faculdade. É o maior sonho dele e o meu... Na verdade, tudo ainda está completamente incerto.
Me sinto tão desolada por ter contato com esse lado que jurei combater no instante que entrasse no curso de direito. A realidade se contrapôs aos meus maiores sonhos e Jungkook virou um péssimo pesadelo nos meus dias. Seu ar arrogante, impetuoso, a forma como ele envolve o próprio inimigo em tratado de paz obsceno... Isso apenas me afasta da personalidade cruel que ele tem.
E, sabe o que é pior? Vê-lo nesse maldito instante há dez metros de distância viajiando os arredores como um cão. A vistoria feita religiosamente nos horários mais tardios, incomodam-me. Infelizmente, eu queria escrever na página agora em branco que eu e meu pai pegamos um avião e nunca mais demos as caras por aqui, entretanto, nem se eu quissesse muito poderia colocar um pé para fora de casa.
Ele sabe como o vejo e por isso mesmo faz questão de me odiar. Sou a única que o desafia e não se ajoelha aos seus pés e a sua presença magnífica. Jungkook não é nada para mim. Por mais que, eu não negue nenhum pouco que a sua beleza me atraí profundamente. Ele tem algo de muito excitante, admito.
Agarro ar para os pulmões apoiando-me um pouco mais na sacada e como descuidada que sou, acabo derrubando a caneta que acompanha o tablet e atraindo a atenção do Jungkook, que dispara assutado lá embaixo. Uma caneta tombando no gramado é o suficiente para ativar o seu lado criminoso. Isso deve ser tudo pelo peso na consciência que ele deve carregar.
— É só uma caneta. — aviso desinteressada e isso puxa um olhar furioso para o Jungkook que deveria estar muito magoado por ter uma bala a menos agora.
— Uma caneta? — ele sorri de canto em deboche, sacodindo o corpo e guardando a ponto quarenta prateada no bolso.
— Boa noite. — finjo um bocejo para não ter mais uma das nossas emblemes discussões. Mas, ele fixa os seus lumes no meu rosto, cercando irritado o semblante. A última noite não foi agradável para ninguém e acho que é completamente desconfortável nos encarar após eu ter recorrido ao seu abraço desesperadamente. Claro que, essa parte eu resolvi nem contar para o meu próprio diário por tamanha a loucura que passou pela minha mente no momento.
— Você tem muita sorte que a caneta não caiu do seu lado. Tome cuidado e feche essa janela. — sórdido, ele manda e para temperar a sua falta de simpatia pela vida, faz questão de passar por cima da razão do seu pequeno excesso.
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SÁDICO - Jeon Jungkook (Narcotráfico) +18
FanfictionImpermeável. O eterno olhar de jurisdição sobre os meus orbes entrega um brilho contido, Jungkook analisa cada canto do meu rosto todas às vezes que nos encontramos pelos corredores da sua mansão. Ele mantém uma pose de arrogância tão intensa que si...