Brisa quente

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O antídoto rápido que encontro para apaziguar os meus tremores internos, é servir-me de uma xícara de chá. A borda de porcelana beija os meus lábios e me conforta com sua quentura, a água cheirosa e saborosa corre para a minha cavidade como um abraço nesse instante. 
De dois metros, encaro o celular branco. O mensageiro de péssimas notícias. Não suporto mais essa maré alta e baixa, como se estivesse em um barco no meio de um redemoinho violento. Meu estômago responde ácido, o que piora quando mais uma mensagem chega. A tela brilha me convidando a espiar uma nova notificação chocante. Mas, não… Agora eu não posso olhar.
Preciso ficar calma, Jungkook não pode saber que estive olhando seu telefone. Por mais que não ache que ele me daria uma punição severa por isso, ele não deixa de ser um criminoso da pior espécie. Não devo confiar nele. Sou emocionada, todavia a léguas de ser burra quando se trata disso. Da minha consciência de saber do que ele é capaz.
Minutos de nervosismo que se estendem como anos, terminam assim que Jungkook abre a porta do banheiro. Sinto a névoa densa do calor transitar pelo quarto no instante em que ele sai do banho, carregado por um cheiro perfumado, típico do Jeon. Sua fragrância masculina e tórrida, que queima todo o local que ela toca. Anulando o aroma do chá.
— Pelo visto, mudou de opinião sobre vir dormir comigo? — explana uma indagação curiosa, sua voz ressoa muito próxima do meu tímpano. Ele está com um rosto colado ao meu agora. A pele excessivamente abrasadora na minha gélida, cria uma onda de choque que me arrepia. — O que foi? Ainda está traumatizada? — caminha e curva as costas para observar diretamente a mim. Ele me corta com seu preto vibrante, me questionando sem descanso. Apenas as íris de Jungkook se ligando nas minhas através de um longo e profundo olhar. 
— Não… Já passou. Só estava pensativa. — recupero-me, não permitindo ficar fraca naquela situação. — Sobre se seria bom vir pra cá. — forço um sorriso. Os meus maxilares estavam doloridos, mas era necessário.
— Não. Não é isso que eu vejo em seus olhos. — Jungkook captura fixo o meu queixo, me forçando a erguer a cabeça e deixar-me escanear pelo seu detector de mentiras.
— Estou bem sim. — afirmo confiante, enxugando as emoções internas. 
Seus dedos estão como brasa na minha derme.
— Pode me dizer qualquer coisa, Gina. — aproxima-se mais. Os fios escuros
encharcados se prendem em seu anguloso e pálido rosto, lábios cerrados rubros e úmidos, esperam calados por uma resposta ágil que infelizmente não posso dar.
— Talvez, esteja nervosa com o que aconteceu. Não consigo… Achar normal viver dessa maneira. — dou o que ele espera. Um belo e sonoro "Me proteja, sou frágil demais e quero ser acudida por você". 
— Entendo… Quando nosso acordo chegar ao fim, daqui uns cinco dias, você vai experimentar uma liberdade que nunca teve. Financeira, geográfica, física e todas as que quiser. Foque nisso. — ajusta uma parcela de madeixas minhas para trás. Os dedos percorrem mais uma vez o meu cabelo, fazendo um carinho terno ali. Me sinto mais relaxada por um lado e por outro, tento afogar no peito a angústia de não saber mais nada do meu pai. Nem sequer posso perguntar, isso iria levantar suspeitas… No entanto, não é a primeira vez com certeza que o meu amado papai passa por uma coisa dessas… Segundo a mensagem, ele está se recuperando, não é? Necessito me manter fria e arrumar um modo de ir pra esse "Alemão" com o Jeon hoje. 
O John está lá. É a única forma de eu me tranquilizar. Querendo ou não, o sangue nos une.
Pensa Gina, de que maneira eu posso convencer o senhor todo poderoso a fazer o que eu quero?
— Eu disse que não quero seu dinheiro. Apenas uma passagem de volta e… Nem mesmo tinha me dado conta que tenho só mais cinco dias com você. Em breve estarei livre? — pergunto ao notar que perdemos dois dias não fazendo absolutamente nada.
— Não vou te deixar ir com as mãos abanando, dinheiro não me faz falta e sobre o nosso trato, sou um homem que não muda a sua palavra. Concordamos que seria uma semana. Sete dias. Nada mais. — um sorriso frustrado enche seus lábios. — E se sua boceta for tão gostosa como eu imagino… — desce as mãos do meu cabelo e volta a tocar no meu rosto, ele atravessa os meus lábios com seu polegar, arrastando-os a sua vontade e me notando como uma caça de pequeno porte. É um gatilho pra eu sair da minha turbulência e me deslocar para aquele desejo profundo. Odeio como todas as coisas morrem quando sinto isso, esse calor vindo me cobrir dos pés a cabeça. Tão dominador e excitante.
— E se a minha… Vagina… — pigarro com as bochechas salpicadas. — For tão gostosa como imagina… O que vai acontecer? — estou a ponto de suplicar que ele complete sua linha de raciocínio, de repente toda a minha atenção se agarrava às próximas palavras de Jungkook. No entanto, ele quebra as minhas expectativas não dizendo nada, se limita a sorrir e eu vou acompanhando os seus ombros subindo. O moreno todo tatuado e agora repleto de mistério, se move, levando minha mão com ele. Sigo-o.
— Só posso responder com clareza, se eu sentir ela primeiro. — sorri excessivamente promíscuo em cada linha de suas expressões.
— Não quer descansar e beber o seu chá? O que a Pilar fez... Está esfriando. — aviso. Obviamente que eu queria transar com ele logo, e neste momento não havia nada para além no meu campo visual que o Jungkook nú através daquela toalha. O abdômen avermelhado expulsando os gomos da barriga em curvas mais altas.
— Só uma coisa me deixaria relaxado agora… — sem recuar, o fitar fixo do mais velho, me proíbe de tirar qualquer pensamento sexual da mente. De hoje eu não passo.
Ele solta minha palma e se movimenta para uma cômoda ao lado do sofá que estava sentada anteriormente. Cada segundo dele caçando algo, é uma tortura sem fim. Viro-me a fim de quitar com essa curiosidade, e ao fazer isso, ao girar o corpo, vejo Jungkook retirar um daqueles vibradores de clitóris… Talvez, eu já quis comprar um… Mas, morria de medo ser pega usando. Um trauma evitado na adolescência com sucesso. Esses brinquedos são feitos para de ter quando você também tem uma casa só sua.
— Pra que trouxe isso? — a minha intimidade pisca e eu a seguro, fechando fortemente as pernas. 
— Pelo único motivo de estarmos aqui juntos. Te fazer gozar de várias formas. — é bem direto em responder, à medida que começa a romper a nossa distância. Jungkook liga o "brinquedo" com um clique que me atordoa. Seus passos são lentos e serenos, assim como seu olhar marcado que acompanha todos os seus gestos.
— Pensei que se garantia ao ponto de não precisar de todo esse "aparato". — sorrio um tanto sensível com a espera, esta que se encerra quando a ponta do vibrador alisa o centro da calça moletom branca que visto. A mão forte segurando o aparelho, aprofunda-se na minha sensibilidade por cima das roupas, e em um instante as ondas elétricas batem no meu clitóris de modo delicioso. O tatuado aumenta a potência mais um nível e o faz disparar algumas pulsações na área correta. Solto um chiado.
— Porque nossos corpos são completamente diferentes, Gina. Eu não quero só te fazer gozar, quero te fazer gozar pra caralho. — toma atitude de explorar a pele do meu pescoço. Seus lábios molhados pela saliva ardida e sedentos, esmagam-se contra mim, sua língua mergulha junto com suas sugadas intermináveis. Jeon deixa um rastro exalto por onde trabalha, subindo para a minha boca, local que eu adoro que ele possua.
Jungkook olha-me intenso, pressionando o vibrador e esfregando o mesmo por toda a minha vagina. Minha nossa, como isso gostoso! Umedeço. Arfo. Gemo. Espremo os dedos dos pés. Abaixo as pálpebras em um relaxamento.
Tudo está maravilhoso, mas, de maneira inesperada ele me separa da fonte de estímulos.
Levanto o rosto para o mafioso, procurando um motivo pra ele ter parado. Com um movimento, tenho a minha resposta. Jungkook começa a descer devagarinho e a colar seus joelhos no chão. Deixando suas mãos livres, o próprio usa os dedos para desamarrar a calça moletom. Aguardo inerte o tecido me abandonar. A essa altura, minhas pernas estão bambas com o homem as olhando tão de perto.
A sorte foi que eu trouxe as minhas melhores calcinhas.
Antes da calça pousar nos meus pés, miro a suavidade do gesto do Jeon ao oscular a testa da minha bocetinha e me encarar completamente safado, pervertido. Decolando os lábios mais de uma vez naquele ponto, apresenta-me um mundo cheio de sensações picantes. Meu coração começa a disparar rápido. Minhas mãos soam. Nunca estive tão ansiosa para ser tocada. Há muito tempo ele sabe que estou louca para senti-lo assim.
Jungkook percorre seu nariz pela região, roçando a ponta e aprofundando seu contato. Suas digitais abraçam minhas coxas e as afastam, após esse ato, uma mão sua se atreve a jogar a minha calcinha para o lado. De repente, a língua rosada cintila sobre meu clitóris, primeiro com cadência e depois com mais suculência. A forma inescrupulosa que me observa usando suas pupilas enormes, enche-me de tesão.
Dou um passo involuntário, queria aqueles lábios cobrindo minha vulva toda. Jungkook para o que estava fazendo.
— Quer sentar na minha cara? — pergunta e passa novamente a ponta do músculo no meu grelo.
Aceito acenos positivos à sua resposta, eu estou louca pra isso.
Mal termino de concordar e ele puxa as minhas coxas para si, inclinando o torso e me pondo ágil por cima dele. Em um segundo eu estava com a boceta pesando entre os lábios e o nariz do Jeon. Que puta sensação deliciosa. 
O homem volta a deter-me pela bunda, seus dedos esmagam-na, desferindo alguns tapas certeiros. E isso me excita, mas, uma pulsão de fazer o mesmo com ele me sobrevém.
Com peso, descarrego um puta tapa cara de Jeon. O estalo é alto. Pelo desafio, a adrenalina me preenche por inteira. No sexo pode tudo, não?
O sorriso de Jungkook é amplo e libidinoso. Aquilo acendeu um brilho especial em seu olhar. Sinto o seu retorno dessa pequena agressão com uma chupada intensa e forte na entradinha. Sou tomada por um fogo inigualável.
A boca úmida alterna entre sugar o pontinho e sacudi-lo de um lado para o outro com a força da língua. O líquido que não consegue engolir, vaza ao redor da moldura labial do Jeon.
Porra! Ele me chupa e me lambuza com tanta vontade, permanecendo obcecado naquela parte como se fosse seu esporte favorito.
Ele bombardeia o âmago e me faz revirar os olhos de tanta satisfação. Eu me apoio no tórax másculo e remexo, me esfregando nos seus lábios cheinhos e vermelhos. A fricção é enlouquecedora e cada vez que rodo a pélvis, é um céu diferente que acesso. 
Jungkook passa a jogar meus quadris contra sua face, aumentando a velocidade das suas sucções. Porém, o moreno me priva momentaneamente de uma mão sua para pegar o vibrador de cor azul marinho, encostando o mesmo no meu ponto de prazer e se limitando a compenetrar freneticamente o meu interior. O Jeon continua a me olhar a todo o instante para ter certeza que ele sabe fazer bem feito.
As paredes sensíveis da minha vacina exigem uma penetração mais funda da língua, mas não era apenas isso que precisava. Meu canal estava dolorido de se contrair em volta de nada. Precisava sentir o pau grosso do Jungkook. Sentir ele entrar e sair, me atingir até o fundo.
Prossegue enterrando sua boca na minha boceta encharcada. Sua outra mão segurou meus quadris no lugar. Minha cabeça fica e se afasta da realidade, por alguns segundos. Simplesmente incrível as sensações que me fornecem o trabalho bucal.
Aproveito o ensejo para percorrer o olhar pelas esferas lucíferas do Jeon, rebolo e de modo automático, agarro o topo de seus cabelos pretos e sedosos, sentindo os fios e puxando para aliviar as descargas que recebo.
Me deparo com uma Gina sem vergonha e sem receios de demonstrar.
Meus lábios vaginais são dobrados e mordiscados de leve. O pequeno aglomerado de nervos maltratados pelas vibrações. Libero grunhidos e gemidos mais intensos que os que foram dados anteriormente. Jungkook prossegue estalando tapas e apertões na minha bunda. Me encontro em êxtase e saturada de tão bom que aquilo está sendo, cada segundo melhor e mais potente.
Todavia, minha felicidade é interrompida assim como multiplicada em minuto só. Recorro para alcançar meus seios e esmagar a boca do tatuado com a minha boceta. Um gritando rouco, sai da garganta. É inevitável. Me contorço da nuca aos dedos do pé.
Tremo as pernas, desabando e saindo daquela posição dominadora.
Desço e descanso pálida e quente, na barriga petrificada do Jeon. Apoio-me no seu peito. Agora o noto. Lábios numa vermelhidão absurda ressaltando o esbranquiçado que me emanam de mim, as madeixas desorganizadas e a plenitude em sua cara, são o quadro mais sexy que tive diante dos meus olhos nesses anos de vida.
Cheia de espasmos, continuo replicando tudo o que me causou pela extensão da minha tez. Jungkook pincela com os dedos de anéis frios o centro da minha coluna, espalhando eletricidade. Ele queria checar meus tremores. Meus nervos pulam quando o faz. Ele sorri.
— Eu sempre te imaginei cachorra assim. Me sinto orgulhoso de ser bom nos palpites. — "au, au". Confiro outro riso fresco vindo dele. Meus poros saltitam. 
Começo a voltar à consciência normal. Como eu me desliguei assim? Tanto? Parece que nada existia quando estava excitada. Só Jungkook e eu.
— Só que, você gozou muito rápido. A gente ainda não fez nada. — acaricia a curva da minha mandíbula e me arrasta para um beijo de língua, ele me lambuza com a boca inchada e o músculo gasto de tanto me se exercitar no meu buraco. — Queria te comer inteira. — ergue o dorso do chão, comigo no seu colo, o próprio se senta e envolve-nos.
— Agora? — elevo as palmas para seus ombros e enfrento os lumes. Espalmo os espaçosos músculos. Jungkook está febril e com um pau estralando abaixo da toalha. Percebi perfeitamente.
— Precisa recarregar. Vou devagar com você. — deposita suas palavras próximo da orelha,  ele parece escanear a minha alma cansada através do olhar. O Jeon alastra a ponta do nariz por uma bochecha minha, descendo para a garganta, onde me beija bem ali.
Chupo os lábios e subo as íris até perder a luz de vista. Toda vez que ele me toca, eu acendo.
— E você já sabe que eu tenho um certo compromisso. — volto com a atenção para o que fala. Meus olhos pairam e se prendem no seu semblante.
Lentamente, nossas energias caminham para algo mais sóbrio. No fundo, apesar de estar preocupada com o meu pai e seus rolos, também fico um pouco irritada com a indisponibilidade do moreno. Desses dias, se eu passar umas vinte horas ao seu lado, será muito.
— E eu posso ir? — mordo o lábio inferior em apreensão pela ousada proposta que faço.
— Não é um ambiente seguro, Gina. Vá por mim. Você ainda se impressiona facilmente com essas coisas. — explica sério. 
— Eu tenho medo, mas isso não significa que não queira enfrentá-lo. É algo que eu vou saber lidar como qualquer outra pessoa. E, então? — realizo uma expressão de desafio.
Com um sorriso de canto e aceitando minha insistência, Jungkook apenas recolhe a seriedade e me analisa por longos instantes.
— Eu não sou seu dono pra te proibir de ir ou pra te mandar ficar. Não é como se precisasse pedir. — transborda segurança com a minha autonomia.
— Você já foi mais autoritário. — sorrio amplo, animada pela carta branca.
— Depende da circunstância. A pior delas é quando eu estou de pau duro e tem uma gostosa sem calcinha por cima de mim. — mantém os orbes atrelados aos meus e assume posse da minha cintura, aproximando-se. Seu lábio cheio se espalha pela minha derme, escalando para a linha da mandíbula e enfim perfurando minha boca com um beijo em combustão. Chio. Nos separamos entre selos estalados.
O tatuado se ergue primeiro e me força a fazer o mesmo movimento. Com um sorriso largo de canto à canto, giro no meu eixo para voltar a olhar o Jungkook. Não queria perdê-lo de vista. Cada segundo me sinto mais atraída.
E lá está o tatuado, reforçando o apego entre as pontas da toalha para impedir que esta caísse. Apesar dele estar tranquilo, seu pau está criando um puta relevo sob o tecido de tão duro e valente.
Jungkook nota meus olhares ferrenhos e dá uma risadela. O mesmo leva sua mão para a sua corrente de prata e a sobrepuja com um dedo, a movendo de maneira sedutora.
— Gosta de ficar conferindo o que você causa em mim? — taxativamente, sua pergunta soa como uma afirmação declarada. Sabendo que não há outra coisa a dizer, coloco um risinho descarado na ponta dos lábios e prossigo o admirando.
As ondas de silêncio apenas acentuam a tensão sexual no ar, dado a abertura, aquele homem todo esculpido perfeitamente por deuses, larga a corrente de lado e transita calmamente para a sua toalha. Não sei a quantidade de segundos que leva para ele abrir a maldita, mas cada um deles, de modo inexato chuto uns dez, o Jungkook me apresenta o seu belo e rígido pau. É a primeira vez que o vejo.
Tudo volta a pulsar abaixo da cintura. Sinto-me mais quente, mais radiante. A cabeça corada, as veias brutas e a posição firme que este se encontra, me deixa de boca entreaberta. Grande e grosso. Potente como tudo em Jeon costuma ser.
Porém, ele gosta de seduzir e jogar com o meu psicológico de forma fria. Fecha-se a passagem para o paraíso e isso me decepciona. Óbvio que eu já vi uma parcela bacana de paus em pornôs, no entanto aquele era especial e queria olhá-lo mais de perto.
Após esconder de novo a sua preciosidade, Jeon refaz o trajeto até meu corpo, se apodera dos fios deslizantes dos meus cabelos e leva-os para trás de uma orelha, esta para onde carrega sua voz melodiosa nesse instante. O encostar da sua boca contornada em um desenho quente, enriquece o brilho nas minhas pupilas. 
— Eu tô muito ansioso pra descobrir até onde a sua garganta vai me aguentar. — sussurra, acariciando com os dedos pesados, o meu pescoço. Jungkook impõem uma pressão gostosa, me fazendo queimar lentamente com a minha imaginação entrando em cena. Ok, eu nunca pensei que gostaria de pensar em por um pau na boca, mas o meu tesão está tão violento, que me abstenho da racionalidade.
— Preciso fazer algumas ligações. — cria uma distância, me privando novamente dos seus toques. — E você, deveria tratar de trazer as suas coisas pro meu quarto. — relembra do que havíamos firmado.
Dando as costas para mim, Jungkook recolhe o celular do colchão e para a minha desgraça, ele fixa por segundos intermináveis o olhar no aparelho, como se tivesse pensando em algo. Opa, ele voltou a me notar. Será que o Jeon desconfia que eu visualizei as suas mensagens? Estou fodida…
Um descuido seu. Um deslize de quem não tem o direito de errar.
— É por isso que estava tão "pensativa" quando entrei? Acabou descobrindo algo chocante? — ele captura o smartphone novíssimo. 
— Descobri. Esqueceu de informar que o meu pai estava mal… Mas, sabe… Não me importo com isso. Você não é o garoto de recados dele, ele que é o seu. — minhas falas tentam ser coerentes. Eu estava com medo, porque são nesses momentos que me lembro o quão o Jeon é perigoso. Ele não é apenas um cara.
— Não te pedi para não mexer, porque não estava preocupado. — afirma confiante. — O que me choca é saber que você realmente odeia o seu pai desde aquilo. — e ele acha pouco? Entrego uma uma risada curta e irônica.
— Estar disposto a me "vender" pra quitar dívidas que ele contraiu, não é o suficiente pra você? — espremo o cenho, fechando a minha expressão. Expondo a raiva que guardo. O ressentimento.
— Faltou honra da parte dele, mas como lidaria com a dor se ele tivesse morrido ontem? Quer levar isso pra sempre? — pergunta austero. Jungkook rasga o meu orgulho, fere e machuca em abrir a possibilidade. — Na vida não se existe o amanhã e nesse ambiente, nem o hoje muitas vezes. — continua a me esmagar e me fazer sentir um peso enorme.
— Ele pensa no pai de alguém quando levanta a porra de uma arma? — questiono, e Jungkook reage surpreso com a minha comparação.
— Pensa e ele não gosta de pensar. — cutuca mais uma vez. — E, esses filhos choram mesmo que o pai deles sejam piores que o seu. Mas, o meu ponto não é exigir que chore e sim que deixe seu orgulho de lado pra poder sentir o que está querendo sentir… E, Se quiser, te levo pra ver seu pai. É apenas isso.

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⏰ Última atualização: Mar 08, 2022 ⏰

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SÁDICO - Jeon Jungkook (Narcotráfico) +18Onde histórias criam vida. Descubra agora