Capítulo 3: Liverpool.

5 3 0
                                    

Em uma carroça Bruce, James e Cassandra haviam passado os últimos seis dias

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Em uma carroça Bruce, James e Cassandra haviam passado os últimos seis dias. Era levada por dois fortes cavalos de tração, os maiores que conseguiram arranjar, tinham pelos estufados perto dos cascos. 

A carroça era confortável até o terceiro dia, depois do quarto, a madeira começou a machucar a coluna dos três. E o espaço começava a ficar apertado. No quinto dia eles já viam Liverpool, levantando-se como uma cidade emergente. Já era possível ver as grandes abóbadas e torres aos céus, a movimentação na cidade grande e suas estruturas europeias. 

Ao sair da carroça, James jogou duas moedas de ouro para o carroceiro, que continuou seu caminho. Essas moedas se encontravam em compartimentos dentro da carroça, um tipo de recurso de emergência para os três. E também era mais uma demonstração que o Alpha tinha pensado em tudo.

— Argh... Como é bom esticar as pernas... —Bruce dizia enquanto se esticava totalmente, estalando seus joelhos e braços. 

— Ganhei um torcicolo nessa viagem. O que vamos fazer agora? — Era Cassandra quem perguntava, tateando seu pescoço e o movimentando para os lados afim de cessar a dor.

— Vamos descansar primeiro. Chegamos um dia antes da negociação, e a viagem foi longa. Podemos comer algo.

— Eu iria preferer a segunda opção primeiro. — Bruce estava esfomeado, sua barriga roncava e ele sentia suas carnes fracas. Os aperitivos que ele tinha durante a viagem não eram o suficiente.

A dupla concordou, e os três começaram a andar pela cidade em busca de um estabelecimento. Nisso, eles observavam a grande cidade de perto. Estavam boquiabertos. Era tão viva, tão cheia de gente. A comunidade deles devia ter no máximo cinquenta pessoas. Aquilo era outro nível, outro universo. As praças eram cheias de nobres e condessas que se tinham encontros românticos ao tomar uma xícara de chá, no entanto, apenas quando a igreja permitia. Qualquer tipo de heresia ou algo que vá contra as regras da religião, guardas tratavam com dureza. Nas ruas, os cavalos bem cuidados e fortes como nunca. A cavalaria da cidade passava em grupos, fazendo os trotes ficarem sincronizados. Os hotéis eram grandes, imitavam os clássicos palacetes europeus com uma arquitetura gótica. Bruce não conseguia imaginar como deveria ser Londres, a maior cidade.

— Vê, James... Isso é muito melhor do que viver no meio da neve.

— Não se engana, irmão. Isso está cheio de traíras, e eu ouvi rumores de que há vampiros por aqui.

— Vampiros? Ao Oeste? 

— Vampiros adoram cidades grandes, são como baratas e ratos. Não importa onde seja, leste, oeste, sul... Se houver uma cidade, vai haver vampiros. 

— Podem ser qualquer um, fiquem atentos. — Cassandra avisava.

Ao virar algumas ruas, eles veem padres gritando a todo pulmão os evangelhos, e um grande punhado de pessoas escutando. Dentre as preces, ofensas e difamações sobre quaisquer seres sobrenaturais. Sobre os lobisomens, chamavam-os de seres irracionais, assassinos de famílias inteiras.

O Lobo Ébano.Onde histórias criam vida. Descubra agora