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–  Emma

  

    Em vez de percorrer o livro com o seu olhar, Emma examinava o adolescente de cabelos loiros escuros, sentado no banco à sua frente. Estavam sozinhos, embora rodeados de pessoas.

    Ele ouvia, como sempre, música no seu mp3. Sossegado, preso no seu próprio mundo. A rapariga queria pedir-lhe se se podia juntar a ele. Contudo, estaria a invadir o seu espaço pessoal – que, por sinal, ficava extremamente perto do dela.

    Aclarou a sua voz, captando a atenção de Ashton. Ele olhou-a por breves segundos, tapando de seguida as mãos com as mangas da sua camisola. Porque é que ele tinha que ser ridiculamente adorável?

    Emma suspirou longamente, abanando negativamente a cabeça. Já era altura de desistir. As suas tentativas falhadas de tentar com que o adolescente falasse com ela eram em vão. (A não ser que ele lhe respondesse com "o que queres?").

    A rapariga quis, então, colocar alguma atenção no livro que andara a tentar ler há algum tempo. E, assim que encarou  a página escrita, um corpo perante si tapou-lhe a luz vinda do Sol, fazendo-a semicerrar os olhos.

    "Posso sentar-me aqui?" – Ashton perguntou-lhe, apanhando a nervosa adolescente de surpresa. Esta estava tão impressionada que teve que olhar para os lados para perceber se ele se estava mesmo a dirigir a ela.

    "Claro" – aceitou a sua presença, desviando-se para a ponta do banco. Nenhum dos bancos estava ocupado, apenas este, o que, de certa forma, provava que Ashton queria iniciar uma conversa com Emma.

    Quando se sentou ao seu lado, a rapariga pareceu esquecer-se de como respirar. O braço dele raspou no dela, o que dificultou as coisas. Emma não estava lá muito acostumada a contacto físico.

    "Então, o que vais fazer hoje?" – ele perguntou-lhe, mexendo no ecrã do seu mp3 e parando a música que estava ouvir, para falar com ela. Que milagre era este que estava a acontecer?

     "Vou para casa estudar" – a morena encolheu os ombros.

    "Numa sexta à noite?" – Ashton semicerrou os olhos.

    "A minha vida não é muito interessante"

    "Já somos dois na mesma situação" – o rapaz encostou-se ao banco, fechando os olhos. Parecia pacífico, relaxado, porém, a sua mente devia andar às rodas. Ele não sabia o que devia ou não fazer. Não tinha jeito para a vida. Apenas existia, – mais uma alma e corpo solitários neste mundo.


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⏰ Última atualização: Dec 03, 2018 ⏰

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Sweaters ➤ Ashton Irwin [Dropped]Onde histórias criam vida. Descubra agora