Há uma voz na minha cabeça, e ela diz algo confuso, não consigo compreende com exatidão. Ela me manda voar, gritar, correr, rir, cantar e dançar. Me sinto impulsionado, incentivado a viver aos comandos de vozes em minha mente. É uma voz suave, maternal, porém forte e profunda. Como eu disse, é confuso, e estranho. Tenho medo de me perde e ser diferente. Tenho medo de ficar parado no tempo, de querer ser feliz e não poder. Acima de tudo, eu tenho medo de chorar chamando o teu nome, e você não me escutar.
A voz não quer que eu ame você, e diz que é perigoso, que eu poderia me perder no seu olhar. Mas ela não sabe que eu já me perdi, chorei, chamei o seu nome, mas você não veio, não olhou para trás. E então a voz voltou a me mandar dançar, cantar, rir. Não ajudou. Eu cantava uma música triste de amor, não dançava, por que eu não tinha um pá, não ria, porque eu lembrava do seu doce sorriso, e me vinha lágrimas. Quando eu gritava era para chamar o seu nome. Corria trás de você, mas era como correr em círculos. E o mais triste, eu não conseguia voar.
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Senhor Melancia
RomancePoemas e textos românticos. Um ponto de vista diferente sobre um sentimento único.