‹⟨ Episódio 6 ⟩›

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Etta ficou para resolver o caso do corpo do homem morto. Não é possível, pessoas se matam somente para continuar uma guerra. Nada de bom nasce de guerras ou lutas desnecessárias, isso... Isso é horrível, mal posso acreditar nisso.

—você está bem?—Steve pergunta percebendo meu estado.

—estou, eu só... Só estou processando o que aquele homem fez. Não tinha nenhum amor a própria vida—falo ainda não acreditando no que presenciei. Isso só pode ser influencia de Ares, mas assim que mata-lo, estarão livres.

—é... Infelizmente, isso acontece. Vamos—ele me puxa pelo caminho, já que fiquei pensando parada no meio da rua.

—para onde estamos indo?—pergunto me recuperando assumindo meu controle e começando a andar.

—como eu já disse: tenho que entregar o caderno que possuo para os meus superiores—ele mostra um caderno de cor marrom com capa de couro.

—está certo. Depois, para a guerra—falo confiante.

—ah... Sim, claro, claro—sua voz falhou um pouco. O que aconteceu?—olha só, você...—antes que ele conclua sua fala, algo mais importante consegue a minha atenção—Diana!

Vou até um banco em frente dos muros de um... Parque, é o que parece. Sentada num banco, há uma garotinha de cabelos cacheados, ela veste um chapeuzinho pequeno com laço rosa que combina com seu vestido branco com detalhes da cor do laço junto de seus sapatinhos pretos. Me sento ao lado dela que está chorando e soluçando.

—o que aconteceu, menininha?—pergunto preocupada com o seu estado

—os meus amigos...—mais soluços de choro são ouvidos—... Eles não deixam eu brincar com eles de pirata.

—ora, por que?—fico sem entender o motivo.

—eles dizem que é por que eu sou menina!—ela continua a chorar—mas tá tudo bem. Eu não sei usar espada mesmo.

Observo os dois garotos que usam galhos como espada para sua brincadeira atrás de nós dentro do parque. Solto uma rizada baixa. Não sabem nem empunhar um galho, quem dirá uma espada.

—quer que eu te ensine a usar uma espada?—faço a pergunta sorrindo gentil. À nossa frente na calçada, há um galho grande o suficiente para simular um objeto cortante. O pego para ensinar a garotinha—eles estão usando golpes horizontais, mas de perto como estão, uma estocada é muito mais eficiente—demonstro como fazer com o objeto em minhas mãos o manuseando—por que é mais provável em causar um ferimento, e menos provável de ser bloqueada—demonstro o golpe e a menininha arregala os olhos, logo sorri encantada—agora vá lá e mostre a eles—entrego o objeto em suas pequenas mãos e faço um carinho em seu rosto com a mão esquerda.

—obrigada!—sou pega de surpresa com o seu abraço. Um abraço... Confortante que retribuo.

Ela se vai com meus ensinamentos para os seus colegas. A vejo vencer os dois e sorrio vendo sua alegria e divertimento.

—que feio. Ensinando a garotinha a estripar os coleguinhas—nem notei Steve ao meu lado.

—pelo menos, ela agora saberá se defender.

—ok, ok. Já terminou? Precisamos ir.

—sim. Se sua pressa não pode ser contida—me preparo para levantar.

—é que se não andarmos rápido, não chegaremos na guerra—ao ouvir isso, me prontifico caminhando o mais rápido possível para a direção em que estávamos antes.

—o que espera? Temos que entregar o caderno à seus líderes!—o chamo percebendo que ele ficou parado sorrindo, mas que logo vem para o meu lado.

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