‹⟨ Episódio 8 ⟩›

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Logo pela manhã já estamos na tal estação de trem indo para Bélgica. O local é lotado pela multidão sem fim quase não sobrando espaço para caminhar. O trem dá seus apitos e a fumaça ecoa de dentro dele, toda essa fumaça e poluição, deixa o local cinza e sem vida. Vejo vários soldados armados se preparando também, devem estar indo para guerra assim como nós. Enquanto acompanho Steve, avisto um homem vendendo algo, algo que nunca vi em toda a minha vida, tem textura cremosa e coloração branca.

—o que é isso?—pergunto parando em frente ao homem que parece estar negociando sobre os produtos.

—ah, é sorvete. Você quer?—Steve pede um ao homem e imediatamente o recompensa com... Papel? É com isso que se paga as coisas aqui?—aqui—ele me entrega o tal sorvete. Fico segurando um pouco sem saber como reagir e o que fazer—pode provar—com calma e suspeita, passo a língua sobre o tal sorvete e tenho uma explosão de sabores.

—é maravilhoso!—me viro para o homem que vendeu— você!—aponto para o homem que parece se amedrontar um pouco—deve estar muito orgulhoso do que fez! Sorvete é a melhor comida do mundo!!—digo firme.

—hã, o-obrigado, moça.

—Diana, chega, vamos!—Steve me leva pelo braço para seguir o caminho.

—é magnífico esse sorvete!—continuo maravilhada com este novo alimento que conheci.

—espere aqui. Vou guardar nossas malas—aceno para Steve.

Ele começa a carregar as malas com as nossas coisas, ele acaba por bater duas delas.

—cuidado! Minha espada e escudo estão ai!—o repreendo.

—ok! Ok! Desculpa! Vou ter cuidado!—ele segue seu caminho, agora com mais cuidado.

Fico esperando por Steve enquanto aprecio meu sorvete. Realmente é muito bom, esse homem tem um talento grandioso a ser explorado. Desejo sorte a ele.

—toma cuidado! Minhas coisas estão aí!—ouço uma voz masculina e olho para o lado para ver de quem é.

Vejo três homens, um baixinho com um chapeuzinho vermelho que parece nervoso. Outro deles usa uma saia e carrega uma arma nos braços, o outro homem é o maior deles e parece ser o mais sério e concentrado.

—eu não sei por que você quer levar essas coisas. Na guerra não existe teatro!!!—o de saia discute com o baixinho.

—são coisas importantes para mim, assim como essa sua saia ridícula!!—o outro retruca e continuo os ouvindo comendo de meu sorvete.

—não é uma saia!! Já disse isso!!—ele se revolta.

—ninguém liga!!

—ora seu!!—eles estão prestes a se agredir quando o terceiro deles se intromete e aparta a possível briga.

—rapazes, vamos parar e ser mais civilizados, ok? Já chamaram a atenção da madame ali—o homem indica a mim.

—ah, ora, que madame mais bela—sorrio e arqueio as sombrancelhas estranhando o jeito que o homem de chapeuzinho falou—qual seria seu nome?

—Diana, e o seu?

—Sammy, é um prazer!—ele faz uma reverência retirando o chapeuzinho mas logo o põe novamente—está sozinha?

—não, estou com...

—Diana?—Steve surge ao meu lado de surpresa.

—ele!—aponto para Steve

—Steve?—o homem de nome Sammy se surpreende com a presença do meu acompanhante.

—Sammy?—estranho. Eles se conhecem?

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