-Até amanhã Meggy.
-Até amanhã Ash. - Vi-o arrancar caminho fora e só quando ele desapareceu totalmente é que entrei dentro de casa. Antes disso passei pela caixa de correio já que a senhora Sam nem se dignou a ir buscar as revistas que mandou vir. Sinceramente esta miúda não tem solução. Comecei a separar as revistas para um lado e as cartas para outro. No meio das cartas salta uma carta gigante castanha igual aquela que a minha mãe recebeu há uns dias atras. Posei tudo na mesa da entrada. Como a carta pareceu - me pesada demais decidi abrir. Não me julguem sou demasiado curiosa. Ainda por cima a carta vinha sem qualquer identificação o que era mais suspeito.
Abro a carta e mando um berro quando o objeto preto cai do envelope. A minha mãe aparece na entrada assustada. Quando vê o objeto no chão olhou-me apavorada.
- Mãe o que é isto?-Ela não disse nada. Ficou estática a olhar para mim. - Mãe o que é que uma arma fazia no nosso correio?
-Mãe diz alguma coisa! Quem é que mandou isto cá para casa?- Desta vez disse com um tom de voz mais alto. Oiço o som de uns passos a andar pelas escadas e calculo que a Sam tenha ouvido o meu grito.
-O que é que se passa aqui para estarem aos gritos?- A sua voz foi diminuindo até se dar conta do que estava no chão. Olhou para mim em choque e depois voltou-se para a minha mãe que se encontrava de cabeça para baixo a chorar baixinho.
-Desculpem meninas, eu juro que não queria.- Mas do que é que ela está para aqui a falar?
-Mãe senta-te e fala connosco. Conta-nos o que se passou.- Puxei-a para a sala enquanto a Sam foi fazer um chá para a tentar acalmar. – Podes falar quando quiseres, não te vou julgar, apenas conta-me o que aconteceu para aquela coisa aparecer aqui em casa.- A Sam voltou com o chá já feito e posou nas mãos da minha mãe, sentando-se ao seu lado.
-Eu estou a ser chantageada pelo vosso pai.
-Chantageada? Mas porquê?- Pergunta Sam calmamente.
-Por erros que cometi no passado. Não que tivesse arrependida...-Sussurrou mas suficientemente algo para também conseguir ouvir.
-Então a arma foi ele que te mandou? – Ela acenou afirmativamente com a cabeça enquanto levava os lábiosà caneca quente.- Porquê? Quer dizer, porque é que te mandou uma arma?
- Não interessa o porquê, a única coisa que precisam de saber é que ele vai fazer de tudo para vos tirar de mim. E o pior é que no fim ele vai conseguir.
-Oh mãe isso é impossível, mesmo que ele quisesse não nos pode tirar de ti sem o nosso consentimento e acredita que nem eu nem a Mags queremos ir com ele a algum lado.
-Vocês não podem decidir isso. Mas agora já sabem que se passa...prometam que vão ter cuidado e se notarem que estão a ser seguidas ou algo do género ligam-me ou vêm logo para casa. Nada de chamar a polícia, entendido?
-Porque é que não podemos chamar a polícia?- pergunta Sam confusa.
-Sim mãe, normalmente nestes casos chamamos a polícia.- Apoio o argumento de Sam.
-Prometam-me apenas que não chamam a polícia!-Ela olhava-nos totalmente apavorada e o pior é que não sabia o que poderia fazer para a ajudar. Ela não nos contou a história toda... Porque será que ele a anda a ameaçar com armas e a mandar envelopes cá para casa? O que será que o outro envelope tinha? Porque é que ela simplesmente não confia em nós e conta a história toda? Mas o pior não é isso, o pior é a razão de ela não querer envolver a polícia nisto. Se ele a anda a ameaçar tirar-nos da nossa mãe ela pode fazer queixa, porque ficar calada em vez de fazer alguma coisa em relação a isso?
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Green eyes ∞ Ashton Irwin
FanfictionEla é uma simples rapariga vinda de Portugal. Ele é um simples rapaz do sul de Inglaterra. Ela podia ser a rapariga perfeita para ele...isto era se...ela conseguisse perceber o que ele dizia! Os seus destinos cruzam-se quando a mãe de Margarida re...