22- Capítulo

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Noah Urrea pov

Eu ficava tão impressionado com a capacidade da Maria de ficar ainda mais linda cada vez que eu a olhava.

Eu não soube explicar o que havia acontecido comigo desde que ela chegou, eu simplesmente não consegui parar de pensar nela.

Eu estudo no colégio da minha mãe desde pequeno e nunca uma garota me chamou tanta atenção. No colégio tinham meninas bonitas, e muitas, mas eu não conseguia ver nelas algo que aprendesse a minha atenção.

Mas na Maria eu vi.

Eu não sei se era seu olhar, seu jeito tímido e determinado ao mesmo tempo. Eu estava enlouquecendo de tanto pensar nela.

Infelizmente eu havia notado sua aliança. Maria namorava, o que acabava com todas as minhas esperanças de ter algo com ela. Mas não me impedia de me aproximar dela e ser eu mesmo. Coisa que eu não era com as outras meninas do Colégio.

Antigamente eu era gentil e conversava com muitas meninas, mas elas sempre entendiam errado e pensavam que eu estava dando em cima ou algo assim. Eu não queria mais ter que dizer " eu sinto muito por não poder corresponder " para meninas que eu não tinha interesse.

Então eu passei a me fechar para as meninas.

Com a Maria eu não consegui, era inevitável sorrir vendo ela se enrolar com as próprias palavras ou corar feito uma pimenta. E se ela entendesse errado, eu não me importaria.

Quando eu descobri que o o namorado da Maria havia traído ela, eu fiquei me perguntando como um cara seria otário ao ponto de trocar a Maria assim.

Além da Maria ser uma pessoa incrível, eu achava ridículo o fato de existir caras que não sabiam valorizar o que tinham. Se for pra trair, fica solteiro! Magoar os sentimentos das pessoas não deveria ser algo tão banal.

Ta, eu fiquei muito mal vendo a Maria triste daquele jeito, mas não vou negar que eu fiquei aliviado em saber que ela não estava mais com o cara. Era bom pra mim, e também pra ela, porque aquilo só mostrou que ele não era o cara certo pra ela.

Eu e Maria passamos o dia inteiro juntos. Eu a levei para conhecer a cidade, a levei para almoçar, mostrei lhe meus lugares favoritos e agora estava a levando para um dos lugares com a vista mais linda que tínhamos.

Era em cima de um pequeno morro, lá havia um banco de madeira entre duas árvores e tinha uma vista muito bonita.

Eu percebi que a Maria estava cansada, ela havia andado comigo o dia todo, mas não havia reclamado. O que me fez acreditar que ela estava gostando, ou pelo menos eu torcia por isso.

Eu peguei na mão dela para ajuda-la a subir o morro quando vi que a mesma estava se curvando já.

- Você realmente não vai me dizer por que está fazendo tudo isso por mim? - Sabina quebrou o silêncio me fazendo olha-la. Ela era tão curiosa, eu acabaria contando o que sinto. Mas eu não estava certo de fazer isso ainda, ela havia acabado de terminar com o namorado, não sabia se era uma hora boa pra isso.

- Você estava triste, Maria. - Respondi olhando pra frente. - Eu pensei que isso fosse te animar. - Sorri pra ela. - Eu conseguir cumprir minha missão?

- Sim. - Ela sorriu de uma forma fofa que eu não aguentei, apertei a bochecha dela a deixando ainda mais tímida.

Quando finalmente chegamos no lugar onde eu ia pra ficar sozinho, geralmente, eu soltei sua mão e me sentei no banco abrindo um sorriso.
- Olha, de todos os lugares que te levei hoje, esse é o meu favorito. - Encarei ela que permanecia em pé no mesmo lugar. - Senta aqui.

 Maria caminhou devagar até mim e se sentou ao meu lado segurando sua bolsa.

O silêncio que pairava entre nós estava me deixando louco. Eu precisava contar a Maria o que eu sentia. Ela não fazia ideia do quanto eu estava me segurando para não beija-la durante esses dias.

Pra ajudar, ela ainda apareceu no meu quarto do nada assim que saí do banho. Eu me segurei várias vezes pra não beija-la ali mesmo.

Eu sabia que aquele não era o momento certo, mas eu não aguentava mais guardar pra mim.

- Maria, eu preciso te falar uma coisa. - Quebrei o silêncio e ela me olhou.

- O que foi? - Olha-la apenas me deu mais coragem.

- Olha, eu sei que não é um momento muito bom pra te dizer isso, até porque você acabou de terminar o seu namoro... mas é que desde que você apareceu no colégio que eu não tenho mais conseguido de tirar da cabeça.

- O que? - Maria perguntou baixo com um olhar totalmente surpreso.

- Desculpa falar assim. - Sorri pra ela. - Mas eu não conseguia mais guardar pra mim. Você me chamou atenção desde a primeira vez que te vi na sala da minha mãe e achou que era pra eu te mostrar meu quarto. - Maria abaixou a cabeça rindo de si mesma e eu toquei sua mão.

- Noah, eu... - A interrompi.

- Você não precisa me dizer nada. Eu só precisava mesmo te dizer isso logo. Eu não espero que sinta o mesmo. - Sorri pra ela e olhei pra frente. - Mas eu realmente gosto muito de você.

Permaneceu um silêncio por um tempo. Eu nunca havia ficado tão tenso. Eu não esperava que a Maria gostasse de mim, mas no fundo torcia por isso.

- Você não ta brincando comigo, né? - Ela me olhou séria.

- Eu não faria isso. - Me apoiei em minhas pernas olhando pra frente.

- Sabe Noah... - Ela falou calmamente e eu a olhei vendo-a olhando pro chão com um sorriso tímido. - Eu também me sinto assim com relação a você. - Ela falou me surpreendendo totalmente.

- Sério? - Sorri pra ela.

- É. Eu só ... Não tive coragem de dizer. - Ela coçou a cabeça olhando para seus pés. - É que eu fiquei tão encatanda com sorriso que... - Ela parou de falar e olhou pra mim envergonhada.

Eu não aguentei, me aproximei dela segurando seu rosto e finalmente a beijei.

Xoxo Gabi 🌸

Finalmente rolou o beijo tão esperado neah? KKKKKKKK

No Colégio Interno { ADAPTAÇÃO URRIDALGO }Onde histórias criam vida. Descubra agora