O beijo seguia junto com uma tensão sexual absurda. Tanto que não me contive e desabotoei sua camisa durante o ato. Afastei meu tronco para olhá-lo melhor e mordi o lábio instintivamente diante a visão que eu estava tendo.
— Você é muito bonito... Seu corpo é perfeito. — Pronunciei.
— O-obrigado, voltei a utilizar a academia da minha casa há algumas seman-... — Eu o interrompi, beijando seus lábios novamente.
Sakusa se deitou no chão e eu me mantive em cima dele. Uma de suas mãos adentrou pela minha camisa, apertou minha cintura uma vez antes de agarrar o fecho da minha calça, desabotoando a mesma, enquanto sua outra palma desliza pela minha bunda e pousa na minha coxa, segurando a mesma firmemente.
Meus dedos se puseram a deslizar pelo seu peitoral, desceram até seu abdômen, mas foi impedida por mim de adentrar na calça alheia, já que me afastei de Sakusa bruscamente.
— O que foi? — Ele questionou.
Eu tinha tomando um choque de realidade. Sakusa ainda era virgem e eu estava levando tudo rápido demais por causa da minha naturalidade com o assunto. Além disso, nós só estamos agitados desse jeito pelo simples fato de estarmos bêbados.
— Precisamos ir com calma... — Expliquei ao sair de cima dele e me colocar de pé. — Além disso, não estamos sóbrios!
— V-você tem razão, me desculpe! — Ele se levanta também e começa a abotoar sua camiseta novamente. — Acho melhor eu ir embora.
— Sim, já está muito tarde. Eu vou chamar um táxi pra você, pode ser?
— Não é necessário, eu prefiro ir andando. — Ele apanha suas coisas.
— O-okay, como preferir. — Falei, em seguida, fui abrir a porta para ele.
O homem para no lugar antes de sair, provavelmente sem saber como se despedir corretamente.
— Até mais. — Disse ele com um breve movimento da cabeça.
— Até.
Depois disso, eu fechei a porta e me encostei na superfície da madeira.
— Que porra acabou de acontecer aqui...? — Ponho a mão sobre os meus lábios que ainda carregavam a sensação de seu beijo cheio de desejo. Meu coração batia rapidamente, eu estava tão feliz que não conseguia parar de sorrir. — Acho que o Sakusa é gay... — Dito isso, eu começo a rir de toda a situação e, principalmente, da minha própria estupidez.
✘
Dormi o resto da madrugada e acordei no fim da manhã, já atrasado para o meu treino. Me dirigi às pressas para o Ginásio Metropolitano de Tokyo, onde cheguei 20 minutos depois da partida ter começado. Mesmo assim, tive um bom desempenho durante o jogo, tal qual Sakusa não estava lá para assistir.
— Tudo bem, pessoal! Bom trabalho! — O treinador disse assim que encerrarmos o treino.
— Yuri, seus levantamentos estavam ótimos! — Riyu me elogiou.
— A sua recepção também não estava nada mal. — Iwabe disse. — Mesmo após ter faltado quase duas semanas de treino, você parece melhor do que antes.
— Ah, digamos que esteja de bom humor. — Falei sorrindo de um jeito bobo.
— Yuri-kun... — Ouvi a voz conhecida soar não muito longe e me virei em sua direção.
— S-Sakusa! Achei que não viria. O treino já acabou. — Falei enquanto me aproximava dele.
— Eu sei que seu treino já acabou. Além disso, não vim pra ficar, já que preciso voltar para casa e adiantar o meu trabalho.
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Touch Him • [Sakusa]
Fiksi PenggemarApós uma pandemia global, a misofobia de Sakusa acaba piorando ainda mais, fazendo-o desistir do vôlei. Porém, mesmo que não jogue mais, quase todos os dias ele comparece aos treinos de times aleatórios em um ginásio de sua cidade. A tímida presença...