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•°S/N. P.O.V°•

-Está Tarde.

- São onze e meia em Nova York, então é cedo - Maddie disse, puxando meu braço - Vamos lá, viva um pouco.

Examino as ruas escuras, o aviso do meu pai sobre ser uma garota solteira na cidade correndo na minha mente - Eu não sei, acho que deveria ir para casa.

Moro na cidade há dois anos e ainda não saí tão tarde sozinha.

Pós-graduação e estudar fará isso com você. Além disso, o puro medo de ser capturada por um traficante de seres humanos - obrigada papai - colocou medo suficiente dentro de mim para nunca passar pela minha porta da frente depois das nove da noite. Mas eu deveria estar comemorando hoje, pelo menos é o que Sabina me disse. Depois de dois anos inteiros de não fazer nada além de estudar, me formei no mestrado em filantropia e estou prestes a começar meu novo emprego... trabalhando para o meu pai.

Eu sei o que você está pensando - nepotismo1 no seu melhor. E talvez seja... mas eu também ganhei o cargo, estagiando com o diretor de operações por quatro anos. De graça. Passei quatro anos trabalhando duro - vinte horas por semana - provando à equipe que não sou apenas a filha de Foster Green, mas um atributo valioso para Gaining Goals, uma fundação sem fins lucrativos fundada por meu pai, considerado quatro vezes All-Pro quarterback2 pelo New York Steel3.

E todo esse trabalho duro valeu a pena quando Whitney Horan me contratou como gerente de relações públicas. - Você não está indo para casa. O que aconteceu com viver a vida? Lembra daquela pequena resolução de Ano Novo que você fez? É por isso que eu não deveria compartilhar nada muito pessoal com Sabina. Ela sempre me prende a isso. Embora, eu acho que é o que um melhor amigo faz. Além disso, ela encontrou minhas resoluções de Ano Novo em um bloco de notas no balcão da minha cozinha. No início, ela admirava as diferentes canetas coloridas que eu usava para cada resolução - cinco no total - e então memorizava cada uma delas. Sabina e eu nos conhecemos no nosso primeiro ano na faculdade, e ela é o yin do meu yang4.

Onde eu sou mais reservada, ela é extrovertida e aventureira, um atributo que eu gostaria de ter.

Mas eu nunca diria isso a ela.

- Não acho que ficar fora depois das onze e meia define viver a vida. - Com certeza não define. Ela passa o braço pelo meu, nossas jaquetas grossas colidindo para formar uma enorme bola de calor. - Este é o começo da vida. Nós fizemos a sua coisa e vimos um musical da Broadway, agora vamos fazer a minha coisa.

- Qual é a sua coisa? - Pergunto hesitante.

- Conseguir um cachorro-quente. - Sabina chama um táxi e sai do cruzamento de duas ruas como uma verdadeira nova-iorquina.

- Um cachorro quente? Isso é viver a vida?

- Sim, e você não disse que queria experimentar toda a comida icônica de Nova York?

Droga, outra resolução, embora essa resolução tenha sido a minha favorita, e a mais fácil de conseguir até agora, percorrer a cidade e experimentar todos os alimentos diferentes pelos quais a selva urbana é conhecida. Mas junto com essa resolução veio uma associação de academia, uma que usei com bastante frequência.

- Eu quero experimentar toda a comida - respondo, mordendo meu lábio.

- É por isso que estamos indo ao Gray's Papaya para pegar alguns famosos cachorros-quentes e suco de manga.

Pensativamente, pergunto:

- Esse não é o lugar do cachorro-quente no You've Got Mail5?

- E Fools Rush In6, - acrescenta Sabina. - Se Matthew Perry gosta tanto disso, eu também. E pelo que os comentaristas têm dito, você deve levar os cachorros vestidos de mostarda e suas famosas cebolas. Então, prepare-se, estamos prestes a ter um bafo de dragão.

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