O envelope

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Abriu os olhos. Já era de manhã?! Como assim? Mal tinha começado a dormir...

Bufou com raiva. O relógio marcava 6 horas da manhã. Realmente, já era hora de acordar. Enrolou-se em um robe cor de chumbo, fez um coque bagunçado sobre a cabeça e dirigiu-se até o quarto da pequena garotinha dorminhoca.

Abriu a porta de vagar e sorriu com a visão: a pequena Lisa com os cabelos loiros jogados contra a face angelical. Quando ia adentrar ao cômodo, sentiu uma mão pequena segurar seus dedos da mão que repousava na lateral de seu corpo.

- Mamãe, eu ouvi o despertador e tentei acordar lisa, mas ela não se mexe!! – A pequena Julie resmungou com a voz de sono mais fofa do mundo.

Annabeth sorriu.

- Ah meu amor, deixa então que eu resolvo isso para você. – Sorriu maleficamente e a garotinha sorriu cumplice.

Annabeth sentou sobre o colchão da cama de Lisa, retirou o fino cobertor que a cobria e chamou a menina com sua melhor voz de mãe. Nada da mesma responder. Resolveu então sacudir levemente a menina, mas nada mudou.

- Bom querida. Foi você quem pediu! – Annabeth sorriu ao começar a fazer cosquinhas na barrica da pequena menina.

Lisa senta num pulo, assustada, mas ao ouvir a risada doce de sua mãe e a gargalhada de sua irmã gêmea, a pequena loira fecha a cara e começa a se vestir.

- Poxa Lisa! Não havia jeito de você acordar! -  Julie tenta explicar para a irmã.

- Tudo bem! – Lisa revira os olhos. – Eu sei, você já me explicou!

Enquanto as duas garotinhas se arrumavam para ir tomar café, Annabeth estava já preparando a refeição para as três. Colocou na mesa o clássico suco de laranja, o café, o leite, os ovos mexidos com muito bacon e algumas frutas.

Sorriu com o resultado da mesa posta. Ela presava pela saúde das crianças. Adorava saber que suas filhas estavam crescendo com saúde.

Chamou as meninas num grito. Ouviu os passos apressados descendo as escadas e correndo até a cozinha. Lisa e Julie estavam disputando para vez quem chegava primeiro.

- Qual é o prêmio para a vencedora? – Annabeth perguntou fazendo graça.

Julie resmungou alguma coisa e Lisa revirou os olhos.

- Lisa vai limpar os cocôs do Peludo que estão no gramado hoje para mim. – Julie sorriu.

- Ah então você venceu Julie? – Annabeth fingiu interesse na competição infantil delas.

- Sim mamãe.

- É... – Lisa concordou com a irmã de cara feia.

A loira mais velha notou todo aquele mau humor na menina e pôs-se a tentar animá-la.

- Não fique assim meu amor, na próxima você ganha!

Lisa sorriu amarelo. Julie segurou a mão da irmã e sorriu gentilmente para ela como se estivesse dando apoio para a menina.

As três se colocaram a comer. As meninas elogiaram como de costume os ovos mexidos de sua mãe. Agradeceram pela refeição e subiram novamente as escadas para escovar os dentinhos sujos. Annabeth que terminava de retirar a louça da mesa também subiu em direção ao banheiro de sua suíte. Olhou para a foto do marido sobre a cômoda. Sorriu com saudades dos cabelos loiros de Luke. Ele estava viajando à trabalho, como sempre.

Annabeth suspirou e começou a escovar seus dentes.

Ela era arquiteta e ele engenheiro, mas como ele era um profissional muito requisitado, vivia em aviões para o Japão e para a Europa porque os gringos adoravam seus projetos de edifícios empresariais.

O professor das minhas filhasOnde histórias criam vida. Descubra agora