Capítulo VIII - Frágil

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Alex

Os dias tem sido ensolarados e tranquilos. Liam e eu temos nos dedicado a finalizar nossos trabalhos finais, e em fazer companhia um ao outro. Com dezembro as portas, em duas semanas estaremos terminando a faculdade, enfim nos formando. O clima estava otimo, estavamos indo bem e tudo parecia ter voltado ao normal.

Exceto quando o dia terminava. As coisas tem se mostrado complicadas quando a noite cai e tudo fica escuro e silencioso. Liam sempre teve problemas com escuro, ele não se sente confortavel em ambientes mal iluminados, por esse motivo mantinhamos luzes noturnas pelo apartamento. Mas recentemente elas não parecem estar ajudando.

Ele tem tido pesadelos, daqueles em que fica preso gritando sem conseguir escapar, sem poder acorda. Não é algo bom a ser visto e acredito que seja bem pior vivenciar. Nossos quartos são opostos no corredor, uma porta dando de frente para outra, mesmo estando tão perto, ao alcance de alguns passos, me sentiria melhor se ele não dormisse sozinho e se abrisse comigo. Mas ele prefere dizer que nada esta acontecendo e insistir que esta bem.

Na primeita noite que isso aconteceu eu estava dormindo e como tenho um sono muito leve foi facil ouvir que havia algo estranho com ele, achei que estava passando mal e corri para seu quarto. Mas era apenas um pesadelo. Depois de acordado simplesmemte me mandou voltar a dormir, não era nada demais. Eu acreditei. Afinal todos temos noites ruins as vezes.

Na segunda noite o ocorrido se repetiu, eu cheguei no quarto ele ja estava sentado na cama, olhos aregalados e respiração ofegantes. Apenas um menino assustado, um grande e musculoso menino assustado. Isso não estava correndo bem, eu não tinha a menor ideia do que fazer alem de o acalmar e fazer companhia.

Esta era a terceira noite e eu havia tomado uma decisão. Não o deixaria sozinho.

_ Você tem certeza que vai dormir aqui?

Eu concordei.

_ Comigo?

Eu acenei novamente já vestindo roupas confortáveis e carregando meu traviseiro até o lado da grande cama de casal que eu iria ocupar com ele esta noite.

_ Não acho que isso seja necessário, eu ronco alto e você não vai conseguir dormir. _ ele tentou argumentar.

Eu sentei na cama enquanto ele ainda se mantinha em pé me observando atentamente.

_ Não se preocupe, não é tão alto assim. Não vai me atrapalhar.

Ele cruzou os braços.

_ Não sou uma criança, não preciso de supervisão.

Eu revirei os olhos para essa atitude.

_ É claro que não é. Você é um homem crescido que esta dormindo mau.

Ele tentou uma outra abordagem.

_ Você vai ficar confortável aqui? _ ele se sentou do outro lado da cama.

_ Eu pareço desconfortavel para você? _ perguntei já recostado sobre os travesseiros me sentindo em casa. _ Não é como se nunca tivéssemos dormido juntos antes. Já dividimos uma cama, nenhuma novidade sobre isso. _ comentei.
Mas ele ainda não parecia completamente a vontade com isso.

_ Você quer tanto assim que eu vá embora? _ questionei sentado novamente.

Ele suspirou.

_ Claro que não. Só não queria incomodar você, você não é uma babá.

_ Por hoje eu serei sua babá. _ eu sorri abertamente.

Ele tirou a camisa e começou e se preparou para deitar do seu lado da cama.

Sintonia - BLOnde histórias criam vida. Descubra agora