__ Veja, é um bebê, mamãe! __ A pequena garota ruiva tinha seus olhos grandes e azuis atentos as duas pessoas ao seu redor. __ Tem um bilhete. __ A mulher loira falou ao tirar a pequena da cesta azul. __ Cuide bem da minha princesinha, assinado... __ O espanto da mulher foi tanto que nem conseguiu terminar a fala. Cinco anos depois... __ Mamãe, Jun! __ O desespero se alastrava pelo meu corpo enquanto eu corria desesperadamente em direção a casa tomada pelas chamas. __ Não, não! __ Gritava repetidamente já em frente a casa mediana no topo da montanha. Outras bolas de fogo atingiam a ilha com ferocidade. Entrei na casa sentido algumas chamas esbarrarem em meu corpo, mas não queimava, ao invés disso elas se apagavam. Procurei em todo canto na parte de baixo e nem sinal dos dois. Eles podiam não estar em casa. Corri até a área de cima e abri o primeiro cômodo com as paredes cor de rosa já pretas pela fumaça. Nada, não tinha ninguém ali. Segui para a próxima porta e nada novamente. Meus pés travaram antes de abrir o próximo cômodo, o quarto da mamãe. Abri com cuidado ouvindo o ranger da porta e finalmente os achei, dois corpos abraçados carbonizados. Minhas pernas fraquejaram me levando ao chão quente. __ Mamãe, Jun? __ Não sei quanto tempo fiquei calada, mas um grito fino de puro terror escapou da minha garganta pouco antes de uma onda monstruosa levar tudo embora, inclusive eu.