Chan

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- E você sabe dirigir isso? - Felix me pergunta quando entramos na lancha.

- Acha que eu colocaria nossas vidas em risco? - falo com uma sobrancelha levantada.

- Meio que colocou quando me pediu pra dar uma chance pra esse relacionamento - ele dá de ombros e sorri - É um bom risco a se correr, né?

- Sem sombra de dúvidas - sorrio maliciosamente.

Me aproximo dele e o abraço de maneira apertada escondendo meu rosto em seu pescoço, eu tinha certeza que seu cheiro seria uma droga para mim e eu não buscaria ajuda para me livrar desse vício. Felix me encara por alguns segundos antes de me puxar para um beijo suave e caloroso, nossas línguas dançam juntas em harmonia, podia perceber que Felix não tinha tanta prática naquilo, mas não poderia ser mais incrível.

Quando nos desgrudamos, ele sorri para mim um pouco envergonhado e eu retribuo da mesma forma.

- Eu pensei que eu teria que tomar a atitude pra fazer isso - rio enquanto mantenho minhas mãos em sua cintura.

- Está falando que eu não tenho atitude? - ele pergunta com uma sobrancelha levantada - E outra, eu só estou retribuindo aquele que você me deu mais cedo.

- Nossa, pode retribuir quando quiser - mordo o lábio inferior e nós rimos.

- E o nosso rolê? - ele se afasta de mim e se aproxima do volante.

- Quase me esqueci, é que você me desconcentra a cada minuto que passa - dou uma piscadinha para ele e ele sorri e revira os olhos.

Me aproximo do volante, insiro a chave no devido lugar e a giro ligando o barco. Me sento no assento do condutor e Felix se senta no assento do lado. Acelero bem devagar saindo do cais.

Felix coloca uma mão em meu pescoço e começa a acariciá-lo. Olho para ele de relance e sorrio.

- Estou feliz por ter você aqui, Fefe - sorrio para ele rapidamente antes de me atentar ao mar.

- É muito bom navegar sentir o cheiro da brisa do mar, o vento soprando e ver as luzes dos prédios diminuírem, eu poderia morar dentro de um barco e passar a vida navegando - ele sorri para mim, tinha uma expressão sonhadora no rosto.

- Claro, você é um peixinho - rio - Não sei se seria o ideal pra mim, mas se fosse pra ficar com você eu poderia facilmente rever os meus conceitos - mando um beijinho para ele e o mesmo ri.

- Eu me pergunto como você ainda não namorou alguém com essa habilidade de lançar cantadas a cada segundo - ele ri e balança a cabeça negativamente.

- Eu tive oportunidades, não posso negar, mas ainda bem que esperei você chegar - acaricio a perna dele.

Curtimos o passeio em silêncio por alguns momentos, estava tudo perfeito, Felix era um raio de sol sentado ali ao meu lado e eu realmente poderia navegar com ele para qualquer lugar, ele seria a estrela pela qual eu me guiaria. Voltamos ao cais e eu estaciono a lancha.

Abro o mini freezer instalado na lancha e pego o balde de gelo com uma garrafa de champanhe dentro.

- Você é cheio de surpresas, né? - Felix se aproxima de mim.

- Ainda tem muitas coisas que devemos aprender e saber sobre o outro - beijo sua bochecha.

Pego duas taças e as coloco sobre o mini freezer e retiro a tampa da garrafa bem devagar para não acertar nenhum lugar. Encho as taças com a bebida e entrego uma a Felix.

- Vamos brindar a quê? - ele me pergunta.

- À sua coragem, se você não tivesse sido corajoso para defender aquela mulher, nós não teríamos nos conhecido e coragem também por ter decidido dar uma chance pra gente - sorrimos um para o outro de maneira terna.

- Ok, nesse caso, à minha coragem - ele ri.

- À sua coragem - rio também, então brindamos e bebemos logo em seguida.

- Eai, pode me dar mais um daquele que você me deu agora a pouco? - sorrio maliciosamente.

Felix sorri da mesma forma e se aproxima me beijando, o beijo era tão mágico quanto o primeiro, mas agora tinha um leve sabor de champanhe e um pouco mais de paixão e mordidas.

- Vai dormir em casa hoje? - pergunto normalmente - Antes que me entenda errado, eu te chamei porque estou com vontade de ver um filme com você - dou de ombros.

- Qual filme? - ele me pergunta um pouco desconfiado.

- Tanto faz - rio meio sem graça e ele me censura por um momento.

- Tá bom - ele sorri.

Olho para o mar e uma pergunta me vem a cabeça.

- Quando você percebeu que gostava de mim? - olho sério para ele.

- Acho que se eu não tivesse te ouvido falando com os meninos, eu não pararia para refletir sobre os seus sentimentos e sobre os meus - ele dá de ombros - Talvez era algo que já estava presente dentro de mim, eu só não queria aceitar - ele dá um sorriso fraco.

- Bem possível já que o meu charme é quase irresistível - rio e ele me olha de cara feia e depois ri também.

Bebo um pouco mais de champanhe e ele me acompanha.

- Eu acho que pra mim aconteceu desde o dia que eu te conheci na casa dos meus pais - falo sério.

- Sério? - ele pergunta um pouco surpreso.

- Eu acredito muito na ideia de que todas as coisas tem um propósito, eu sempre procurei esse tipo de sentimento nas outras pessoas e eu não fui atrás de você, você apareceu literalmente na minha porta - rio e dou de ombros - Sei lá, claro que toda sua beleza me atraiu em um primeiro momento, mas a cada momento em que conheço mais sobre sua personalidade, sobre quem você é realmente, você se torna ainda mais lindo - me aproximo dele e acaricio seu rosto com as costas das minhas mãos.

- Claro que sua beleza me chamou atenção também, aliás você tem de sobra, mas quando te vi no clube com aquela sunga marcando seu bumbum - ele aperta minha bunda e nós rimos juntos - não tinha como negar a atração, mas eu negaria os sentimentos genuínos, porque não queria complicar mais a vida - ele dá de ombros e recosta a cabeça em meu peito.

- Não podemos desistir só porque achamos complicado, a vida te dá oportunidades e você só tem que decidir explorá-la e ir atrás do tesouro escondido - o abraço.

- Tinha me esquecido que pra ser músico, é preciso ser um pouco filósofo - falo e nós rimos.

Ficamos mais algum tempo na lancha antes de voltarmos para o meu apartamento.

- Quer tomar um banho comigo? - pergunto sério depois de chegarmos.

Felix me encara por alguns segundos, não conseguia distinguir a expressão estampada em seu rosto, não queria deixá-lo desconcertado. Ele umedeci seus lábios e dá um sorriso singelo.

- Tudo bem - ele responde e para na minha frente.

Tiro minha camisa, sem deixar de encarar Felix, ele tira a sua do mesmo modo. Vamos tirando peça por peça, um após o outro, nossos olhos conectados em todo o momento, até estarmos nus. Não havia vergonha ou algum sentimento ruim entre nós, estávamos nos conhecendo, nos mostrando.

Felix pega a minha mão e me leva até o banheiro. Ele pega o sabonete e o passa por todo o meu corpo e o eu faço o mesmo em seu corpo. Nos beijamos e nos abraçamos, rimos e até mesmo cantamos, obviamente estávamos excitados, era nossa natureza humana, mas tudo no seu tempo.

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Stray with Me (Chanlix)Onde histórias criam vida. Descubra agora