Depois de se conhecerem e brigarem numa festa, Ramón e Diego terão que conviver juntos durante algum tempo.
Ramón, um cara bruto e atrapalhdo, e Diego, simpático e determinado. Os dois terão suas indiferenças, mas no meio do caminho descobrirão suas...
— Alguém tem que tirar aquela garrafa de vodka da mão do Diego. Dá de conta do seu noivo, senão eu vou esbagaçar ele na porrada! Urrrgh!
Dana fala, bufando de raiva e passando por Ramón com os sapatos na mão, enquanto ele assistia Diego em cima de uma mesa, no meio do jardim, dançando em completo transe, dispensando o senso e o pudor que um ser humano com noções básicas do ridículo teria. À essas alturas, os botões da sua camiseta e calça já estavam abertos.
— Eu vou tirar, heim?
A plateia em torno dele agita seus neurônios em êxtase, o deixando ainda mais empolgado. Ramón apenas o observava, quando Arrasando da Thalia começou a tocar e ele perceber que tirar Diego dali seria mais difícil que qualquer outra missão que já tivera realizado em toda a sua vida. Com um semblante cansado de quem tinha virado a noite numa festa de noivado do qual fora praticamente forçado a fazer, ele bufa, afrouxando a gravata, pensando seriamente se a decisão tomada há 3 meses atrás ainda valia a pena e analisando minuciosamente suas chances de escapar dessa grande enrascada que era Diego Sanchez.
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DEPOIS DE TRÊS MESES JUNTOS, sem brigas e maiores discussões personalíssimas, Diego acordara naquela manhã no apartamento de Ramón e percebeu que ele já estava no banho. Se alguém lhe dissesse que os dois ficariam juntos quando se conheceram naquele parte alguns meses atrás, ele pensaria que essa pessoa estaria louca, mas hoje não admite planejar sua vida sem Ramón ao seu lado.
Ele se espreguiça. Tudo estava em ordem em sua vida e em seu mapa astral. Ninguém para bagunçar e nenhum estresse permanente. Até esta manhã, quando Diego avistara a jaqueta de Ramón no chão ao lado da cama e se abaixou para pegá-la. Era uma simples jaqueta marrom de couro cheirando a perfume com notas de limão que Ramón usava. Tudo normal, até Diego notar uma protuberância no bolso direito da jaqueta. Ele investiga com as mãos para ver se não era papel ou algo do gênero. Então constatou que era um pouco pesado e duro demais para ser qualquer coisa superficial. Sem culpa por mexer em suas coisas, Diego dispensou cerimônias e enfiou a mão no bolso.
Quase engasga com a própria saliva quando viu uma pequena caixinha de veludo em suas mãos.
— Eu não acredito!
Ele grita com toda a força de vontade, depois tapa sua boca.
— Aconteceu alguma coisa? - Ramón fala do banheiro.
— Não!
Diego volta a olhar para a caixinha e, tremendo, abre-a, encontrando um anel de noivado que julgou caber perfeitamente em seu dedo.
— Sim, sim, sim!
Ele repete essas palavras, pulando no quarto loucamente, com a caixinha no coração. Cai na cama, suspirando sonhos de casamentos perfeitos, com madrinhas e padrinhos, flores e música de entrada.
