CAPÍTULO 04

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DEPOIS DO DIA ANTERIOR FATÍDICO que Diego passou, decidiu não mais atender as ligações de Pietro e seguiu com sua rotina normalmente. Foi de metrô até o escritório investigativo local. Teve que andar alguns quarteirões até a sede. Atrasado, ele saltou do elevador e caiu de joelhos no meio de todo mundo, atrapalhando a reunião que acontecia com os investigadores.

— Tinha que ser. Eu avisei que não era brincadeira de criança – Ramón foi o primeiro a falar.

— Me explica o que você está fazendo aqui então?

Diego se levanta do chão e caminha até onde estão.

— Como estava explicando, a missão é vigiar um grupo de contrabandistas que traficam animais da floresta. Para isso, teremos que acampar lá e tentaremos com toda cautela não chamar muita atenção – disse Jimón.

— Eu posso ir com vocês? Vai ser um ótimo componente para o meu relatório – implorou Diego. – Eu prometo não atrapalhar a missão.

— Jimón! Não, né? Ele não tem experiência alguma em campo. Só atrapalharia! – Ramón protesta. Diego o encara, estreitando os olhos.

— Bom... a missão não é de risco. Não veria problema de Diego vir conosco.

Diego sorri. Ramón soca a bancada com raiva e sai pisando fundo. Todos ficam em silêncio com a cena. Diego dá de ombros.

NO CONSULTÓRIO, Ramón se encontrava mais irritado e inquieto do que nas sessões anteriores

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NO CONSULTÓRIO, Ramón se encontrava mais irritado e inquieto do que nas sessões anteriores. Anda de um lado para o outro, ansioso.

— Ainda não entendi o motivo da antecipação da consulta. Pode explicar o motivo de ter saído do trabalho antes da hora para vir aqui? Qual a urgência?

A psicóloga espera que ele conte, mas tudo que faz é andar em circulos.

— É que tem... Onde eu trabalho, entrou um pesquisador... desses de faculdade, sabe? Pra completar é aquele mesmo garoto da festa da semana passada que eu havia te falado.

— Sim, e ficamos combinados que você ia tentar...

— Lidar com as diferenças. Eu sei, mas não é essa a questão.

— E qual é, então?

Ramón senta-se no sofá e cruza as mãos.

— É que andam acontecendo coisas estranhas comigo – fala ele.

— Poderia me descrever quais? – a psicóloga respondeu.

— Veja bem, não é que eu goste de outros homens, é só que... Eu não sou gay, ok? Sou bem hétero, inclusive. Mas é...

Ramón não consegue dizer. Ele tenta fazer alguns gestos com a mão, nos quais Jane não entende.

— Ele sobe, entende? Ou melhor, ele não sobe. Quer dizer, não quando eu quero que suba.

Fácil de Se Apaixonar (GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora