MEIO à um sol forte, posta numa estrada extremamente vazia, só poeira e mato, encontra-se uma caixa de madeira grande. A caixa passa a mover-se. Parecia não haver um objeto de encomenda qualquer, e sim um pessoa que se debatia pra sair.
Logo a tampa da caixa é arrancada e cai. Um braço surge, seguido do corpo. Dani sai de dentro da caixa, cambaleante e confusa.
— Ai, que dor de cabeça. Onde é que eu tô? Meu Deus do céu, meu casamento!
Lembrou-se quando percebeu ainda estar vestida em seu lindo vestido de noiva. Se recordava apenas do funcionário da loja ter-lhe trazido um lanche e logo depois um grande apagão. Dani procura por algo no vasto nada em que se encontrava.
— Alguém aí! - ela grita.
Mal sabia a pobre Dani que se encontrava numa estrada qualquer... No Perú, exatamente em Machu Picchu.
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DIEGO tentava explicar para o seu novo marido Indiano que o casamento tinha sido um grande erro, mas claramente não estava obtendo êxito, levando em consideração que Dinesh não ouvia uma só palavra que ele dizia.
— Você precisa me escutar!
— Ah, Baguan Kelie! Nós estamos casados, no papel e tudo, veja só as alianças! Veja!
Dinesh mostrava seu dedo com a aliança enquanto tomava seu farto café da manhã na sacada do quarto.
— Moço, eu nem lembro de você! Aliás, esse casamento não tem valor legal nenhum. Eu me casei bêbado, isso é ilegal! - Diego diz.
— Tchalô, Tchalô, não fale assim! Você machuca meu Dil, meu Dil fica machucadinho com você falando dessa forma!
— Ah, era só o que me faltava!
Diego senta-se na cama, nervoso, roendo as unhas. Dinesh se levanta e vai até Diego, sorrindo.
— Nós vamos fazer um passeio pela Índia, que tal? Meu jatinho já está a nossa espera no Terraço, mas antes...
Dinesh arranca a toalha do corpo, ficando apenas nu frente a Diego, que por sua vez tampa os olhos ao ver, enfim, o avantajado acessório de perdição de Dinesh Radash.
— Vamos consumir o casamento, meu Djan!
Dinesh segue em direção a Diego, mas ele rola na cama e cai do outro lado, se levantando rapidamente, atordodado.
– Escuta, Radesh, Rinesh, sei lá! Senhor meu marido. É isso. Sabe o que é, é que eu tô morrendo de fome. E, é aquela coisa, né? Não rola nada com fome.
Diego força um sorriso simpático. Dinesh coça a cabeça confuso.
— Hum... Tiki he! Eu vou pedir para preparar para um Garam para você!
Dinesh veste um hobby dourado e sai em direção a porta, mas para quando a abre.
— Djam? - ele diz a Diego.
— Sim? - Diego diz, tentando transparecer naturalidade, mas soou como se estivesse sendo pego aprontando algo.
— Já volto.
Diego assente. Dinesh some. Diego rapidamente abre o guarda roupas de Dinesh e observa as roupas.
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Diego subiu até o terraço, disfarçando com as roupas de Dinesh, alerta para não ser pego. Avistou o jatinho parado e o piloto passando um pano por ele.
— Senhor Dinesh! O que deseja!
Diego tentou lembrar alguma gíria Indiana que Dinesh teria pronunciado. Teria que soar o mais natural possível.
— Tchalô, Tchalô, vamos para San Diego!
E tossiu para disfarçar. Apressou-se e logo adentrou no jatinho. Segundos depois o veículo já estava saindo do chão, pronto para voar rumo a San Diego. Já no alto, Diego olhou para baixo e avistou Dinesh Radash acenar desesperadamente para que o jatinho descesse, mas o motorista estava distraído demais.
— Baguan Kelie! Mais rápido!
Minutos depois o jatinho estava distante dali e Diego pôde respirar, aliviado. Chegando em seu destino, ele trataria de anular o bendito casamento.
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— Me perdoe, padre, pois pequei.
Disse Ellis, num confessionário de um igreja de San Diego.
— Está perdoado. Vá para casa e não peque mais, meu filho.
— Está bem, Padre.
Ellis faz o sinal da cruz e passa a andar para fora da igreja. Ao sair e pisar na calçada ele sorri.
— Pecados velhos perdoados. Hora de renovar o estoque.
Põe um óculos preto no rosto e sai andando, pensando em como seu plano tinha dado tão certo, e já se passara alguns dias desde que tinha colocado em prática. Comemorava o fato de que Ramón ultimamente não saia da cama por nada. Estava desolado demais depois que Dani supostamente o abandonou. Ellis via nesses momentos a oportunidade certa de consolá-lo.
Afinal, não existiam mais obstáculos entre ele e Ramón.
Bom, era o que ele pensava antes de entrar no apartamento de Ramón e o ver aos beijos com um rapaz desconhecido.
— Mas...
Claro que o choque foi inevitável. Como podia um garoto conseguir nesse pouco tempo o que Ellis demorou anos e nem se quer conseguiu.
E eles se beijavam com tanta paixão, com tanto fogo.
Ellis se segurou na porta para não agarrar aquele rapaz pelo pescoço e lhe mostrar seu lugar.
— Acho que vou ter que dar um jeito nisso também.
Falou baixinho para si mesmo.
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Fácil de Se Apaixonar (GAY)
RomanceDepois de se conhecerem e brigarem numa festa, Ramón e Diego terão que conviver juntos durante algum tempo. Ramón, um cara bruto e atrapalhdo, e Diego, simpático e determinado. Os dois terão suas indiferenças, mas no meio do caminho descobrirão suas...