CAPÍTULO 11

4.6K 401 149
                                    

NÃO FOI DIFÍCIL PARA Ellis descobrir onde Diego morava. Bastou vasculhar um pouco o celular de Ramón sem que ele percebesse e a resposta veio como uma luva. Em sua busca constante para acabar com qualquer obstáculo que venha interferir na relação planejada com Ramón, Ellis justamente estava a caminho da casa de Diego quando viu a porta escancarada.

–– Acho que alguém está recebendo visitas...

Sorrateiramente, ele se aproxima, mas tudo que encontra dentro da casa é Diego, inconsciente no chão.

–– Mas o quê...

De repente, sem que ele perceba, surge Pietro. Ellis olha para o corpo de Diego e logo depois para Pietro. Logo entende a situação. Os dois se encaram.

–– Quem é você? – pergunta Pietro.

–– Calma. Você ia sequestrar ele!

–– Sai daqui! Se você abrir a boca...

–– Eu te ajudo. – disse Ellis, prontamente. – Eu te ajudo com o corpo.

–– Por que você faria isso?

–– Acredite, quero ele o mais distante de mim possível.

–– Por que? – pergunta Pietro,
–– Eu não te faço perguntas e você não me faz perguntas. Tudo bem? O que vamos agora?

Ellis espera Pietro reagir.

–– Bom, primeiro temos que levar ele até meu quarto. Eu seguro os braços e você as pernas.

Logo quando Pietro se vira, Ellis busca rapidamente um vaso em cima da credenza e  o mete na cabeça de Pietro. Ele vai ao chão, desmaiado. Ellis respira fundo.

–– Até que seria legal ter você bem longe daqui...

Ellis fala, olhando para Diego.

–– Mas Ramón é investigador. Ele ia te procurar. O que eu tenho que fazer é mostrar que você não vale nem um pouco a pena, e eu? Bem, eu estarei aqui, valendo.

Ellis segura Diego pelos braços e o arrasta até o quarto, colocando-o em cima da cama, em seguida faz o mesmo com o corpo de Pietro. Ofegante e cansado, ele começa a despir os dois, fazendo com seus corpos estejam colados, simulando um clima de romance pós uma torrida noite de amor.

–– Que bonitinho esse casal, não é mesmo? Ramón vai adorar ver isso.

Ellis, retirando seu celular do bolso da calça e fotografando os dois de vários ângulos. Ele dá uma última olhada nos dois, sorrindo.

–– Não há nada que eu queria, que eu não consiga.

Ele caminha até a porta do quarto, mas escuta um barulho vindo da sala.

–– Diego? – era a voz de Ramón. – Escuta aqui, você não achou mesmo que eu deixar barato seu desaforo de ontem, achou? Diego?

–– Droga...

Ellis procura um lugar para se esconder quando nota a voz se aproximando do quarto. Logo se apressa, se jogando debaixo da cama.

–– Diego, eu sei que você está em casa. Aliás, o que era aquele vidro quebrado na sala?

Ramón entra no quarto e flagra Diego junto com Pietro, dormindo, nus, entre lençóis, na cama. Na hora, sua garganta fechou igual seu punho. Uma agonia que ele sentia no corpo e um formigamento na garganta incomum. Seus olhos se transformam numa maré. Enquanto isso, Ellis aguardava apreensivo, porém contente, debaixo da cama, tal qual os monstros que assobravam as pessoas durante boa parte de suas infâncias.

Fácil de Se Apaixonar (GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora