Depois de se conhecerem e brigarem numa festa, Ramón e Diego terão que conviver juntos durante algum tempo.
Ramón, um cara bruto e atrapalhdo, e Diego, simpático e determinado. Os dois terão suas indiferenças, mas no meio do caminho descobrirão suas...
JÁ EM SUA CASA, depois de uma viagem cansativa, Diego finalmente contou o que tinha acontecido para sua mãe e recebeu em troca a notícia de que o casamento de Ramón tinha ido por água abaixo.
— Ah, foi? - disse Diego. – Bom, se até a namorada dele acha ele um troglodita a ponto de fugir com outro homem, quem sou eu pra discordar, não é mesmo?
— Diego, não seja tão perverso! O Ramón me pareceu um bom rapaz. Devia agradecê-lo, afinal ele lhe salvou naquele dia. – disse Nádia.
— E agora ele merece ser canonizado? Mãe, por favor!
Nádia, impaciente, volta ao seus afazeres. Diego morde os lábios e sorri.
— Quer saber?
Murmurou para si antes de sair correndo do quarto.
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RAMÓN, desde a partida de Dani não encontrou melhores motivos para sair da cama. Tudo o que fazia era se levantar, colocar a ração de Darth Vader e depois voltar para seu mundo dos sonhos, onde ele poderia esquecer a maré de azar que andava lhe rondando.
Estava nesse momento apenas de sunga branca, deitado no sofá, num silêncio estarrecedor, adormecido. A campainha toca e, assustado, ele cai do sofá, despertando bruscamente.
— Quem será?
Ramón coça a nuca, confuso e a campainha toca freneticamente. Se levanta do chão, fatigado e sai se arrastando até a porta.
— Então quer dizer que você não casou?
Ironizou Diego, já entrando no apê de Ramón sem a mínima cerimônia.
— Pode entrar, à propósito.
Disse Ramón, fechando a porta atrás de si.
— O que faz aqui?
Diego demorou um pouco para responder, pois estava ocupado demais tateando o corpo seminu de Ramón com os olhos. Ele vacila para trás.
— Eu... eu vim apenas ver como você está? Bem? Imagino que não. Ora, mas não era o senhor que se gabava as turras sobre esse maravilhoso casamento?
— Trepudia, isso, vai... trepudia. Pisa em cima de mim. - Disse Ramón.
— Sabe, eu vim te oferecer minhas condolências.
Diego faz cara de sentido e tira do bolso um lenço, o estendendo para Ramón.
— Isso tudo por que eu não quis ficar com você? - diz ele.
— Como? Pirou? - falou Diego.
— É, você veio aqui me humilhar, por quê?
— Eu? Te humilhar? Imagina, claro!
— Isso é dor de cotovelo! Porque eu preferi a Dani. Priorizei meu casamento...
