Capítulo 34

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- Noite, Sr. Logan – disse um dos seguranças se aproximando da minha janela – Esse senhor afirma ser filho do Sr. e da Sra. Willians, porem não temos nenhum Leon Willians autorizado a entrar na propriedade e como não tem ninguém em casa, não permitimos a sua entrada e ele está um pouco nervoso.

- Isso é um absurdo. Eu sou dono dessas terras e tenho que ter minha passagem liberada na minha própria casa – Leila colocou o cabelo para trás pronta para retrucar mas eu levantei a mão a impedindo.

- Ele só está fazendo o trabalho dele, Leon. Todos que entram na propriedade devem ser previamente cadastrados e identificados – Leon apenas me encarou com desprezo. Fingiu que eu nem estava presente, como sempre fez, e começou a mexer em seu celular até conseguir falar com minha avó – Libere a entrada dele, Rodriguez, obrigado.

Depois de alguns minutos de Leon andando de um lado para o outro falando ao telefone de uma maneira não tão educada com minha avó que fez com que Leila e eu ficássemos possessos de raiva, ele entrou no carro entrando na fazenda liberando a passagem para que eu entrasse também.

- O que será que ele está fazendo aqui? – disse Leila seguindo com os olhos o carro de Leon parado na frente da casa enquanto eu estacionava na garagem – Não acredito que ele teve a cara de pau de aparecer aqui.

- Não quero que fique perto dele – falei saindo do carro, não queria contar a Leila minhas suspeitas de que Giovana não agiu sozinha e sim teve apoio para drogar minha bonequinha e esse apoio foi totalmente de Leon. Então, eu não estou tranquilo! Ao contrário, quero arrumar alguma desculpa para que Leila não precise ficar a um metro de distancia dele que pelo jeito veio para ficar.

Um a um, a família de Leon começou a sair do carro. Primeiro os filhos do banco de trás e então a esposa do banco da frente. Parecia uma família fria, arrogante e metida. Parecia não, isso era exatamente o que eles eram. Claramente não se encaixavam no ambiente mas pude ver o puro olhar de interesse na mulher ao olhar a casa da minha avó e em seguida para mim.

- Ainda me custa me acreditar que isso aí saiu de vovó e do vovô – comentei apenas para Leila ao abrir a porta do carro para ela descer. Lhe ofereci a mão a ajudando a sair do carro e segui para pegar as sacolas do banco de trás.

- Ah, querida sobrinha! – Leon se aproximou com os braços abertos – Estou tão feliz por você estar bem e conosco novamente – ele abraçou uma Leila relutante que assim que saiu de seus braços colocou em mim. Passei o braço ao redor de sua cintura de maneira possessivo a mantendo do meu lado – Você está morando aqui, de novo?

- Sim, estou morando com a minha avó – respondeu ela séria – Logan e eu.

- Ah sim – ele me olhou dos pés a cabeça e sorriu forçadamente – Bom te ver novamente, Logan. E pelo jeito reataram o relacionamento.

- Sim, nós estamos juntos. E cansados, né amor?! Vocês podem entrar e ficar a vontade. Minha avó já vai chegar.

- Preferimos esperar meus pais aqui. Mas vão em frente. Afinal, a casa é sua não é mesmo?

Senti ironia e até mesmo um tom de ameaça na voz desse homem. Com certeza não vou com a cara dele e nem ele vai com a minha. Sinceramente estou pouco me importando com a opinião dele só que ainda sim ele faz parte da família e não quero que meus avós se magoem ou fiquem nervosos com a briga desnecessária que Leon está impondo para essa família. Estávamos tão bem, seguindo em frente, nos reerguendo e agora surge esse filho da puta para ser uma pedra no nosso sapato.

Leila e eu não perdemos tempo e entramos pela porta da cozinha o de dona Liza estava fazendo um jantar que cheirava maravilhosamente bem. Deus abençoe as mãos dessa mulher. Tentei roubar umas batatas fritas mas ela bateu na minha mão me mandando subir para o banho. Expliquei a ela que Leon estava na garagem e ela me olhou com uma careta que eu respondi com outra.

O Que Restou De NósOnde histórias criam vida. Descubra agora