O Que Restou De Nós

Capítulo 41

Pov. Logan

Tentava a todo custo manter minha ansiedade controlada, mas sentia que estava prestes a ter um colapso. Quando inventei de fazer uma surpresa para Leila eu já sabia dos riscos que isso traria ao nosso relacionamento. Eu não quero cometer os mesmos erros que cometi no passado com ela. A ultima coisa que eu quero é que ela pense que eu estou de alguma coisa controlando sua vida e tomando decisões por ela. Espero de verdade que ela veja essa minha atitude de mudar todas suas coisas da casa da vovó para cá como uma tentativa desesperada de um marido querendo sua esposa de volta.

Porque é exatamente assim que eu me sinto. Desesperado.

Olhei tudo ao redor pela ultima vez satisfeito com o resultado do projeto que demorou três meses para ser concluído. Comecei uma pequena reforma na adega do nosso porão duas semanas depois de Leila ter ido para a clinica de reabilitação. Aproveitei que tive que reparar os dados causados naquele fatídico dia e resolvi utilizar um espaço que estava vazio aguardando por novos vinhos para nossa coleção e criei um cantinho só nosso.

Um quarto aconchegante com decoração de madeira rustica, lareira elétrica no centro, uma cama gigante tão confortável quanto a nossa com lençóis brancos e edredom marrom. Ao lado da cama uma pequena mesa de madeira trabalhada a mão continua um prato de queijos frescos e um vinho tinto para abrirmos juntos. Também um banheiro com direito a banheira com hidromassagem e chuveiro com dois jatos. O quarto era cercado por vidro especial que me dava a possibilidade de mudar. Agora eu posso ver tudo que está acontecendo lá fora, mas ninguém de fora consegue ver o que está acontecendo aqui dentro. Mas também é possível fazer o contrário.

Fiz tudo pensando em nós dois, tentando mesclar um pouco das coisas que ela gosta com o jeito que costumávamos fazer. Eu sei que nossa relação intima vai ser diferente, ambos os lados temos que ceder para que isso dê certo e eu já comecei meus estudos para aprender melhor sobre uma relação Dom/Sub. Não sei se conseguirei ser o Dominador como é descrito em diversos sites, mas estou ansioso para descobrir junto com ela a nossa dinâmica e intimidade. Tenho certeza que juntos criaremos algo prazeroso para ambos.

Passei a mão na nuca nervoso pela sua demora criando mil e uma teorias na minha cabeça. Foi quando pensei que eu tinha me preciptado em ter trazido todas as coisas dela e ainda deixa-la sozinha para processar tudo. Merda!

Rapidamente me virei para a porta de vidro que dava acesso a saída do novo cômodo da casa, a abri rapidamente nem reparando que ao pé da escada estava minha bonequinha mais bonita do que nunca. Engoli seco. Puta. Que. Pariu!

O pequeno robe cor de rosa não deixava nada a imaginação. As meias também rosa nas coxas presas por dentro do robe que eu estava ansioso para abrir e ver o conjunto completo. Me aproximei lentamente sem quebrar nosso contato visual. Comprei essa lingerie com a imagem certinha de como ficaria em seu corpo e, melhor ainda, sonhei com o momento em que eu tiraria cada peça lentamente.

- Você está com o olhar de que vai me atacar a qualquer momento – sussurrou ela colocando as mãos em sua cintura fina fazendo o robe subir ainda mais revelando a pena calcinha rendada.

- Eu vou te atacar a qualquer momento – respondi como se fosse a resposta mais obvia como 2+2 fosse 4. Ela sorriu. Não me fiz de tímido e já puxei seu corpo contra o meu com minhas mãos indo direto para sua bunda por baixo do robe. Mesmo com o salto altíssimo, ela ficava mais baixa que eu. Não resisti e colei meus lábios aos dela em um selinho demorado.

- Por que me pediu para descer aqui? – perguntou ela passando suas mãos macias e delicadas pelos músculos do meu braço me deixando arrepiado.