Cap 16

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Narradora on

--Olha aqui eu... - a Kagari respirou fundo - olha, se você veio até mim só pra falar isso então tchau - a morena virou de costas e começou a andar.

--Isso, vai lá pra sua Amanda querida vai, não preciso de nenhuma de vocês mesmo! - Diana gritou com os olhos marejados.

  Akko continuou andando e voltou para a academia, Diana apenas sentou-se no chão e ficou chorando até escurecer.

Chariot on

  Eu estava conversando com a Croinx pelo "celular" quando de repente vi a Akko chorando indo em direção a academia, fui até a mesma saber o que houve.

--Akko, o que aconteceu? - perguntei segurando seus ombros - você está bem?

--Não, Chariot, eu não tô bem - ela falou irritada com mais lágrimas saindo de seus olhos.

--Mas o que aconteceu pra você tá desse jeito?

--Foi a sua aluna estrela, tá bom! A Diana, ela... Ela é uma idiota tá?!

  Ela estava gritando e chorando muito e antes de eu perguntar mais alguma coisa ela simplesmente saiu correndo pra dentro da academia.

--Aí Diana, o que foi que você fez? - perguntei a mim mesma olhando a morena entrar no edifício.

  No dia seguinte eu dei aula para a turma e elas estavam tão distante quanto a quantidade de cadeiras permitia, não preciso ser um gênio pra saber que isso tá errado, elas não saiam antes que a outra já estivesse fora da sala e não queriam ficar no mesmo time no vôlei. Diana parece ter voltado a apenas conversar e andar com Hannah e Barbara, já Akko estava até que feliz com suas muitas amigas.

  Já faz uma semana desde que vi a Akko chorando e não tive coragem de pergunta-la sobre o assunto novamente, eu até queria, afinal são minhas alunas queridas, mas não o fiz e agora eu tô aqui pensando o que faço pra reverter essa situação.

--Desculpe professora Úrsula - uma aluna se desculpou por esbarrar em mim.

--Ah, tudo bem, mas... Pra que essa pressa e - olhei em volta para as paredes cheias de um cartaz, escrito: festa da vitoria - que negócio de festa é esse?

--O Andrew vai dar uma festa para celebrar a vitoria contra o míssil - ela explicou toda felizinha, essas meninas amam mesmo o Andrew viu.

--Não tá meio tarde pra fazer isso não? Já faz meio que já faz um tempo já - falei meio desconfiada.

--Pois é, mas é que o Andrew estava muito ocupado com os negocios do pai, só isso - ela explicou ainda sorrindo.

--Você é bem simpática, qual seu nome?

--Meu nome é S/N.

--S/N, pode me dar um desses panfletos?

--Claro professora Úrsula.

  Ela me entregou o papel e saiu andando e agora eu sei exatamente o que fazer. Procurei a Diana pela academia e finalmente a achei na biblioteca lendo um livro como se não tivesse quebrado o coração de uma pobre garota.

--Preciso falar com você Diana - falei sentando do lado dela.

--Ah, claro professora, sobre o que quer conversar?

--Sobre a Akko.

Diana on

--Desculpe professora, mas não quero falar sobre ela - voltei a olhar meu livro.

--Porque não quer falar da sua amiga? Você odeia ela agora?

--Claro que não, nem poderia.

--Porque não poderia?

  Olhei pra ela e depois voltei a ler.

--Diana o que aconteceu pra vocês terem se afastado desse jeito? Pode confiar em mim, antes de ser sua professora sou sua amiga - ela tocou meu ombro e sorriu gentilmente.

--Promete não me julgar? - perguntei e ela concordou - é que... É que eu beijei a Akko - falei de uma vez, já esperando uma reação negativa dela.

--E por isso vocês não estão se falando?

--Não, mas perai... Você não acha isso errado, ou inapropriado ou...

--Claro que não Diana - ela me cortou.

--Mas as outras alunas estavam...

--Eu sei como é, elas são umas chatas insuportáveis, mas vai por mim, elas fazem isso porque não tem vida própria pra cuidar, mas me diga... Se não é por isso que vocês estão assim, porque é então?

--Eu meio que gritei pro refeitório inteiro ouvir que eu nunca gostei e nem ia gostar da Akko amorosamente.

  Ela demorou alguns segundos, parecia até chocada e então respondeu gritando:

--Você fez o que?! - ela olhou em volta e abaixou o tom de voz - você fez o que?

--Eu gritei: não gosto da Akko e nem nunca vou gostar e no dia seguinte ela faltou as aulas e nossas... Digo as amigas dela, me excluiram do grupo porque aparentemente ela chorou a noite inteira pelo que eu disse - falei tudo de uma vez e voltei a me sentir uma pessoa terrível de novo.

--Isso é ruim, mas tem mais alguma coisa?

--Bom, eu vi a Akko e a Amanda se beijando e fui tirar satisfação, mas acho que estraguei foi tudo de uma vez - senti meus olhos lacrimejar - eu... Eu a fiz ter raiva de mim e agora ela não quer nem olhar na minha cara, eu tenho fingido estar bem esse tempo todo, mas eu não tô.

--Ah minha pequena - ela me abraçou e eu me permiti chorar em seus braços - não chora assim, eu não gosto de ver ninguém desse jeito.

--Mas é tudo que eu posso fazer professora, se eu fosse tentar concertar eu ia ser mandada embora pelas amigas dela.

--Isso é verdade, nem eu mexeria com aquelas lá, mas tem uma coisa que você pode tentar - ela me soltou e abriu um sorriso.

--E o que é? - perguntei limpando as lágrimas.

--Isso aqui o - ela mostrou um panfleto da festa do Andrew e eu a olhei sem entender - você pode fazer o seguinte ó - ela falou seu plano no meu ouvido.

--Acho melhor não professora, é muito arriscado - falei preocupada e ela me olhou irritada.

--E vc vai deixar a Akko escapar de você só por causa de uma coisa idiota que você fez?

--Mas eu...

--Você foi burra e idiota com alguém que fez te ajudar desde que chegou aqui.

--Eu sei, mas...

--Você vai e pronto final.

--Tá, eu ia dizer isso mesmo, mas primeiro eu preciso me prepara pra isso tá bom?

--Conte com a minha ajuda querida.

Continua...

Diakko - depois do míssilOnde histórias criam vida. Descubra agora