Após ter assumido o posto de secretária de seu chefe, Betty ficou ligeiramente atenta a todas as ligações que chegava na filial, mas nenhuma era do bendito senhor Forsit. E ao longo do dia foi se preparando pra conversar com uma dupla que não apoiará essa ideia nem um pouco: sua mãe e seu psiquiatra.
—Mrs. Donny não apoiará essa ideia, como vou convence-lo? Não sei, mas o que quer que eu resolvesse, se desse certo com ele daria também com minha mãe!
Enquanto estava caminhando até o consultório, Betty preparava algum suposto discurso argumentativo.
— Porra, estou querendo argumentar com a droga de um profissional formado para aquilo, aonde estou com a cabeça?! Vamos as opções: posso dizer a ele que aceitar conversar com alguém fora do meu interior pode me fazer superar desse meu probleminha... — Balançou a cabeça de desapontamento — Não, não, ele irá dizer que estou dando corda ao mesmo problema que me fez ter consultas com ele. — Caminhou mais um pouco, até esbarrar em alguém. — Desculpa, estou meio perdida nos pensamentos.
Analisando de perto, o homem em quem ela havia esbarrado rapidamente havia sumido, provavelmente virando a esquina que ela acabou de atravessar.
— Que pressa, mas enfim... E seu eu dizer a ele que menos com menos é mais? Talvez ele pegue de primeira essa. — Ri de si própria, parecia uma adolescente com esses pensamentos. — Vou ter que fazer jogo sujo: chantagem emocional.
Após finalmente concluir seus pensamentos, Betty já estava na porta do consultório, adentrou o prédio e trocou poucas palavras com a secretária, que já a estava aguardando sua chegada.
— Mrs. Donny, pediu que entrasse na sala, por favor.
— Obrigada Denise.
Entrou na sala e encontrou o psiquiatra com seus óculos no rosto, estava analisando alguns papeis.
— Olá, Elizabeth, como vai? Estou feliz que tenha vindo hoje.
— Olá, Donny – Respirou fundo, antes de responder — Vim novamente te procurar com um pedido, aquele pedido de mais cedo...
Ele a interrompe.
— Poderia ser direta, Elizabeth, do que precisa?
Como se ele já não soubesse.
— Quero a nota escrita que posso retornar, o que seja, quero voltar ao meu trabalho de voluntária no CVV, preciso disso para criar experiencia na área, talvez eu me torne até uma psiquiatra, quem sabe? E outra talvez seja uma boa hora pra retornar eu nem me lembro do ocorrido que me fez parar aqui — Isso é mentira — E esse processo de recuperação pode ser mais acelerado poxa... Eu não vou vacilar, Donny — Ela o olhava apreensiva, porém ele não esbanjava nenhuma expressão, fazendo a leitura de seus movimentos, parecia que não concordava com aquilo, Betty estava partindo para a apelação — Olha, você não é meu pai, você é só um psiquiatra, minha mãe te paga para me ouvir e outra...
— Faço a nota. — Respondeu.
Betty ficou em silencio por um tempo.
— Ué? Fácil assim? — Arqueou uma das sombrancelhas.
— Fácil assim. Acredito que talvez devesse enfrentar olho a olho os problemas – Pausou brevemente, e continuou — E o diretor do CVV me comunicou que viria, que seria somente uma pessoa, qual a probabilidade de ela ligar novamente? Uma em um milhão.
— Ele te contou até os detalhes? — Ficou um pouco traída até ouvir o psiquiatra.
— Ele me pediu que analisasse, que somente por um mês, te deixasse lá, praticamente me implorou. E eu aceitei. — Pausou, olhando fixamente nos olhos de Betty. — Elizabeth, se algo der errado, isso pode custar minha carreira.
-— Arriscaria sua carreira por mim? – Perguntou.
— Aqui está sua nota. Peço que preze sua segurança, e que venha a todas as consultas. — A retirou dos papeis que estava analisando quando Betty havia chegado, a entregou.
Betty, sorria, estava feliz. Pegou a carta e ficou meia hora ainda conversando com o psiquiatra sobre tudo, inclusive sobre sua animação de poder retornar lentamente aos trabalhos. Após a consulta agradeceu ao doutor por confiar nela e foi embora.
Mais cedo, FP, o diretor do CVV,o questionou da mesma maneira que Betty: "Arriscaria sua carreira por ela?"
Mrs. Donny não os respondeu, mas não só arriscaria, como já estava arriscando a carreira por essa jovem. Mesmo tendo estudado para interpretar e conhecer o ser humano, o que via na Betty não era lógico nem mesmo racional, ela trazia consigo uma paz dolorida, que precisava se abrandar.
Nesses casos, não é pelo dinheiro, é pela pessoa.
Oii pessoal, quanto tempo? Desculpe, eu realmente sumi né?
Como vocês estão? Espero que ainda estejam aqui kkk
Enfim, vou voltar a postar, me deem indicações de dia e horário pra postar, vou analisar com calma.
Beijos de luz, e espero que gostem.
Sem Revisão.
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Uma ligação pra livrar um suicídio
Fanfic✓ PLÁGIO É CRIME, SEJA ORIGINAL DROGA! ✓ Elizabeth Cooper, conhecida como Eliza ou Betty, uma jovem moça de vinte e dois anos, formada em psicologia, trabalha oito horas num supermercado de sua cidade e mais oito horas em voluntarismo num centro a v...