Betty olhava na escuridão a tela com luz forte de seu celular, via notificações de Verônica, várias mensagens. As mensagens eram de ânimo, mas nada animava Betty, nada a deixava feliz tudo por causa de um transtorno com a morte de um desconhecido.
Do outro lado da tela de celular estava Verônica, online, na ativa, tentando tirar daquela fria sua recente amiga. Verônica pensava na situação de Betty, todo santo dia ela pensava em tirar Betty daquela casa e guardar num eterno abraço. Verônica não tinha nenhuma amiga em sua vida, nenhuma após a mudança de cidade. Betty foi à primeira. E a única que aceitou Verônica, mesmo ainda não sabendo de tudo.
Verônica pensou um mês sobre a condição de Betty, sabia que se era uma depressão podia tirar ela daquilo, mesmo temporariamente, só não sabia como.
Então Verônica desligou a tela do celular e seguiu para a casa de Betty para anima-la.
Mas ela não podia demorar muito.
Betty em seu quarto descobriu a solução para acabar com sua dor. Sua mãe saiu para ir comprar remédios. E Betty durante essas semanas já havia arquitetado tudo. Seria sua primeira e única tentativa.
Começou abrindo a janela deixando a luz de o sol entrar e iluminar em seu rosto, depois arrumou sua cama, o guarda-roupa e o quarto. Deixou tudo organizado. Pegou uma troca de roupa limpa e foi tomar um banho. Dez minutos de banho a fez tentar limpar sua alma. Pediu perdão a Deus por isso. Saiu do banho e se trocou.
Pegou dentro de sua escrivaninha três cartas: uma a Vee, outra a sua mãe e uma explicando tudo. Explicando o motivo de seu suicídio. E assim deixou sobre a cama recentemente arrumada.
Abriu uma parte escondida do guarda-roupa e tirou uma corda grossa. A deixou no chão para ir à sala buscar uma cadeira.
Subiu lentamente as escadas na intenção de alguém vir impedir, mas sabia que isso era pouco provável.
Colocou a cadeira no meio do quarto e pegou a corda. Começou a fazer o nó e o via se encaixaria em seu pescoço. Depois a amarrou no ventilador. Mas antes de finalmente ir, ela abriu novamente a escrivaninha e pegou uma garrafa de vodca. Bebeu um pouco, a quebrou tacando no chão fazendo o que sobrou despejar se e catou um caco, no outro pulso, fez um corte, mais fundo que o primeiro. Ele seria a marca registrada em seu corpo de seu desistir de viver. E enquanto seu pulso sangrava demais, subiu na cadeira e colocou a corda em seu pescoço. E depois pulou.
Seu sofrimento teria fim.
Mas Verônica naquele exato momento adentrava em sua casa, acabara de ouvir algo se quebrando e corria assustada para o quarto da garota.
Ao ver que Betty estava tentando se matar, esperneando-se sem ar. Verônica subiu na cadeira e fazia de tudo para tirar a corda do pescoço de Betty. Estava tudo bem apertado. Pegou um dos cacos e tentou cortar a corda, mas ela era muito grossa e Verônica tinha cortado muito sua mãe. Então foi tentando desfazer o nó no pescoço de Betty, mesmo com as mãos doendo e sangrando, era a ultima saída. Betty já estava quase parando de se mover e respirar, sinal que Betty estava indo embora.
—Betty, fica comigo, por favor! —Vee gritava em meio ao choro.
Até que Verônica conseguiu desfazer o nó da corda que Betty tinha no pescoço, pegando seu corpo pesado e tentando deitar na xama. Betty estava sem ar, e sagrava muito, havia cortado a veia em seu pulso. Verônica fazia respiração boca a boca e tampava o sangramento. Naquele estado e hora, a mãe de Betty já havia chegado, e Verônica clamava para ela ligar para ambulância.
— ALICE CHAMA A AMBULÂNCIA PELO AMOR DE DEUS, BETTY TENTOU SUICÍDIO.
Verônica estava desesperada, a ambulância demorava, mas por Jesus ela chegou. Levando por fim o corpo esbranquiçado e um pouco frio de Betty.
Desculpem-me pelo capitulo curto e demorado e por Jesus, não levem em conta a parte ruim desse capitulo. Não estou fazendo apologia ao suicídio, procurem ajuda, mas não se matem porque vocês têm muito pra viver ainda. Amo vocês.
Vocês querem maratona?
3 capítulos de uma vez?
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Uma ligação pra livrar um suicídio
Fanfic✓ PLÁGIO É CRIME, SEJA ORIGINAL DROGA! ✓ Elizabeth Cooper, conhecida como Eliza ou Betty, uma jovem moça de vinte e dois anos, formada em psicologia, trabalha oito horas num supermercado de sua cidade e mais oito horas em voluntarismo num centro a v...