— É estranho sair de lá, vou sentir falta do seu macarrão. — Betty falava dentro do carro enquanto Verônica dirigia.
— No começo é complicado, mas você se acostuma.
— Como sabe?
— Eu não sei. Mas você precisa sair do casco pra ver o mundo a fora.
— Eu sei que foi meio precipitado sair de lá, mas depois dessa situação, temo que isso possa piorar. Eu preciso de tratamento, me sinto melhor. Mas minha mãe tá sendo muito afetada. Sair de lá pode não ter sido a melhor opção.
— Ela te ama Betty, e sabe que pra cuidar de você ela tem que estar sã e abrir mão de ter você na casa dela é uma coisa e tanto. Mas ela já teve que sair da casa da mãe dela pra começar uma vida. É um ciclo.
— Triste. Mas a parte que mais odiei de fato foi ela querer tirar meu voluntarismo. Será difícil pedir ao meu chefe para voltar, mas eu insistirei até não poder mais.
— Então amanhã você volta a trabalhar?
— Só no voluntarismo. Como não ganho nada pra estar lá eu não preciso de um recesso. Já no mercado, somente após meu tratamento ter uma porcentagem de sucesso.
— Se acha que é hora de voltar, eu te apoiarei, mas não se esquece que até os melhores cirurgiões já perderam pacientes, eles não desistiram porque sempre terá mais vidas pra salvar.
— Okay.
Passaram–se quinze minutos daquela conversa e elas chegaram. Betty desceu do carro e pegou sua mala. Olhou o prédio de cima a baixo. Era gigante.
— Wool, você mora aqui?? — perguntou surpresa.
Verônica ficou meio sem jeito então falou de uma vez.
— Sou dona daqui. Esse prédio é meu.
Betty ficou boquiaberta.
— Que chique mulher, seu pai teria orgulho da mulher que se tornou. — Olhou sorrindo para a amiga.
— Bom, eu vou te oferecer duas opções: ter seu próprio apartamento ou morar comigo... Fica a seu critério. — Coçando a cabeça ela deu as opções.
Betty se fez de difícil, fingiu estar pensando e por fim respondeu.
— Noite de garotas, certo?
— É, hoje, agora.
— Então, vamos ser colegas de quarto.
Verônica suspirou aliviada! Mas pensou: o que que isso tem a ver? Riu em sua mente.
— Graças a Deus! Venha, entre. Vou mandar o porteiro trazer minhas coisas mais sua mala.
Elas entraram no prédio gigantesco em Nova Iorque. Ele era muito iluminado e tinha movimento. Elas andaram até o elevador.
— Então quer dizer que você é uma CEO? — Betty perguntou enquanto entraram no elevador.
— Pode se dizer que sim. — Deu de ombros.
— É fria e calculista? — porquê não fazer uma piadinha, Betty pensou.
— Que? Tá doida Betty? — Verônica a olhou estranho.
As duas riram, referências, oh referências.
O elevador estava no penúltimo andar. O apartamento era o primeiro do corredor. Verônica seguiu com ela até a porta.
— Lar, doce, lar. — A morena falava enquanto pegava a chave nos bolso.
— Porque não mora na suíte do último andar?
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Uma ligação pra livrar um suicídio
Hayran Kurgu✓ PLÁGIO É CRIME, SEJA ORIGINAL DROGA! ✓ Elizabeth Cooper, conhecida como Eliza ou Betty, uma jovem moça de vinte e dois anos, formada em psicologia, trabalha oito horas num supermercado de sua cidade e mais oito horas em voluntarismo num centro a v...