.。.:* Ellen *:.。.
Acabei de chegar na minha nova cidade, Carolina do Norte. Sou do Brasil e meu pai recebeu uma proposta de emprego aqui e então viemos. Vou confessar que estive bem anciosa para vim, eu já estava enjoada da cidade em que eu morava, pois lá era bem pequeno e as pessoas eram digamos que... Chatas. Então estou bem animada em morar aqui.
Entrei na minha casa e ela é bem grande, minha mãe me mostrou qual seria o meu quarto e eu fui levando as minhas caixas lá para o andar de cima. Depois que eu trouxe todas as caixas comecei a arrumar minhas coisas, então coloquei minha playlist para tocar, e a primeira música que começou a tocar foi a minha preferida Dancing In My Room, essa música tem uma vibe tão boa.
{...}
Antes de vim para cá eu ganhei um skate, mas não tive tempo de aprender a andar ainda, e no caminho para minha casa vi que tem uma pista de skate aqui perto, e como já terminei de arrumar minhas coisas e não estou fazendo nada, resolvo ir lá.
Visto um cropped, uma calça jeans um pouco folgada, calço meu all star e pego meu skate. Desço as escadas e quando abro a porta para sair minha mãe me chama.
- Vai pra onde? - ela pergunta.
- Naquela pista de skate que vimos hoje mais cedo - respondo-a.
- Vê se não chega tarde viu? - concordo com o que ela diz e vou.
Saio de casa e coloco meus fones apertando em uma playlist aleatória, a pista não era muito longe, eu consigo lembrar o caminho para casa.
Chegando lá eu vejo várias pessoas andando de bicicleta, patins, skate e fazendo umas manobras um tanto difíceis. Subo no meu skate e tento andar e acabo me desequilibrando um pouco, vejo que um grupinho de meninos estão olhando para mim e rindo, apenas ignoro. Depois de alguns minutos consigo andar nele de boa, então tento fazer uma das manobras que já ouvi muito falar, Ollie, e dizem que é a mais fácil, vamos ver se é mesmo.
Quando tento fazer a manobra eu acabo caindo no chão várias vezes, não imaginei que isso seria tão difícil e que eu iria passar tanta vergonha. Cai mais uma vez e dessa vez acabei machucando o meu pé, quando fui tentar levantar olho para cima e vejo um menino, ele é um dos que estavam rindo de mim, ele estende a mão para me ajudar a levantar.
- Deixa eu te ajudar - ele fala com a mão estendida.
- Não precisa - tento levantar e acabo caindo denovo pois meu pé está doendo bastante.
- Deixa eu te ajudar teimosa - ele diz.
- Já disse que não precisa - me levanto e quase caí mais uma vez, mas o menino me ajuda e me ajuda também a ir até um um banco que tem perto.
Tiro o meu tênis e vi que meu pé estava começando a inchar.
- E você veio rir mais de mim foi? - falo enquanto olho para o meu pé que parece inchar mais.
- Seu pé está machucado - ele não responde minha pergunta e pega no meu pé.
- Ah não me diga - falo e ele revira os olhos. - Ai - falo quando ele começa a mexer no meu pé.
- Você torceu o pé - ele fala enquanto olha meu pé.
- Ah sério? Sabia que isso nem passou pela minha cabeça? - ele revira os olhos denovo.
- Você é muito engraçadinha né hahaha - ele faz um risada irônica.
- Só quando eu quero - o respondo e ele apenas olha para mim.
Vejo alguns dos amigos dele chegando perto de nós e param em nossa frente olhando para mim.
- A gente já 'ta indo, você não vai agora? - um dos garotos fala para o que estava sentado ao meu lado.
- Podem ir, depois encontro vocês, vou ajudar ela - o que estava sentado comigo fala.
- Vai? - falo e ele apenas acente e os meninos se despedem e vão embora.
Consigo ver os meninos cochichando algo quando saem.
- Vem, deixa eu te ajudar a ir para casa. - ele se levanta e estende a mão para mim.
- 'Ta louco garoto? Eu nem sei quem você é. - falo.
- E? - o garoto diz.
- E, que você pode ser um estuprador querendo se aproveitar que estou machucada para né... - ele parece ficar espantado quando eu falo.
- Deus me livre, te prometo que não vou fazer nada. - fala.
- Hum... - penso um pouco - Tudo bem, mas olhe lá viu - digo e então ele me ajuda a levantar e vamos.
Só aceitei porque vi que tinham várias pessoas na rua, se acontecesse algo eu poderia gritar ou sei lá, não liguei para os meus pais porque não tenho créditos, então esse menino era minha única saída para boltar para casa, já que eu não conheço ninguém e ele se ofereceu para me ajudar. Realmente não tinha como eu voltar para casa sem a ajuda de alguém, meu pé estava doendo muito.
Passo meu braço sobre o pescoço dele e ele me segura enquanto andamos. Acabo encostando o pé um pouco forte no chão e resmungo por causa da dor.
- Ai - falo e olho para meu pé que estava inchado e agora estava começando a aparecer uma mancha meio vermelha e roxa.
- Você não acha melhor ir para o hospital? - o garoto fala.
- Não precisa, só me leva logo pra minha casa - falo ainda resmungando um pouco pela dor.
Andamos um pouco e já estava perto da minha casa, eu estava falando para ele quais ruas ele tinha que virar, e agora estávamos quase na esquina da minha rua.
- Sua casa é muito longe? - pergunta.
- Não, já está perto. - respondo.
- Você ainda não sabe meu nome - o menino diz.
- Verdade, se apresente então. - digo e ele concorda.
- Bom, meu nome é Payton, tenho 17 anos, moro aqui desde que eu nasci e e estou solteiro. - dou risada quando ele fala sobre estar solteiro - Agora me fale sobre você.
- Meu nome é Ellen, tenho 15 anos, sou do Brasil e acabei de me mudar para cá hoje.
- Interessante, você não está solteira? - ele pergunta com um sorriso besta em seu rosto.
- Não te interessa - respondo - vira aqui - falo quando chegamos na esquina - minha casa é aquela - aponto para a casa em que eu moro.
- Sério? - respondo que sim - A minha casa é aqui nessa rua também.
- Meu Deus, você deve estar me zoando. - falo.
- Não, minha casa é aquela ali ó - ele aponta para uma casa que fica quase no fim da rua - Bom chegamos. - diz quando chegamos na frente da minha casa - Se precisar de alguém pra te trazer para casa de novo pode me chamar Ellen. - ele fala sorrindo num tom brincalhão.
- Besta - rimos - Obrigado por me trazer - agradeço o garoto que só da um sorriso de lado.
- Não foi nada - diz - É, eu já vou indo, a gente se vê - ele fala saindo e eu dou tchau para ele, e quando vou abrir a porta para entrar minha mãe abre primeiro.
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The Skater | Payton Moormeier
Hayran Kurgu" 'Ta louco garoto? Eu nem sei quem você é. "