A História do Príncipe.

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Teddy fechou os olhos de Snape e o colocou na cama da Casa dos Gritos. Ele se sentia mal. O professor, apesar de todos os defeitos, ainda era uma pessoa e ninguém merecia morrer daquela forma. Quando estava prestes a deixar o recinto para avisar aos outros, uma voz se fez presente, ecoando por toda propriedade de Hogwarts:

-Você lutou bravamente, e eu, Lorde Voldemort sei reconhecer essa bravura. Contudo, você continua sendo a espada pesada que caí sob os ombros dos estudantes e professores dessa escola. Continuando a resistir a mim, todos vão morrer, um por um. Eu não quero que isso aconteça. Toda derrama de sangue mágico é uma perda e um desperdício. Por isso, Lorde Voldemort será misericordioso, ordeno que as minhas forças recuem imediatamente. -A voz disse, Teddy arregalou os olhos. - Vocês possuem uma hora para observarem os estragos, desfrutar de suas perdas com dignidade e cuidar dos feridos e machucados. E agora, falo diretamente com você, Harry Potter. Você permitiu que seus amigos morressem por você, preferindo as suas mortes a sua própria. Eu estarei esperando por uma hora na Floresta Proibida juntamente com a sua prometida, Aurora Black.. Eu a devolverei para seus familiares se você vier. No entanto, se, no final dessa uma hora, você não tiver aparecido, a batalha recomeçara e ela estará morta. E no recomeço dos duelos, dessa vez, eu estarei presente para te buscar, Harry Potter e todo bruxo, bruxa e criança que te ajudou até agora será punido. Relembro, você tem uma hora para evitar que isso aconteça.

-Harry! -Assim que a voz cessou, Teddy começou a correr de volta para a passagem, levando em mãos o pequeno vidro de memórias que Snape havia lhe entregado.

Correu com todas as suas forças, lutando contra seu cansaço, dor e fadiga, alcançando a saída do túnel.
-Pessoal? -Chamou e eles saíram da capa.
-O que houve? Pensamos que estava morto.-Hermione o abraçou com força.
-Conseguiu destruir a cobra? -Perguntou Ron.
-Não. Era impossível, ela estava em uma espécie de jaula mágica e Snape estava lá....Snape foi morto. -Disse Teddy.
-Nós sabemos. Harry ficou na mente de Voldemort o tempo todo para ver o que você ia fazer. -Disse Hermione.
-Voldemort foi embora em seguida, se eu fosse atrás, corria o risco dele me matar na hora. -Teddy limpou o sangue em seus braços em sua própria roupa. -Snape me entregou isso, pediu para te dar, Harry. -E ergueu o vidro.
-Memórias? -Harry perguntou ao pegar e observar o conteúdo.
-Talvez Dumbledore estivesse certo e Snape não tenha sido um enorme traidor no final das contas. Essas memórias podem nos ajudar a encontrar um caminho para matar a cobra e ele. -Disse Ron.
-Eu não teria tanta confiança. -Hermione diz.
-Precisamos ir para conferir...Teddy, você...? -Harry questionou.
-Ouvi a mensagem. Não dê ouvidos a ele, Harry. A guerra é culpa dele, não sua. -Disse Teddy sorrindo.
-Vamos. -Hermione abriu a capa e os quatro entraram nela.

Enquanto andavam pelos jardins, agora silenciosos, Harry olhou para os seus próprios pés. Não duvidava de Voldemort, ele mataria Aurora e depois...Todos os outros...Mas o que ele podia fazer? Se ele fosse, como que poderia garantir que Aurora não seria morta de qualquer forma? E ainda, se ele fosse, será mesmo que os outros poderiam derrotar Voldemort sozinhos? Nem ao menos haviam destruído a última horcruxe. Ele realmente esperava que Snape lhe dê-se alguma resposta, porque ele não sabia o que fazer.

Alcançando os pátios do castelo, se assustaram, havia um enorme dragão deitado, farejando o ar.

-Audax?-Teddy saiu de baixo da capa e o dragão levantou a cabeça. Teddy esticou a sua mão e a criatura cega encostou o seu focinho ali, fechando os olhos. -Você não deveria estar aqui. Eles podem te machucar, Audax
O dragão bufou com o nariz, deixando um ar quente sair.
-Acho que ele tem certeza que é mais forte que os bruxos. -Disse Hermione sorrindo fraco.
-Tome cuidado, Audax. E tente não machucar os meus amigos, ok? Somente os gigantes maiores e os...Acho que você não consegue identificar os comensais. Bem, só tente não queimar todos nós. -Teddy disse.
-Ele não nos entende, Edward. -Ron revirou os olhos.

Os Herdeiros dos Marotos e as Relíquias da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora