O Segredo de Batilda.

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Quando finalmente Harry consegue se acalmar, os três saem lentamente do cemitério. Aurora abraçava Harry de lado, o mantendo firme e atentando para suas emoções. Ao passar pelos portões de metal, cheios de neve, Hermione puxou sua varinha.

-O que foi, Clawny?-Perguntou Aurora já com a varinha em mão.
-Eu ouvi alguma coisa...-Hermione disse ainda olhando em direção a um arbusto. Harry pegou a varinha dele e olhou para a planta.
-Comensais já teriam atacado.-Harry disse.
-Vamos por a capa. -Pediu Aurora.

Harry assente e a tira do bolso. Hermione se aproxima e os três desaparecem sob o tecido brilhante que os deixava invisíveis. Aurora enfeitiçou os sapatos deles para que não marcasse a neve, assim, seguiram a procura da casa de Batilda Bagshot. Descendo na rua, Hermione olhava em volta.
-Deve ser aqui perto...-Harry diz baixo.
-Por quê?-Perguntou Hermione.

O garoto só apontou, as meninas olharam na direção e viram. Havia uma cerca viva muito alta rodeando uma casa arruinada, a maior parte dela ainda de pé, mas um lado foi completamente destruído. Aquela era a casa dos Potter.
Harry sabia que a casa de Batilda deveria ser perto por causa da carta de sua mãe que falava sobre a visita da idosa em seu aniversário.

-Quer olhar?-Aurora sussurrou. Harry concordou e eles andaram para mais perto, chegando até uma placa perto da porta.

Nela havia escrito: " Neste local, na noite de 31 de outubro de 1981, Lily e James Potter perderam suas vidas. Seu filho Harry Potter, permanece sendo o único bruxo que já sobreviveu à Maldição da Morte. Essa casa, invisível aos Trouxas, foi deixada nesse estado de ruínas como um monumento aos Potters e como lembrança da violência que destruiu essa família."

Em volta da placa haviam diversas outras mensagens, essas fizeram o coração de Harry aquecer. Eram pessoas desejando que ele ficasse bem, que ele cumprisse sua missão, mas não se machucasse. Eram pessoas de várias idades, nomes e origens que deixaram para ele um desejo: que ele vivesse e fosse feliz.

-Isso é muito desrespeitoso. -Hermione resmungou. -Não deveriam pichar um lugar desses. A lembrança deles.
-Eu não acho. -Harry disse sorrindo, passando a mãos em algumas mensagens. -Mione...Eles estão pensando em mim, na dor dos meus pais...Eu não podia ser mais grato por isso. Eles se importam.

Aurora sorriu e beijou a bochecha dele.
-Você é um menino tão maravilhoso, Prongslet. -Ela disse sorrindo. Aurora pegou uma pedrinha no chão e deu para ele. -Escreva.

E Harry fez. Escrevendo uma pequena mensagem: "A luz sempre insistirá em brilhar mesmo sob trevas. Enquanto houver alguém de pé, haverá esperança. Eu estou vivo."

De repente, os três se assustaram ouvindo o som de um galho se quebrar. Levantaram suas varinhas na direção do som, mas surpreendentemente era só uma idosa. Andando mancando com longas roupas e um pequeno chapéu pontudo. Ela levantou a mão, acenando.
-Estamos sob a capa...-Hermione estranha.
-Moody podia me ver mesmo com ela. -Harry sussurra. -Bagshot? É você? -Harry tirou a capa sob eles.

A idosa fez sim com a cabeça. Aurora apertou o braço de Harry. O garoto começou a seguir a senhora que se virou, andando pela rua.
-Prongslet...-Aurora sussurrou, com tom de medo.
-Vai ficar tudo bem, amor. -Harry passou seu braço pela cintura dela, andando atrás da senhora.
Aurora e Hermione se entreolharam, não gostando daquilo. A senhora os leva até uma casa com um jardim que tem mato tão alto quanto a dos Potters. Ela abriu a porta e eles entraram. Imediatamente, Hermione tapou seu nariz, havia um cheiro horrível exalando da casa, que estava cheia de poeira.
Batilda começou a andar em direção a escada.

-Prongslet, vamos embora. -Aurora diz andando para trás, sussurrando.
-Por quê?-Harry perguntou.
-Se lembra do que eu ensinei sobre adivinhação? Essa casa parece que está abandonada há meses...-Ela disse.
-Olhem isso aqui. -Hermione chamou e eles se aproximaram de um móvel.
Eram vários porta retratos, a Granger removeu a poeira e eles viram. Uma meia dúzia de fotos sumiram dos seus porta retratos, mas Harry reconhece um jovem louro como sendo o mesmo que aparece no livro de Skeeter, então, o garoto arregalou os olhos.

Os Herdeiros dos Marotos e as Relíquias da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora