4 - Dean

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Parece que pelo menos uma hora se passou desde que Dean telefonou para a recepção, mas de alguma forma, quando ele olha para o relógio, foi apenas dez minutos.

O tempo está realmente se movendo mais devagar? Para trás?

Assim que ele começa a se mover em direção ao telefone novamente, porque realmente, isso é demais, há uma batida na porta que faz ele e Cas pularem.

— Finalmente — Dean murmura, mudando de direção e atravessando rapidamente o quarto para atender a porta.

— Agora podemos esclarecer isso e continuar nosso dia.

— É tudo o que quero neste momento — Castiel diz, suspirando.

Dean nem precisa se virar para saber o olhar exato que Cas está dando a ele. Aquele olhar decepcionado, exasperado não-posso-ser-incomodado-com-isso-agora que ele sempre dá a Dean, praticamente desde a primeira vez que se conheceram.

Por que ele odeia tanto Dean, afinal? Não é como se Dean tivesse se esforçado para tornar a vida de Cas miserável. Bem... não no começo, pelo menos. Agora é como um esporte. Algo que ambos fazem para ver quem pode ser o mais irritante a qualquer momento.

Juvenil e infantil? Sim e sim.

Mas é o que eles fazem, e Dean com certeza não será o primeiro a pedir uma trégua.

Quando ele abre a porta, Dean fica aliviado ao ver o gerente do resort do outro lado. E ele parece se desculpar adequadamente, então isso é uma vantagem.

— Sr. Winchester — o homem começa — sinto muito por esse inconveniente.

Dean dá o seu melhor sorriso e gesticula para o homem entrar no quarto. — Tudo bem — ele diz, mesmo que definitivamente não esteja nem perto de bem. — Fico feliz que você esteja aqui para arrumar toda essa bagunça. Foi... bem, um pesadelo, na verdade.

— Um pesadelo total — Cas entra na conversa, movendo-se para ficar ao lado do gerente. — Graças a Deus você está aqui.

— Desculpe, senhores — o homem continua. — Receio que tenha havido um terrível mal-entendido.

Não brinca. É o que estamos dizendo a vocês e a todos os interessados.

Dean reprime sua resposta imediata a algo mais complicado, um pouco mais diplomático. — Não há nenhum dano, desde que possa ser consertado, senhor...

— Simmons — o homem diz. — Brad Simmons. Mas por favor, me chame de Brad. E esse é o problema. Receio que estejamos completamente lotados no momento. Eu até liguei para o hotel mais próximo, na base das montanhas, para ver se há vagas, mas nem será possível chegar lá até que a neve diminua.

Não.

Não, isso não vai dar certo. Certamente ele não está tentando dizer que eles terão que dividir este quarto indefinidamente.

Não, não, não.

— Brad, isso é realmente inaceitável. — Cas diz as palavras que Dean está pensando. — Nós dois não podemos ficar neste quarto. Nós nem nos gostamos... simplesmente não podemos, ok? Este é um grande resort. Tem que haver alguém saindo hoje, certo?

O homem, Brad, está começando a parecer um pouco angustiado. Sem dúvida, porque Cas e Dean estão ocupando seu espaço e ficando mais irritados a cada segundo.

E apesar de Dean ter ficado bastante impressionado com o fato de os dois terem conseguido manter a calma, pelo menos relativamente falando, ele teme que ainda não tenham ouvido o pior.

— Sim — ele assente. — Normalmente, teríamos hóspedes fazendo check-out neste minuto, na verdade. Mas...

Dean sabe o que Brad vai dizer pela expressão de dor no rosto. — Mas a tempestade de neve — Dean termina para ele. — Certo?

O Natal Nos Uniu ❆ Destiel VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora