Capítulo 7

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Le Sur era tão bonito quanto eu pensei que seria. O ambiente era de tirar o fôlego, com sua iluminação baixa e atmosfera romântica. O piso de mármore era maravilhoso, como eram as pinturas penduradas nas paredes representando Paris. As mesas estavam forradas com toalhas de cetim, e as refeições servidas em porcelanas delicadas. 

– Você gosta daqui? – Killian perguntou quando me viu olhando ao redor. 

– Sim, é um belo restaurante. – sorri. 

O garçom trouxe a nossa refeição, quando Killian estava prestes a me fazer uma pergunta. –Você falou que é voluntária na cozinha comunitária, posso perguntar por quê? – O olhar em seu rosto me disse que ele estava um pouco intrigado com isto. 

Eu peguei meu garfo e faca, e cortei o meu frango, enquanto respondia a sua pergunta. 

– Eu gosto de ajudar as pessoas em necessidade, você já deveria saber disso agora, Sr. Jones. Ele balançou a cabeça: – Sim, foi uma pergunta estúpida. 

– Eu tive uma infância difícil, e vamos apenas dizer que ninguém estava lá para me ajudar. –Seus olhos nunca deixaram os meus, ouvindo com atenção cada palavra que eu falava. 

– E seus pais? Eles não te ajudaram? – Olhei para baixo e para longe dele, tentando encontraras palavras certas. 

– Minha mãe morreu de câncer quando eu tinha seis anos, e meu pai era alcoólatra, ele faleceu pouco antes do meu aniversário de dezoito anos. 

O olhar em seu rosto mudou, passando de duro para suave, em questão de segundos. 

– É por isso que me ajudou a noite passada, porque você achou que eu era um alcoólatra? –questionou. Dei a última mordida do meu jantar, e apoiei meu garfo. 

– Não, meu pai morreu engasgado com seu próprio vômito, durante uma de suas noites de bebedeira. Eu encontrei-o morto em sua cama na manhã seguinte. Eu não queria que você tivesse o mesmo destino. O que as pessoas não percebem é como é fácil algo assim acontecer. Eu passeia minha vida inteira cuidando do meu pai, que bebia absurdamente até o esquecimento quase todas as noites, porque ele não conseguia superar a morte da minha mãe, por isso é apenas uma segunda natureza para mim, ajudar as pessoas. 

Ele não sabia o que dizer, eu acho que o choquei. Ele ergueu sua taça, e fez um gesto que eu fizesse o mesmo. 

– Bem, muito obrigado pela sua ajuda na noite passada, e me desculpe por estar tão bravo quando te encontrei pela manhã em pé na minha cozinha, eu agradeço isso. 

– Foi um prazer. – sorri. 

Quando estávamos saindo do restaurante, notei várias mulheres olhando para Killian, com oque parecia ser sexo nos seus olhos. Algumas estavam lambendo os lábios quando ele passava, e outras estavam olhando para ele de cima a baixo. Foi bastante desagradável, mas eu podia ver porque elas faziam isso. Ele era, sem dúvida, algo a ser admirado. Saímos, e eu olhei para ele. 

– Quer um sorvete? – Eu perguntei. 

Ele olhou para mim com um olhar enigmático, como se eu fosse louca ou algo assim. 

– Não, eu não quero sorvete, eu vou te levar para casa agora, eu tenho um outro lugar para ir.– Aqui vem sua rudeza de novo, eu fiquei surpresa em levar tanto tempo. 

– Ah, vamos, eu quero muito, e eu sei que há esta sorveteria aqui perto, há algumas quadras apenas, e que fica aberto 24 horas. 

– Srta. Swan, eu não quero qualquer sorvete, agora entre no carro, para que Daniel possa levá-la para casa. – Seu tom era inflexível. 

Jones Para Sempre | Adaptação CaptainSwanOnde histórias criam vida. Descubra agora