Capítulo 35

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KILLIAN

Comemorar seu aniversário com ela foi o melhor dia da minha vida, exceto pelo dia que a encontrei em pé na minha cozinha. Entrei na sala, com um bolo redondo de 30 cm, bem iluminado com 24 velas acesas. Eu coloquei na frente dela e vi seu sorriso quando fechou os olhos e fez um pedido, assoprando as velas. A sua doçura e inocência me varreram para fora de meus pés, e me deixou com um sentimento que eu nunca soube que fosse capaz de sentir. Seu sorriso, sua gargalhada, e o jeito que ela brincava com seu cabelo quando estava nervosa, eram algumas das coisas que eu mais amava nela.

Entreguei a ela a faca para cortar o primeiro pedaço de bolo, e ela pegou da minha mão com seus dedos delicados. Eu fiquei lá olhando, enquanto ela cortava cada pedaço com delicadeza. Ela me olhou com seus olhos verdes esmeraldas, olhos que eram fascinantes e cheios de vida.

– O que você está pensando? – Ela perguntou.

Um sorriso apareceu no meu rosto, quando respondi. – Como eu te amo. – As palavras que eu nunca fui capaz de dizer até agora, fluíam livremente de meus lábios. Ela se inclinou e colocou um pedaço de gelo na ponta do meu nariz e riu. Ela limpou, e segurou o dedo em minha boca, eu o peguei e lambi lentamente. Eu vi o fogo nos olhos dela, como eu vejo, toda vez que ela olha para mim.

Eu não posso apagar o medo que reside em meu coração com a sua doença. Eu não quero acreditar que ela não vai ficar melhor, mas há uma pequena parte de mim que está se cagando de medo de que ela não vai. Eu faço uma cara corajosa para ela, porque ela precisa de mim. Ela precisa de mim para ser sua fortaleza, e eu não posso e não vou deixá-la para baixo.

Fiquei ali na cama, checando meus e-mails, enquanto esperava ela sair do banheiro. Ela abriu a porta, e entrou no quarto enquanto escovava os dentes, freneticamente procurando por algo.

– O que há de errado, querida? – Eu perguntei. Ela resmungou alguma coisa, eu não conseguia entender entre a escova de dentes e a espuma. Ela levantou a mão livre contra sua orelha.

– O seu telefone?

Ela balançou a cabeça. Eu sorri enquanto o puxava entre os lençóis. Ela sorriu para mim, e levantou seus polegares para cima, enquanto voltava para o banheiro, e cuspia na pia.

– Obrigada, querido. – gritou. Ela caminhou em direção à cama, e olhou para seu telefone, verificando suas mensagens, antes que puxasse as cobertas e subisse na cama. Ela se aconchegou no meu peito, enquanto eu colocava meu braço em torno dela. Isso era certo, tão certo, e ela suavemente beijou meu peito e, lentamente, dormiu.

Jones Para Sempre | Adaptação CaptainSwanOnde histórias criam vida. Descubra agora