Capítulo 28

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Acordei 4 horas mais tarde, e não podia me mover. A parte que eu mais temia me bateu, a dor. Eu comecei a chorar, quando tudo que eu queria fazer era gritar, mas eu não queria que ninguém me ouvisse. Meu corpo parecia que tinha sido cortado em um milhão de pedaços, a partir do topo da minha cabeça até os dedos dos pés. Não havia um único osso, articulação ou músculo que não doía. Eu tentei ficar confortável, mas eu não podia. Eu lentamente sai da cama e quis gritar quando meus pés tocaram o chão. Me levantei e me dirigi até a porta, saí para o corredor e cai de joelhos e, em seguida, de lado.

Eu comecei a chorar, mais um gemido suave como um cachorrinho. Killian deveria estar em seu escritório, que era o quarto ao lado da escada, porque eu podia ouvi-lo ao telefone. Eu tentei me arrastar até o banheiro, mas a dor era muito grande. Não foi muito tempo depois, que vi Killian subindo as escadas.

– Swan, meu Deus, o que há de errado?

Nesse ponto, eu estava tremendo incontrolavelmente. Eu coloquei minha mão na frente. – Não me toque, dói. – eu chorei.

Ele gritou para Claire e lhe disse para chamar a enfermeira imediatamente e levá-la até o apartamento de cobertura. Ele sentou-se ao meu lado e tocou meu cabelo.

– Eu preciso voltar para a cama, apenas me pegue e acabe com isso. – eu implorei. Ele se levantou e me levantou do chão. Ele se encolheu quando eu gritei. Ele cuidadosamente me levou para o quarto e me deitou na cama.

– A enfermeira vai estar aqui em breve, ela vai ajudá-la. – disse ele, enquanto gentilmente tirava o cabelo do meu rosto.

Eu olhei para ele e chorei: – Eu sinto muito, eu sinto muito por isso, eu nunca quis que você me visse assim.

Ele se ajoelhou ao lado da cama e tocou levemente minha mão. – Você não tem nada que se desculpar, eu sou o único que está arrependido. Isto me mata, vê-la com tanta dor. – disse ele, como uma única lágrima caindo por sua bochecha.

Eu levei o meu polegar e gentilmente limpei a lágrima de seu rosto, quando ele pegou minha mão e olhou para o meu pulso tatuado com o nome dele. Ele não teve a chance de dizer qualquer coisa, porque a enfermeira entrou com sua bolsa. Killian levantou-se e sentou-se à beira da cama, enquanto Claire estava na porta.

– Você vai ficar bem, meu docinho. – ela disse, enquanto segurava uma agulha. – Eu vou lhe dar uma dose de morfina para a dor.

Ela injetou a dose no meu quadril e me disse para relaxar. Ela então chamou Killian para o corredor. Eu comecei a relaxar, quando a dor começou a diminuir. Killian voltou ao quarto e foi para o outro lado da cama, onde se sentou com as costas contra a cabeceira. Me virei de lado para enfrentá-lo.

– Não é sempre que vai ser assim. – eu disse. – Os primeiros três dias após a quimioterapia são o piores, mas tenho a sorte de ficar alguns dias depois me sentindo bem, quer dizer, tão bem quanto se pode esperar de uma quimioterapia. – Ele não disse uma palavra, ficou apenas lá acariciando o meu cabelo.

– Você não poderá continuar a fazer isso, ele vai embora em breve.

Ele me atirou um sorriso que derreteu meu coração. – Eu me importo, você ainda vai ser muito bonita.

Eu sorri para ele, e ele me beijou de leve na testa. Ele suavemente virou os meus pulsos, e olhou para eles, esfregando levemente as tatuagens. Eu vi a angústia em seus olhos.

– Eu notei isso no hospital, quando você estava recebendo a quimioterapia. Eu estava esperando você me mostrar. Porque Emma? – Ele perguntou.

Rolei com a morfina dentro do meu corpo, e eu fui capaz de sair da cama e caminhei lentamente até a janela. – Porque em algum momento você tem que perceber que algumas pessoas podem ficar em seu coração, mas não na sua vida, e esta é a minha maneira de mantê-lo em meu coração.

Jones Para Sempre | Adaptação CaptainSwanOnde histórias criam vida. Descubra agora