VIII

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De volta à realidade:

Hoje não tenho mesmo energia nenhuma, acho que se deve ao facto de ter perdido uma quantidade de sangue maior do que é "normal".

É fim de semana estou em casa sozinha, os meus pais voltam lá para o meio da semana, entretanto estou por minha conta. Como estou tão fraca não saiu da cama exepto... quando tocam a porta! É o André se calhar esqueceu-se de alguma coisa.

-Bom dia, o quê que queres? Esqueces te de alguma coisa? - não tenho energia para dizer muito mais.

-Bom, decidi vir cá ver como estavas. E ainda bem que vim, estás com péssimo aspecto - vou me sentar não aguento mais, penso.

- Sabes isto é só sono podes ir  andando esta tudo bem comigo - dirido-me para a porta.

- Espera lá, não vou a lado nenhum sem pelo menos tomares o pequeno almoço.

- Eu já comi deixa estar - rezo para que ele me deixe em paz.

- Não, não comeste, tu ainda nem tinhas ido a cozinha - até é verdade, mas não quero mesmo nada comer.- Vá vou aquecer-te o leito e comes cereais.

- Como se eu tivesse escolha... Estás te a armar em teimoso...

Começo a comer, sinto que a comida a quer sair dentro de mim, mas continou a comer, o André está aqui e não posso dar me ao luxo de vomitar.

- Não consigo comer mais - digo a preender o vomito.

- Come mais um pouco vá despacha te não faças vitas!!!

- Não faças vitas!? Tu é que vens à minha casa e obrigas-me a comer, quem pensas que és?

- Sou o tipo de pessoa que precisas neste momento, o que tens? Conta-me para poder te ajudar.

- Não quero a tua ajuda, só, quero simplesmente que me deixes sozinha, porquê que não te vais embora? Deixa me!!! - Os meus olhos enchem-se de lágrimas, e só quero que ele me deixe sozinha.

- Eu vou me embora, já vi que não sou desejado aqui. Mas cura te, miúda - e sai.

Há sempre um finalOnde histórias criam vida. Descubra agora