Há sempre um final

XI

Abrem a porta e quem vejo é o André.

- Olá! Como é que te sentes?

- Olá, não sinto nada, o que estás aqui a fazer? - é o que para mim realmente importa.

- Vim visitar te, para ver como é que estavas!

- Mas como é que sabias que estava cá?

- Fui eu que te trouxe para aqui...

- Mas como? Como é que entraste em minha casa? Como é que sabias que eu estava naquele estado?

- Uma coisa de cada vez, estas bem instalada, queres alguma coisa? - pergunta ele, viu se que ele estava preocupado comigo.

- Estou bem assim, não te preocupes comigo eu só quero que me expliques o que se passou! - disse indireitando me para ficar mais aconchegada nas almofadas.

- Então, vou contar te tudo... Eu sai de casa como me pediste- interropo o

-Sim eu sei.

-Sou é que estou a contar a historia! - diz aborrecido.

-Desculpa, continua - vou tentar não o interromper lo mais antes que se chatei comigo e deixe a história a meio, nunca se sabe.

-Obrigado, continuando. Eu já sabia que te andavas a cortar te, e antes que me interrompas,- acreditem não ia acontecer- já tinha reparado num dos teus cortes, num dia que estavamos a ir para casa mais em concreto quando abriste a porta de casa. Apartir daí comecei a somar as coisas ... não estavas com ninguem na escola, não sais de casa por vontade propria, nunca te vi a comer ou a dizeres que estavas com fome, andavas sempre revoltada com tudo e com todos, gostavas era de estar na solidão, e depois bastou perceber que estavas numa depressão.

-Mas como é que foste à minha casa? E como é que sabias que eu estava naquele estado?

- Como podes imaginar eu não sabia, mas quando fui à tua casa apercebi me que não estavas bem, foi por isso que quase de te obriguei a comer, mas pouco ou nada valeu.

-Está bem, mas agora, como é que entraste em minha casa?

- Eu tenho as chaves da tua casa, sabes aquela com um porta chaves da hello kitty - disse a tentar me animar.

- Oh! Não acredito já não ando com essas há tanto tempo. - Disse admirada.

- Ahah, eu sei os teus pais disseram, foi eles que me as deram!

- Conheces os meus pais???

- Sim, os teus pais fazem negócios com os meus, por isso eu comprendo o que é estar sozinho por muito tempo ...

- Ainda falta uma coisa, porquê que voltaste à minha casa?

-Esqueci me do meu casaco lá, eu toquei duas vezes e nada, foi então que decidi entrar e encontrei te desmaiada no teu quarto com uma grande perda de sangue, por isso chamei uma ambulância e vieste logo para aqui. Eu desde então estive sempre a vir cá visitar te, no entanto ainda não estavas acordada.

Por fim perguntei:

- Porquê que os meus pais deram te as chaves?

- Eles acharam que era o melhor, porque como ias estar sozinha se acontecesse te alguma coisa, eu pudia ajudar te, e ainda bem que eles mas deram. Se não era bem provavel que não estivesses ca neste momento.

- Se calhar era esse o motivo - digo isto com tanto sono que acredito se me disser mais alguma coisa sou capaz de não responder.

- Já vi que estas com sono deixar te ei, mas tarde venho te ver. - dá me um beijo na testa e eu adormeço.