XIII

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Acordei e estou sozinha, já não estou no mesmo quarto, não sei o que me terá acontecido. Vem aí uma enfermeira, não me diz nada, começa a mexer nos meus tubos ... começo a ficar cada vez mais sonelenta e já estou a dormir.

No sono, o meu sonho:
Vi me diante de uma série de vultos pretos, não conseguia lhes ver a cara, ou até mesmo o corpo, sentia, simplesmente, a sua presença. Eles estavam num circulo a chamarem o meu nome, cada vez mais alto e mais alto..., eu já estava ajoalhada com os braços a taparem os ouvidos, para não ter de ouvir mais aquelas vozes e de repente vejo só sangue por todo o lado e o meu nome continuava a ser gritado.
Finalmente, acabou se, deixei de ouvir o meu nome e deixei de ver o sangue, tudo parou, agora tudo estava preto, eu estava no meio de nada. Quando surgiu uma projecção, como se estivesse a ser passado um filme, no entanto agora era bastante diferente a minha imagem estava a aparecer no ecrã.
Estava num banco de jardim, e um rapaz veio ter comigo a abraçar me e a dizer frases bonitas, ele senta se ao pé de mim e eu encosto a minha cabeça no seu ombro e damos as mãos, como se fossemos namorados. Eu que estou a ver o filme começo a chorar não sei propriemente por quê, mas acho que toda aquela felicidade e todo aquele amor despertou uma tristeza em mim por saber que nunca tive ou terei aquele momento de felicidade ao pé de alguém que ame, pois alguém amar me é bastante complicado.

Há sempre um finalOnde histórias criam vida. Descubra agora