XXI

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Já passou uma hora e nada, André não dá sinal nenhum de vida, já devia ter dado algum sinal, já deviam saber mais alguma coisa. Mas nada, nada de nada, simplesmente nada. Eu estou cada vez mais nervosa, os medicos têm de ter alguma informação, algo. Os pais deles também não sabem nada, eu estou com eles por isso se eles souberem de alguma coisa eu fico também a saber.

Vem aí um medico, está a vir na nossa direçao será que já tem alguma novidade? Será que ele já acordo?

- Bom dia são os familiares do André? - pergunta nos.

- Sim, somos - responde a mae do Andre, rapidamente.

- Já temos novidades, por favor acompanhem me, vamos para um sitio mais privado.

E começamos a seguir lo eu também fui apesar de não ser da familia. O meu coraçao está a bater cada vez mais aceleradamente, não sei o que vai acontecer.

- O vosso filho - começa - não responde a nenhum dos estimulos que imposemos para acordar. O coração dele - prosegue - não bate, lamento informar mas o vosso filho - não quero ouvir, não pode estar a acontecer - ele MORREU.

Começo a chorar, isto não pode estar a acontecer, não podia estar a acontecer.

Vou para casa, estou de rastos, sinto que parte de mim deixou de existir. Acho que a minha vida vai se desmorenar se.

...

Já se passou três dias, já foi o funeral do André, e eu acho que não vou aguentar muito mais tempo.

Estou em casa, na cama, sinto que já não tenho forças para nada tenho tantas saudades dele, tantas, eu quero ter lo aqui para me ajudar.

Estou cada vez mais triste, estou com tanta tristeza em mim que pego numa lamina, tiro a ligadura do braço esquerdo e começo a cortar a dor não esta a neutralizar a minha dor emocional, continuo a cortar cada vez mais profundo, só quero que isto tudo acabe.

E então que começo a ver uma grande mancha preta e de repente já não vejo nada, não sinto nada, acabou se tudo.

Há sempre um finalOnde histórias criam vida. Descubra agora