SAINT SEIYA - DAEMONS

Cap. 103 - A História de Éris e Sirah

Principia Discordia, o Santuário de Éris.

Templo do Éden.

Éris está sentada em seu trono e Sirah de Andrômeda está diante dela. Athena segue desmaiada dentro da gaiola de espinhos que a prende.

A deusa maligna havia acabado de revelar para Sirah que elas possuem um passado juntas.

Sirah: Do que você está falando?

Éris: Para que entenda, preciso que saiba como tudo começou, como começou a minha história com o planeta Terra e Athena.

Éris faz com que imagens do passado apareçam na frente de Sirah. Primeiro a imagem de Zeus e Hera abandonando Éris ainda bebê no meio da escuridão.

Éris: Eu sou filha de Zeus e Hera, o rei e a rainha dos deuses. Eu deveria por direito ocupar um lugar entre os deuses olímpicos. Mas quando eu nasci eles se assustaram com a quantidade de energia maligna que eu tinha e por isso me isolaram dos outros. Eu cresci na escuridão, sendo criada por monstros e seres dos primórdios do tempo.

Agora surge Athena soberana diante do Santuário e alguns outros deuses sorrindo no Olimpo.

Éris: Enquanto a mim foi dado escuridão, aos outros filhos de Zeus foi dado glórias. Até mesmo para aqueles que não eram filhos de Hera, como Athena. Ela até mesmo herdou de Zeus a soberania sobre os humanos. Os humanos, seres insignificantes que mesmo fracos e irrelevantes para o Universo ainda assim ganharam mais atenção dos deuses do que eu, uma deusa e irmã desses malditos!

Agora aparece a imagem de Éris diante de seus Daemons frente a frente com outros deuses.

Éris: Eu decidi me vingar dos deuses acabando com o brinquedinho favorito deles, a humanidade e a Terra. Eu criei os meus Daemons para serem poderosos e malignos e nós venceríamos a guerra contra Athena, mas os outros deuses se uniram a Athena e nos venceram. Apenas Ares esteve ao meu lado, mas não foi o suficiente para vencer todos os outros.

Agora vemos uma maçã de ouro vagando pelo espaço escuro.

Éris: Novamente eu pude ver o quanto os deuses me odeiam. Enquanto Ares recebeu a punição de não poder voltar a Terra por alguns milênios, a minha punição foi ter minha alma arrancada do corpo e jogada novamente na escuridão. Meu corpo foi escondido e selado num caixão nas profundezas da Terra, já minha alma foi selada numa maçã de ouro e arremessada nos confins do universo. A mesma coisa aconteceu com o corpo dos meus Daemons, também foram lançados nos confins do universo, um bem longe do outro e quanto as suas almas, algumas foram presas no Submundo, outras também foram lançadas na escuridão do universo e outras conseguiram se manter na Terra, mas sem quase poder nenhum.

Sirah: Por que está me contando tudo isso?

Éris: Por que agora você entenderá onde nossa história se une. Quando eu voltei pela segunda vez a Terra.

Nesse momento surge a imagem da maçã dourada emanando energia escura que vai atraindo pedaços de corpos celestes que vagam pelo universo. Logo depois esse corpo celeste que se cria em volta da maçã começa a se mover aproveitando os movimentos do próprio universo e dessa forma segue rumo ao planeta Terra.

Éris: Apesar de selada, eu consegui formar um cometa em volta da minha prisão. Demorei milênios para ser capaz de fazer isso e mais outros milênios para chegar até a Terra e nesse tempo meu ódio só aumentava. Até que finalmente o cometa passou próximo a esse planeta medíocre, o humanos chamaram ele de Repulse. A maçã se soltou do Repulse e caiu sobre a Terra, bem no local que eu planejei, próximo ao Santuário. E foi aí que eu conheci a sua mãe.

Sirah: Minha mãe?

Éris: Sim. Mas essa parte Athena poderá contar melhor para você.

A deusa maligna bate o seu tridente no chão e com isso os espinhos se afastam um pouco de Athena e também a onda de choque faz a deusa acordar.