SAINT SEIYA - DAEMONS

Cap. 27 - Demônios Internos

Ruínas da Casa de Ofiúco.

Samael: Então, o Grande Mestre do Santuário veio pessoalmente cuidar de mim?

Moros: Samael, mesmo sendo meu irmão, não permitirei que faça mal ao Santuário!

Samael: Você está sempre colocando o Santuário a frente de tudo!

Moros: Pare com isso, irmão! Por que todo esse ódio com o Santuário?

Samael: Por que? Você ainda me pergunta? Foi por causa do Santuário que nosso povo morreu, o povo que você deveria proteger. Afinal, nosso pai antes de morrer deixou pra você a liderança de Mu. Mas, você preferiu proteger os interesses de Athena em detrimento do seu próprio povo.

Moros: Você estava na guerra contra Áres tanto quanto eu, você viu o que aconteceu. Não havia nada que pudéssemos fazer, você sabe disso.

Samael: Havia sim, Moros! Poderíamos ter matado não só Áres como também Athena. Dessa forma os humanos seriam os vencedores dessa guerra.

Moros: Não diga bobagens, Samael!

Samael: Não é bobagem! Nós fomos capazes de derrotar Áres, o deus da guerra, mesmo ele possuindo todo aquele poder. Derrotar Athena seria fácil. Afinal, ela ainda era uma criança inexperiente naquela época. Suas promessas de paz, me enganavam naquele tempo, mas hoje não Moros, hoje eu vejo a verdade. A verdade é que todos os deuses devem ser destruídos, a Terra deve ser apenas nossa, dos humanos. Vou fazer o que devia ter feito a dezessete anos, irei matar Athena!

Moros: Não posso permitir que faça isso. Mas, não quero lutar contra você, irmão.

Samael: Não me chame de irmão, Moros! Você deixou de ser meu irmão a dezessete anos. Aliás, você nem mesmo merece ser considerado um muviano!

Moros: Sinto muito que me odeie. Mas, mesmo que tenha que suportar o seu ódio, mesmo que eu tenha que lutar contra você, ainda assim eu defenderei o Santuário.

Samael: Não esperava menos de você, Grande Mestre do Santuário. Você matou seu povo e destruiu sua terra natal para satisfazer o Santuário e agora pretende matar seu irmão para fazer Athena feliz.

Moros: Não Samael. Eu não quero te matar...

Samael: Cale-se Moros! Agora é tarde demais.

Mas, os dois são interrompidos por Okami que aproveitou da distração de Samael e se libertou do controle do inimigo.

Okami: Desculpe interromper, Grande Mestre. Mas, alguma coisa está acontecendo com Argos e Sirah.

É quando vemos que Argos está numa postura animalesca, ele balança a cabeça como se tentasse voltar ao normal mas alguma coisa parece tentar tomar o controle. Sirah está de pé, mas a cada segundo sua fisionomia muda, num momento se parece com ela mesma e no outro seu rosto toma uma aparência maligna, como se houvessem duas pessoas lutando para dominar aquele corpo.

Moros: Okami, eles não avançaram sobre nós porque eu os estou segurando através da minha telecinese e ao mesmo tempo usando minha telepatia para acalmar suas mentes perturbadas. O problema é que eles estão fortes demais, nem mesmo eu conseguirei segura-los por muito tempo. 

Samael: Eu quero o poder desses dois pra mim, mas vou deixar que eles causem o máximo de destruição possível antes de levá-los.

Ao dizer isso Samael faz um movimento com a mão que quebra a conexão de Moros com Argos e Sirah.

Moros fica preocupado ao ver aqueles dois ficando fora de controle sem a conexão mental do Grande Mestre.

Moros: O que você fez?