Cap. 81 - A Última Atlante

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Principia Discordia, o Santuário de Éris.

Uma forte chuva começa a cair no local, como se os céus chorassem pela triste morte de Astreu e de sua amada Belona, ou melhor, a deusa Ênio.

O clima se torna mais frio e a chuva trás uma sensação de luto. Parece que todo o clima ficou dessa forma por conta de Astreu e Ênio, e de fato foi, não por tristeza, mas por que o poder dos dois foi tamanho que mudou o clima da região. Afinal, foi a luta do mais poderoso dourado do Santuário, capaz de controlar o clima, contra uma deusa da guerra.

O tempo não sente tristeza, mas os humanos sim e todos aqueles que conhecem Astreu sofrem com sua perda.

Ruínas da Torre Hodge.

Hércules está sentado no chão, muito ferido e com uma de suas mãos esmagada. Ele olha pro céu, pensa em Astreu e fala.

Hércules: Você viveu como um grande guerreiro. Adeus meu amigo!

Torre Podge

Saladino está caído no chão, também muito ferido e com muito sangue saindo de onde um de seus olhos foi arrancado. O Escorpião está prestes a ficar inconsciente de tanta dor que sente, mas antes de desmaiar ele pensa em Astreu.

Saladino: A casa de Escorpião e de Sagitário sempre foram tão próximas e ainda assim eu raramente pude estar com você, Astreu. Agora me arrependo de não ter aproveitado melhor esse tempo, o tempo onde eu poderia ter aprendido muito com um homem verdadeiramente nobre.

Santuário.

Salão do Grande Mestre.

Quíron olha para o lado de fora e vê uma estrela cadente atravessando a constelação de Sagitário.

Quíron: Até mesmo você se foi, Astreu? Essa guerra está tirando de nós os nossos mais preciosos companheiros. O que mais teremos que perder para vencer?

Casa de Virgem.

Suddha está meditando no centro da casa e por um momento ele perde a concentração.

Suddha: Astreu foi um homem tão poderoso que por um momento desestabilizou as energias da Terra. Seja feliz em sua próxima vida, Anjo Dourado.

Palaestra.

No interior do local Hamal se recupera de suas feridas deitado numa cama. Ele pensa.

Hamal: Eu sou o cavaleiro que usa uma armadura de ouro a menos tempo e Astreu era o que usava a mais tempo. Acabamos de perder uma lenda, um homem admirado por todos. Espero um dia ser capaz de pelo menos ser comparado a ele.

Torre Fnord.

A Daemon Lete se aproxima de Argos e com isso podemos vê-la melhor.

Trata-se de uma criança, ela é pálida, seus olhos são brancos e seus cabelos são cumpridos e também brancos. Ela veste uma armadura no mesmo tom dos outros Daemons e bem adornada. Nos ombros da armadura existem duas cabeças femininas e no peito mais uma. Toda a armadura é cercada por vários fios que vão até a cintura da armadura que tem uma espécie de roda que lembra uma roda de tear que fica o tempo todo girando, fazendo com que os fios fiquem se movimentando pelo corpo da Daemon. Na cabeça ela tem como se fosse uma coroa feita de agulhas e todas essas agulhas estão ligadas aos fios que passam pela armadura de Lete.

Argos fica sem ação ao ver na sua frente a Daemon que mexeu com as lembranças da sua mãe, o que gerou tanto sofrimento pra ele e pros seus pais.

Argos: Lete?

Lete: Eu sou Lete de Fates, a Daemon do esquecimento. Sou a verdadeira guardiã dessa torre, mas lorde Hórkos preferiu que Ênio cuidasse dela contra vocês...

SAINT SEIYA - DAEMONSOnde histórias criam vida. Descubra agora